O secretário-geral do PS propôs esta noite, no XVIII congresso do PS, que Almeida Santos se torne presidente honorário do partido, depois de 19 anos no cargo de presidente.

«Pedia há muito que o dispensássemos das funções de presidente. Respeitámos a sua vontade, mas quero dizer-lhe que não o dispensamos do PS. Proponho que seja presidente honorário do PS», disse, recolhendo os aplausos dos delegados presentes.

Também a nova presidente socialista, Maria de Belém, foi bastante elogiada por António José Seguro, cuja eleição considerou «uma lufada de ar fresco».

Mas os maiores elogios da noite estavam guardados para Mário Soares, que regressou aos congressos socialistas, 25 anos depois. «Foi um prazer assistir à sua humilde e lúcida intervenção. Obrigado Mário Soares! Esta é a sua casa», declarou.

Quanto ao candidato a líder parlamentar, Carlos Zorrinho, Seguro avisou que «o apoio de todos os deputados é essencial para a afirmação do PS», um recado para uma bancada muito preenchida por ex-governantes de José Sócrates.

A liberdade de voto instituída esta semana no grupo parlamentar também foi recordada, com Seguro a frisar que «obrigar todos os deputados a votar sempre disciplinados era uma violência».

Quanto ao candidato derrotado, Francisco Assis, o agora líder socialista prometeu contar com ele para o futuro. «O PS ganha em ser plural no debate e unido na acção (...) Sempre que assim agimos, o PS venceu», avisou.

Seguro, falando aos sindicalistas presentes, alertou ainda que «o PS precisa de se aproximar mais dos trabalhadores».