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#1
 Callie

Callie
Membro
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"It has been said that time heals all wounds. I do not agree. The wounds remain. In time, the mind, protecting its sanity, covers them with scar tissue, and the pain lessens, but it is never gone"

Rose Kennedy

Aos poucos e poucos tudo se vai esvaindo do meu peito como que se o meu coração constituísse ferida aberta convidativa a todo o tipo de vírus e maleitas sem cura e dele jorrasse sangue interminavelmente. O que é certo é que realmente não consigo achar remédio que me valha nem tão pouco vontade que me ajude a deixar tudo isto para trás como se nunca tivesse sido importante, como se nunca tivesse valido nada. No entanto, agora que penso e repenso freneticamente nas minhas acções e pensamentos dou por mim a concluir que nunca fiz nada, que nunca tentei deixar-te definitivamente no passado ao invés de te levar acorrentado a mim para o meu presente.

Com o passar dos dias tornas-te memória intermitente que vai e vem nos momentos em que menos preciso que voltes, nos momentos em que menos preciso de saber que ainda vives em mim, nos momentos em que menos preciso de constatar a verdade cruel de que nunca me desprendi de ti e de tudo aquilo que representas. A tua crueldade para comigo não tem limites ou então sou eu que adoptei o masoquismo como estilo de vida sem sequer me ter dado conta disso. Mas eu não escolhi sentir isto, eu não escolhi ver em ti a representação perfeita dos meus sonhos e a negação soberba dos meus medos refugiando-me constantemente sob a tua alçada protectora. Contudo ambos sabemos que mais depressa temos o que não pedimos/queremos do que aquilo que realmente desejamos de forma intensa e verdadeira.

Sinto que te dou demasiada importância sempre que escrevo para ti, mas por outro lado sei que já te dei muito mais importância e que tu a desperdiçaste como se fosse uma coisa perfeitamente banal mais não seja porque já me esqueceste (ou hás-de esquecer-me) e sabes que encontrarás outro alguém que vai cair precisamente no mesmo erro que eu e escolher-te inconscientemente como cavaleiro andante. Sei que não fui a única a cometer este erro e que muitas cometê-lo-ão depois de mim. A ingenuidade é realmente uma arma mortífera.

De certa forma tenho a certeza de que lês isto ou de que, pelo menos, sempre que escrevo há um punhal que se crava bem fundo no teu coração como que servindo de aviso ao mal que fazes. Sabes que mal é esse? Dares tudo a alguém e de repente, sem qualquer tipo de aviso, retirares o chão a essa pessoa, deixá-la apenas com as memórias do que outrora foste e deste... Só tenho pena de que nunca te apercebas disso e que, por conseguinte, nunca mudes a tua forma de tratares as pessoas. Talvez nem o faças por mal mas neste momento sinto-me incrédula e magoada demais para acreditar nisso, aliás nego veementemente isso. Tu sabes a marca permanente que deixas nas pessoas tanto com as tuas palavras como com os teus gestos como simplesmente com a tua existência neste mundo.

Às vezes quando me sento à varanda já tendo a noite caído, fico durante muito tempo à procura de um pequeno sinal teu em qualquer parte. Porém acabo sempre por voltar à realidade, essa negra verdade que me envolve e me suga o espírito apagando definitivamente o sorriso do meu rosto. De que vale ser feliz se um dia levam para longe tudo aquilo em que acreditamos? Uma parte de mim sabe que vale a pena mas a outra parte, ainda em fase de convalescença não crê nesse conto de fadas que apregoas aos quatro cantos do mundo.

O que é certo e sabido é que a vida continua mas tu tens a tua e eu tenho a minha.

mais em http://letrasdadesordem.blogspot.com/

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