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 Guardian

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Assustados com o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, morta a tiros na noite da última quinta-feira (11) quando chegava em casa, no bairro de Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, vizinhos dizem que o crime mudou a rotina do local, considerado pacato e familiar.

Uma mulher que mora na mesma rua em que vivia a magistrada disse ter ouvido os gritos de um menino que ela acredita ser o filho da juíza. "Ele gritava: 'Mãe, mãe'", disse. A moradora, que pediu para não ser identificada, afirmou que os disparos foram assustadores.

“Eu estava assistindo à televisão na hora em que ouvi aquela barulheira. Primeiro pensei que eram fogos de artifício, mas como não era dia de nenhum santo e vi que o barulho era um pouco diferente, percebi que deviam ser tiros”, declarou ela, que ficou até com medo de chegar na janela.

Outro morador, que também solicitou o anonimato, disse que viu quando, logo após os barulhos de disparos, homens encapuzados caminharam pela rua e deixaram o local em duas motocicletas. Ele contou que alguns tiros pareciam ter partido de armas pesadas. “Não era só pistola, não. Pelo barulho, parecia ter fuzil também. Foi muito assustador ver tudo aquilo bem perto”, disso.

Uma jovem de pouco mais de 20 anos disse nunca ter imaginado que um crime “tão bárbaro” pudesse acontecer a poucos metros de sua casa. Ela ouviu os disparos enquanto fazia um lanche na cozinha.

“Tinha acabado de chegar da faculdade e estava fazendo um lanche quando ouvi aquela barulheira. Fiquei apavorada porque essa região é muito tranquila, nunca soube de nenhum crime parecido por aqui”, disse.

Segundo relatos dos vizinhos, Patrícia Acioli havia se mudado para o local há cerca de quatro meses. Ela fez uma grande reforma no imóvel e era bastante reservada.

Ainda na manhã desta sexta-feira (12), policiais civis da Divisão de Homicídios estiveram no local do crime à procura de pistas que ajudem a solucionar o caso. Eles vasculharam o chão de terra em frente à casa da magistrada, observaram marca de pneus e percorreram um terreno baldio, coberto por mato alto ao lado da construção. O corpo da juíza está sendo enterrado na tarde de hoje, no Cemitério de Maruí Grande, no bairro do Barreto, em Niterói.



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