Os números são da União dos Sindicatos de Lisboa (USL) da CGTP e foram avançados à margem do cordão humano de cerca de 300 mulheres que desfilou, em Lisboa, até à residência oficial do primeiro-ministro para afirmar que as mulheres continuam a ser discriminadas no mercado de trabalho e exigir novas politicas económicas e sociais.

O protesto foi promovido pela USL, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher, que entregou em S.Bento uma resolução a denunciar as desigualdades e a reivindicar novas politicas.

Segundo esta estrutura sindical distrital, na região de Lisboa 7 em cada 10 jovens trabalhadoras têm vínculo precário e cerca de 60% das desempregadas não recebem subsídio de desemprego.

A percentagem de mulheres que ganha o Salário Mínimo Nacional é praticamente o dobro da dos homens, refere a USL na resolução. "E a discriminação salarial subsiste pois as mulheres recebem em média menos 183 euros por mês que os homens", disse à Agência Lusa, Célia Portela, da USL.

Antes do desfile as mulheres estiveram concentradas no Chiado, onde várias delas falaram dos problemas laborais dos seus sectores. "As mulheres sentem particular necessidade de ver respeitado o direito a um horário de trabalho para conseguirem conciliar a vida profissional com a familiar", afirmou a sindicalista.

Jornal de noticias