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 Mr.Extra

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Mesmo recebendo cerca de R$ 400 por dia, o taxista Fernando diz que chega ao final do mês com dinheiro suficiente para pagar apenas as principais contas da casa, como o aluguel do apartamento em que vive com a mulher e os dois filhos. “Recebo durante a semana e gasto quase tudo no sábado e no domingo, em lazer e compras. Normalmente, só consigo guardar o que ganho na última semana do mês porque preciso usar o dinheiro para pagar as contas”, diz Fernando, que prefere não revelar seu sobrenome para não expor a família.

Controlar o orçamento é uma tarefa complicada para a maioria dos profissionais que levam dinheiro para casa todos os dias, como taxistas, diaristas e consultoras de vendas. A tentação de gastar o valor recebido diariamente em pequenas compras ou em serviços supérfluos e a dificuldade de programar despesas estão entre os hábitos que levam muitos a não apenas perderem a oportunidade de poupar, como também a criarem dívidas.

Trabalhando há 23 anos no segmento de vendas diretas, Regina Brito montou uma grande carteira de clientes, que a leva a sair todos os dias para vender e também receber pelos produtos já entregues. Disciplinada, Regina conta que diariamente, ao voltar para casa, registra todos os pagamentos recebidos.

Se vira nos 30: autônomos contam como organizam suas finanças 0w8l6fakbbqq0uhika1y3kpd2

“Calculo o que preciso pagar e separo logo o dinheiro para cobrir minhas despesas, a começar pela fatura dos produtos que compro para revender. Só depois que já guardei a quantia necessária para pagar minhas contas é que penso em fazer alguma despesa extra”, afirma.

A saída encontrada pela revendedora é a mais indicada para quem recebe por dia e deseja evitar problemas financeiros. Segundo Samy Dana, professor de finanças da escola de economia da FGV-SP, a “boa e velha” planilha ajuda o profissional a estabelecer um controle financeiro e organizar seu empreendimento. “Como essas pessoas sofrem a grande variabilidade no fluxo de seus rendimentos, o ideal é anotar toda a movimentação diária. Somente deste modo, será possível estabelecer uma estratégia para o negócio”, diz.

Regina diz que já viu muitas revendedoras enroladas no final do mês por perderem o controle sobre os valores recebidos de clientes. Algumas pessoas, diz ela, ficam deslumbradas ao receber todos os dias e começam a achar que não vai fazer falta se gastarem com alguma coisa que não estava prevista no orçamento. “Mas, quando chegam as contas no final do mês, a pessoa descobre que não tem como pagá-las”.

Além da disciplina e da organização para lidar com os valores recebidos diariamente, Regina acredita que todos os profissionais autônomos como ela precisam estar preparados para eventualidades. “Não é sempre que o cliente nos paga em dia. Por isso, não recomendo que a pessoa gaste por conta do dinheiro que ainda vai entrar. Não há garantias”, diz. Regina também aconselha a criação de uma reserva para emergências, como doenças.

Não identificar pequenos gastos e iludir-se com “amostras” do salário são indícios de um desequilíbrio no orçamento. Nestes casos, segundo Dana, é imprescindível aumentar o controle financeiro e identificar claramente as despesas. Na montagem da planilha, por exemplo, o profissional deve relatar os gastos fixos – como gasolina, mão de obra, matéria prima – e deixar uma margem para os imprevistos. “Mesmo assim, é preciso estar atento com as despesas extras e observar sua freqüência, já que podem caracterizar gastos fixos e não uma novidade”, afirma

Guardado a sete chaves

Dona de um salão de beleza há sete anos, Maria Bernadete Macedo ainda desliza quando o assunto é controle financeiro. Sem anotações de gastos nem planilhas atualizadas, a cabeleireira tenta controlar suas finanças e não contrair dívidas. Para fugir dos problemas, faz compras em dinheiro e evita usar o cartão de crédito. “Mas, se precisar mesmo do cartão já começo a juntar dinheiro durante o mês para fazer o pagamento em dia”, diz.

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