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Administrador
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- O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida atingiu um tamanho quase recorde neste ano, sugerindo que os 20 anos de controle sobre agentes poluentes tiveram, até agora, um resultado pequeno, disse nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU). Em um boletim sobre a diminuição sazonal da concentração de ozônio na atmosfera, um gás responsável por filtrar a radiação ultravioleta do Sol, a Organização Mundial de Meteorologia (WMO), ligada à ONU, afirmou que o buraco atingiria seu tamanho máximo dentro de algumas semanas.

A radiação ultravioleta é responsável por provocar câncer de pele e catarata.

"O buraco, provavelmente, não quebrará novos recordes, mas isso mostra que a diminuição das concentrações de ozônio continua ocorrendo e que a chamada recuperação do ozônio ainda precisa ser confirmada", disse Geir Braathen, especialista da WMO no assunto.

Cientistas norte-americanos relataram no mês passado que a camada de ozônio havia parado de encolher, mas disseram que seriam necessárias décadas até que ela começasse a se recuperar.

O buraco sobre o Pólo Sul e a Antártida, que possui cerca de 27 milhões de quilômetros quadrados, deve aumentar mais 1 milhão de quilômetros quadrados dentro de uma semana, levando-o para perto do recorde registrado em 2002 e 2003, afirmou a WMO.

O buraco atingiu a Ushuaia, na região da Patagônia (sul da Argentina), "provocando um aumento perceptível da radiação ultravioleta," disse o boletim, divulgado no Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.

Os clorofluorcarbonos (CFCs) foram apontados como as principais causas do encolhimento da camada porque reagem com as moléculas de ozônio, eliminando-as.

Muitos CFCs, antes comuns em geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e produtos de limpeza industrial, foram proibidos na Convenção de Viena, assinada há exatos 20 anos.

Um grande número de cientistas diz que o buraco aumentou para um tamanho recorde de 29 milhões de quilômetros quadrados em setembro de 2003, expondo a ponta sul da América do Sul.

"Pode-se dizer que a situação da camada de ozônio está se estabilizando em um nível baixo. Estamos chegando ao máximo da redução do ozônio, chegando ao limite desse processo, mas ainda é muito cedo para dizer se a situação está melhorando", afirmou Braathen.

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