Postado Sex 3 Jun 2011 - 23:03
A família do cantor rap «Mc Snake» lamenta nunca ter recebido um pedido de desculpa do polícia que o matou, condenado esta sexta-feira a 20 meses de pena suspensa, e considera que o agente não tem condições para continuar na PSP, escreve a Lusa.
O tribunal não deu como provado que o facto de a vítima conduzir em contramão provocasse perigo para terceiros, atendendo à hora (madrugada), e considerou que o polícia cometeu um crime negligente porque, sendo PSP, conhece as características das armas e sabia que não tinha tido treino específico para a usar, pelo que era possível prever que poderia atingir a vítima.
A família reagiu à condenação, lamentando o facto de o agente nunca ter mostrado arrependimento.
«O que me agrada na decisão é que ele [polícia] foi condenado, mas lamento que o tribunal tenha falado em arrependimento e isso eu não vi. Desde o início até agora nunca pediu desculpa à família e quem está arrependido pede desculpas. Não vejo que peso é que ele tem na consciência», disse Jorge Manaças, irmão de «Mc Snake», à saída do tribunal.
O irmão da vítima considera que o julgamento termina com uma pergunta por esclarecer. «O meu irmão estava legal em Portugal, então porque fugiu, se é que fugiu?», questiona.
A família da vítima considera que um pedido de desculpas de Nuno Moreira faria toda a diferença e lembra que «houve superiores dele que o fizeram».
«Uma pessoa que não sente arrependimento não tem condições para ser polícia. Como se pode perdoar uma pessoa quando ela própria não demonstra arrependimento e só vai sujar o nome de polícias que são dignos da farda que usam?», acrescentou Jorge Manaças.
Advogado do agente diz que deve ser feita ponderação sobre como se quer que a polícia actue
O advogado do agente da PSP, Santos Oliveira, tem uma versão diferente. Considera que o tribunal avaliou «uma circunstância de ordem pública em que um polícia é confrontado com determinada situação de alteração e actuou» e não apenas a morte de uma pessoa.
«Esta é uma ponderação que a sociedade portuguesa tem de fazer, o que concebe por ordem pública e como quer que a polícia actue», ressalvou. Para o defensor do agente, o maior significado da decisão é o voto de vencido do juiz presidente do coletivo.
O tribunal não deu como provado que o facto de a vítima conduzir em contramão provocasse perigo para terceiros, atendendo à hora (madrugada), e considerou que o polícia cometeu um crime negligente porque, sendo PSP, conhece as características das armas e sabia que não tinha tido treino específico para a usar, pelo que era possível prever que poderia atingir a vítima.
A família reagiu à condenação, lamentando o facto de o agente nunca ter mostrado arrependimento.
«O que me agrada na decisão é que ele [polícia] foi condenado, mas lamento que o tribunal tenha falado em arrependimento e isso eu não vi. Desde o início até agora nunca pediu desculpa à família e quem está arrependido pede desculpas. Não vejo que peso é que ele tem na consciência», disse Jorge Manaças, irmão de «Mc Snake», à saída do tribunal.
O irmão da vítima considera que o julgamento termina com uma pergunta por esclarecer. «O meu irmão estava legal em Portugal, então porque fugiu, se é que fugiu?», questiona.
A família da vítima considera que um pedido de desculpas de Nuno Moreira faria toda a diferença e lembra que «houve superiores dele que o fizeram».
«Uma pessoa que não sente arrependimento não tem condições para ser polícia. Como se pode perdoar uma pessoa quando ela própria não demonstra arrependimento e só vai sujar o nome de polícias que são dignos da farda que usam?», acrescentou Jorge Manaças.
Advogado do agente diz que deve ser feita ponderação sobre como se quer que a polícia actue
O advogado do agente da PSP, Santos Oliveira, tem uma versão diferente. Considera que o tribunal avaliou «uma circunstância de ordem pública em que um polícia é confrontado com determinada situação de alteração e actuou» e não apenas a morte de uma pessoa.
«Esta é uma ponderação que a sociedade portuguesa tem de fazer, o que concebe por ordem pública e como quer que a polícia actue», ressalvou. Para o defensor do agente, o maior significado da decisão é o voto de vencido do juiz presidente do coletivo.