Postado Dom 20 Mar 2011 - 12:37
Joaquim de Almeida volta a estar em grande nos Estados Unidos. O ator português foi contratado para participar no novo filme da série «Velocidade Furiosa».
Numa entrevista em exclusivo para Portugal, fala da sua vida como actor, do seu dia-a-dia como cidadão americano que também é, de Obama e do filho de 18 anos.
- Em «Velocidade Furiosa 5» é mais vez o vilão?
Desta vez a diferença é que ele é brasileiro e eu falo português. O engraçado é que eu sou dos poucos actores do filme que sabe realmente falar realmente português. Durante as filmagens dei por mim a fazer trabalho extra e a ensinar os outros a pronunciarem as palavras (risos). Até por isso foi uma experiencia muito engraçada porque, apesar do filme se passar todo no Rio de Janeiro, só se filmou à volta de 5 dias no Rio. Era impossível parar o trânsito, por exemplo. Ou parar uma ponte durante uma semana inteira.
- A crise económica mundial está a ter reflexos no cinema?
A crise sente-se sobretudo no cinema independente. O cinema e filmes de estúdio estão cada vez a fazer mais dinheiro. Nunca facturaram tanto como nos últimos dois anos, sobretudo nos anos da crise. As pessoas vão ao cinema, as pessoas gastam dinheiro. Sobretudo estes grandes filmes de estúdio fazem muito dinheiro. A crise sente-se nos filmes independentes. (...) Nota-se que o cinema independente vive muito de empréstimos aos bancos e nesta altura há bastante dificuldade em fazer esse tipo de cinema. O ano passado fiz um filme desses. Estão a acabar de o fazer mas é raro e isso a mim afecta-me bastante porque é um cinema que eu gosto de fazer e onde eu tenho a oportunidade de fazer papeis mais importantes e fora do tal vilão.
- E na televisão, também se sente essa crise?
A televisão nunca esteve melhor nos EUA. Os grandes guionistas estão hoje a trabalhar para a televisão. Há grandes séries e há muito trabalho em televisão. E é por isso que se nota hoje, e eu acho que mesmo em Portugal quem vê series americanas repara, há uma série de atores que sempre foram conhecidos no cineme que estão a fazer televisão.
- Obama chegou à Casa Branca com imensas esperanças depositadas nele. Dois anos depois, os americanos ainda acreditam? Parece que não correspondeu às expectativas
Isso não é bem assim. Muitos americanos fazem-lhe a vida negra. Opõem-se a tudo o que ele quer fazer e tudo o que ele prometeu e tem tentado fazer. Não fez mais ou não tem conseguido fazer mais, porque se opõem continuamente. É impressionante como a imprensa, que é controlada por republicanos, como a Fox News , como falam e mentem descaradamente e o acusam. Essa é a verdade.
- E a vida política portuguesa? Acompanha-a?
Não tenho acompanhado muito a politica em Portugal. Mas há um descontentamento grande, eu sei. Os escândalos são mais que muitos. Os casos dos bancos, do BPN, entre outros... Há uma corrupção, parece-me a mim, enorme, e enquanto aqui os corruptos acabam por apanhar penas até de 150 anos, como o Madox, em Portugal parece que não acontece nada a esta gente que se vai abotoando com milhões. A justiça não funciona. Tenho pena. Gosto muito do meu país.
- O seu filho Lourenço está quase com 18 anos... Nessa idade, o Joaquim deixou Lisboa e partiu «à aventura». Revê-se nele com aquela idade ou não?
Era diferente. Tínhamos acabado de ter 1 revolução. Eu saí porque o Conservatório nacional tinha fechado. Hoje em dia o meu filho tem 18 anos, está no ultimo ano da escola americana, do liceu, para o ano vai para a Universidade em Inglaterra ou Escócia, ainda não decidimos qual é que vai. É diferente. Os miúdos agora têm um espírito diferente. Ele não tem a loucura que o pai tinha com a idade dele. Portugal para mim era pequenino.
Numa entrevista em exclusivo para Portugal, fala da sua vida como actor, do seu dia-a-dia como cidadão americano que também é, de Obama e do filho de 18 anos.
- Em «Velocidade Furiosa 5» é mais vez o vilão?
Desta vez a diferença é que ele é brasileiro e eu falo português. O engraçado é que eu sou dos poucos actores do filme que sabe realmente falar realmente português. Durante as filmagens dei por mim a fazer trabalho extra e a ensinar os outros a pronunciarem as palavras (risos). Até por isso foi uma experiencia muito engraçada porque, apesar do filme se passar todo no Rio de Janeiro, só se filmou à volta de 5 dias no Rio. Era impossível parar o trânsito, por exemplo. Ou parar uma ponte durante uma semana inteira.
- A crise económica mundial está a ter reflexos no cinema?
A crise sente-se sobretudo no cinema independente. O cinema e filmes de estúdio estão cada vez a fazer mais dinheiro. Nunca facturaram tanto como nos últimos dois anos, sobretudo nos anos da crise. As pessoas vão ao cinema, as pessoas gastam dinheiro. Sobretudo estes grandes filmes de estúdio fazem muito dinheiro. A crise sente-se nos filmes independentes. (...) Nota-se que o cinema independente vive muito de empréstimos aos bancos e nesta altura há bastante dificuldade em fazer esse tipo de cinema. O ano passado fiz um filme desses. Estão a acabar de o fazer mas é raro e isso a mim afecta-me bastante porque é um cinema que eu gosto de fazer e onde eu tenho a oportunidade de fazer papeis mais importantes e fora do tal vilão.
- E na televisão, também se sente essa crise?
A televisão nunca esteve melhor nos EUA. Os grandes guionistas estão hoje a trabalhar para a televisão. Há grandes séries e há muito trabalho em televisão. E é por isso que se nota hoje, e eu acho que mesmo em Portugal quem vê series americanas repara, há uma série de atores que sempre foram conhecidos no cineme que estão a fazer televisão.
- Obama chegou à Casa Branca com imensas esperanças depositadas nele. Dois anos depois, os americanos ainda acreditam? Parece que não correspondeu às expectativas
Isso não é bem assim. Muitos americanos fazem-lhe a vida negra. Opõem-se a tudo o que ele quer fazer e tudo o que ele prometeu e tem tentado fazer. Não fez mais ou não tem conseguido fazer mais, porque se opõem continuamente. É impressionante como a imprensa, que é controlada por republicanos, como a Fox News , como falam e mentem descaradamente e o acusam. Essa é a verdade.
- E a vida política portuguesa? Acompanha-a?
Não tenho acompanhado muito a politica em Portugal. Mas há um descontentamento grande, eu sei. Os escândalos são mais que muitos. Os casos dos bancos, do BPN, entre outros... Há uma corrupção, parece-me a mim, enorme, e enquanto aqui os corruptos acabam por apanhar penas até de 150 anos, como o Madox, em Portugal parece que não acontece nada a esta gente que se vai abotoando com milhões. A justiça não funciona. Tenho pena. Gosto muito do meu país.
- O seu filho Lourenço está quase com 18 anos... Nessa idade, o Joaquim deixou Lisboa e partiu «à aventura». Revê-se nele com aquela idade ou não?
Era diferente. Tínhamos acabado de ter 1 revolução. Eu saí porque o Conservatório nacional tinha fechado. Hoje em dia o meu filho tem 18 anos, está no ultimo ano da escola americana, do liceu, para o ano vai para a Universidade em Inglaterra ou Escócia, ainda não decidimos qual é que vai. É diferente. Os miúdos agora têm um espírito diferente. Ele não tem a loucura que o pai tinha com a idade dele. Portugal para mim era pequenino.
LUX