Postado Sex 1 Jul 2011 - 20:27
Coube a Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MNE), o encerramento do debate do programa do Governo e o líder do CDS fê-lo com vários avisos e apelos a que não se repita em Portugal a convulsão social que está a acontecer na Grécia.
Começando por pedir aos partidos da oposição que contribuam para a estabilidade do país, Portas afirmou: «O que Portugal precisa, neste momento, não é de querelas políticas, é de soluções económicas, não é de ajustes de contas, é de contas certinhas no fim do ano. Do que Portugal precisa, neste momento, não é de agitação social, na eterna esperança de substituir a legitimidade política pela vanguarda da rua, é de uma cultura de compromisso político e de acordo social», começou por dizer, lembrando que o «cumprimento das obrigações internacionais» convoca «a todos», independente «das identidades doutrinárias ou sectoriais».
Depois de o PCP ter afirmado «que é preciso agir contra o assalto aos interesses e condições de vida, contra o pacto de saque e agressão», lembrando que «a luta não é apenas um direito, é um dever», e de o BE ter dito que estará «unha com carne com as lutas sociais», dizendo que «as lutas sociais estão mais próximas desta porta [da Assembleia da República] do que alguma vez estiveram», Portas deixou o aviso: «Haverá sempre quem pense que não é nos Parlamentos que se faz a luta. Convém ter em consideração este facto: há menos de um mês, o povo votou» e os «portugueses tiveram a sabedoria de entregar responsabilidades a quem põe o sentido de responsabilidade acima de tudo», afirmou, referindo-se ao facto de PCP, BE e Verdes não terem querido sequer reunir com a troika que negociou a ajuda externa. «Se o povo português teve esta sabedoria, o que espera de nós, e até desejaria que fosse partilhado por todos, é estarmos à altura», afirmou, num recado claro a esses partidos.
Dramatizando o discurso, Portas foi buscar as imagens de batalhas campais nas ruas gregas para mostrar a gravidade do momento: «Quando os portugueses vêem as imagens de violência e instabilidade que nos chegam, às vezes de outros países da zona euro, certamente há um bom senso geral que não recomenda imitações». Para o MNE, «os portugueses premiarão uma cultura de compromisso político e acordo social, não tendo demasiada indulgência para com aqueles que queriam ignorar o voto popular e cansar o país com recurso a greves sistemáticas, sem procura prévia de um ponto de acordo».
«A construção da esperança em dias melhores também implica um cuidado, partilhado entre todos: o de não piorar os dias do presente, que são já suficientemente difíceis», lembra Portas. E a terminar o discurso, ainda em jeito de aviso, o ministro citou o chanceler alemão, Konrad Adenauer: «A história também é a soma do que poderia ter sido evitado».
Começando por pedir aos partidos da oposição que contribuam para a estabilidade do país, Portas afirmou: «O que Portugal precisa, neste momento, não é de querelas políticas, é de soluções económicas, não é de ajustes de contas, é de contas certinhas no fim do ano. Do que Portugal precisa, neste momento, não é de agitação social, na eterna esperança de substituir a legitimidade política pela vanguarda da rua, é de uma cultura de compromisso político e de acordo social», começou por dizer, lembrando que o «cumprimento das obrigações internacionais» convoca «a todos», independente «das identidades doutrinárias ou sectoriais».
Depois de o PCP ter afirmado «que é preciso agir contra o assalto aos interesses e condições de vida, contra o pacto de saque e agressão», lembrando que «a luta não é apenas um direito, é um dever», e de o BE ter dito que estará «unha com carne com as lutas sociais», dizendo que «as lutas sociais estão mais próximas desta porta [da Assembleia da República] do que alguma vez estiveram», Portas deixou o aviso: «Haverá sempre quem pense que não é nos Parlamentos que se faz a luta. Convém ter em consideração este facto: há menos de um mês, o povo votou» e os «portugueses tiveram a sabedoria de entregar responsabilidades a quem põe o sentido de responsabilidade acima de tudo», afirmou, referindo-se ao facto de PCP, BE e Verdes não terem querido sequer reunir com a troika que negociou a ajuda externa. «Se o povo português teve esta sabedoria, o que espera de nós, e até desejaria que fosse partilhado por todos, é estarmos à altura», afirmou, num recado claro a esses partidos.
Dramatizando o discurso, Portas foi buscar as imagens de batalhas campais nas ruas gregas para mostrar a gravidade do momento: «Quando os portugueses vêem as imagens de violência e instabilidade que nos chegam, às vezes de outros países da zona euro, certamente há um bom senso geral que não recomenda imitações». Para o MNE, «os portugueses premiarão uma cultura de compromisso político e acordo social, não tendo demasiada indulgência para com aqueles que queriam ignorar o voto popular e cansar o país com recurso a greves sistemáticas, sem procura prévia de um ponto de acordo».
«A construção da esperança em dias melhores também implica um cuidado, partilhado entre todos: o de não piorar os dias do presente, que são já suficientemente difíceis», lembra Portas. E a terminar o discurso, ainda em jeito de aviso, o ministro citou o chanceler alemão, Konrad Adenauer: «A história também é a soma do que poderia ter sido evitado».