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 Guardian

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Super 8, memórias pessoais de J.J. Abrams 1356378

Em um hotel na famosa praia de Santa Monica, Califórnia, a alguns metros do cais, tivemos um encontro particular com J.J. Abrams, para falar de "Super 8", seu filme mais recente. Relaxado e descontraído, com camisa xadrez de mangas arregaçadas e com seus óculos de grau, ele chegou cumprimentando todo mundo, simpático e de bom humor.

"Super 8" já foi lançado nos Estados Unidos e dividiu a crítica, ainda que o balanço final tenha sido favorável, fato que também se refletiu nas bilheterias. A produção recapturou o velho espírito "sci-fi", que J.J. recriou com uma estética vintage e quase como uma homenagem. Um filme que assusta, aflige, emociona e entristece. Todas essas sensações em uma hora e cinquenta e dois minutos. Falamos sobre isso e sobre outras questões muito curiosas com o diretor e roteirista que, depois de nos cumprimentar, fez várias revelações que agora compartilharemos nesta entrevista exclusiva do amocinema.com.

Rafa Sarmiento: Muitos críticos e inclusive algumas resenhas do seu filme disseram que "Super 8" parece uma homenagem à parte da filmografia de Steven Spielberg. Eu gostaria de ouvir sua opinião sobre isso.

J.J. Abrams: Acho que estão certos. Na minha infância, fui muito influenciado pelos filmes dele. Eu os adorava e queria que este filme – realizado pela produtora de Steven – fosse como uma parte desse grupo de longas-metragens. Então, de alguma forma, eles estão certos. Não foi idealizado como uma homenagem, mas de certa forma é.

R.S.: Você teve alguma dificuldade para convencer Spielberg a apostar no seu projeto e fazer parte dele?

J.J.A.: Acho que foi a parte mais fácil de toda essa experiência. Eu tinha a ideia de um filme chamado "Super 8" que tratava de um grupo de garotos que fazia filmes, como eu fazia e como ele também fazia. Não sei se você fazia quando era pequeno. Fazia? (brinca).

R.S.: Não, na verdade não. Eu queria ser um astro do rock.

J.J.A.: Está vendo, eu logo imaginei (ri). Enfim, o fato é que conversei com Steven e perguntei: "Você gostaria de fazer um filme chamado 'Super 8' sobre um grupo de garotos que faz filmes?". Imediatamente ele disse que sim. De cara. Não sabíamos ainda qual seria a história, mas ele rapidamente aceitou fazer parte do projeto, algo que, claro, foi emocionante.

R.S.: Você chamou Elle Fanning, que parece ser uma atriz que vai decolar, talentosíssima. Admiro o trabalho dela e gostaria de saber o que o levou a escolhê-la. Não sei se a viu em "Um Lugar Qualquer", de Sofia Coppola…

J.J.A.: Sabe que não a vi nesse filme. Eu conheci Elle quando a irmã dela, Dakota, estava filmando "Guerra dos Mundos" (War of the Worlds) e Elle era uma garotinha de apenas sete anos, correndo por todos os lados. Tempos depois, alguém sugeriu seu nome. Me disseram: "Você precisa considerar Elle Fanning para este papel" e eu disse que ela era muito nova. No entanto, quando a vi, ela estava mais alta do que eu (dá uma gargalhada). Ela tinha 12 anos quando filmamos e fez um trabalho incrível. Seu teste foi surpreendente, simplesmente incrível.

R.S.: E com o resto da garotada? Foi difícil? Pergunto porque, quando falei com Guillermo del Toro, ele me disse que a experiência de trabalhar com crianças é como ter "ratos dentro das calças"…

J.J.A.: Sim… esse é o "típico Guillermo" (ri).

R.S.: Como foi para você?

J.J.A.: Eu tive exatamente esse papo com Guillermo. Estava apavorado e ele me deixou ainda mais intimidado e assustado. Ele dizia: "é horrível, elas são como vidros que…" e eu respondia: "Vamos parar! Você está me assustando de verdade". Mas tenho que admitir que nos divertimos demais. As crianças estavam um pouco distraídas. Algumas vezes eu tive que lhes chamar a atenção, mas não muitas. Elas realmente estavam mergulhadas em seus personagens. Além do mais, elas tinham o suporte de um coach de atuação chamado Jess Collin, que estava ali para ler os diálogos com elas e para que, quando chegassem ao set, soubessem bem suas falas. Acho que eu pedi conselhos a todos os diretores que eu conheço para trabalhar com crianças e foi Ron Howard quem me sugeriu o guia. Seja lá como for, elas foram maravilhosas e tudo deu certo.

R.S.: Algum método terrorista para lhes arrancar emoções?

J.J.A.: Não, não foi preciso. Falei com vários diretores que fizeram coisas horripilantes com as crianças. Loucuras completas, terríveis. Na verdade, eu não precisei recorrer a isso. A cena mais forte de todo o filme, sentimentalmente falando, é aquela em que temos Joel Courtney – o protagonista - com seu pai. Demorou muito tempo para chegarmos aonde queríamos e acho que, para ele, foi uma espécie de tortura, porque repetimos muitas vezes, foi um processo lento, mas não recorri a nenhum método para assustá-lo e fazê-lo chorar como outros diretores fazem algumas vezes. Guillermo, por exemplo… é um pouco mais agressivo em seus métodos e técnicas (dá uma gargalhada).

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