Postado Dom 19 Set 2010 - 11:59
Um professor de educação física colocado no Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, foi impedido de usar «piercings» nas aulas pela direcção deste estabelecimento da Direcção-Geral de Reinserção Social, uma decisão que vai contestar em tribunal.
Uma fonte do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) disse à agência Lusa que o docente visado «está a ser acompanhado pelos serviços jurídicos» da organização sindical com sede em Coimbra.
«Tudo indica que há aqui um acto de discriminação ilegal e absurda», adiantou o sindicalista João Louceiro, coordenador da direcção distrital de Coimbra do SPRC.
O professor em causa, de 31 anos, usa diariamente numa orelha «uma pequena argola e mais dois adornos de tamanho reduzido», tendo sido intimado pela directora do Centro Educativo, Ângela Portugal, para remover as peças durante as actividades escolares.
A Lusa apurou que a direcção ter-se-á baseado no regulamento interno da instituição dos Olivais, que proíbe aos jovens ali acolhidos o uso de «piercings», regra que entendeu dever aplicar também aos docentes, apoiada nas orientações da Direcção-Geral.
O professor visado, que se escusa a falar do assunto, comunicou inicialmente à directora que não pretendia retirar os «piercings», justificando o seu uso com «uma promessa de ordem pessoal feita há dois anos».
Na segunda feira, ao apresentar-se no Centro Educativo para leccionar, foi-lhe reiterado na portaria que não poderia aceder às instalações escolares com os adornos, devendo ali aguardar por Ângela Portugal, que de imediato lhe confirmou a decisão tomada na semana passada.
O docente, após ter conversado com a direcção do Agrupamento de Escolas Martins de Freitas, a que pertence, ainda faltou dois dias às aulas.
Docente tirou os piercings para voltar à escola
Aconselhado pelos serviços jurídicos do SPRC, acatou depois a ordem da superiora hierárquica, retirou os «piercings» e regressou esta quinta-feira ao Centro Educativo, onde foi apresentado às turmas na companhia da directora.
João Louceiro admitiu que a ordem da directora para que o professor, ali colocado com outra colega de educação física, ambos adstritos ao Agrupamento Martins de Freitas, «até poderia ter justificação se fosse por motivos de segurança».
«Mas tudo indica que não é isso que está em causa», sublinhou.
Um advogado do SPRC está a preparar uma contestação ao ato da instituição, que o sindicato considera ilegal.
A agência Lusa tentou obter desde sexta-feira uma reacção da directora do Centro Educativo dos Olivais. Ângela Portugal remeteu o assunto para o secretariado da Direcção-Geral de Reinserção Social, escusando-se a falar, mas todas as diligências se revelaram infrutíferas.
A Lusa insistiu também junto das relações públicas do Ministério da Justiça, mas igualmente sem resultado.
Fonte:tvi24
Uma fonte do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) disse à agência Lusa que o docente visado «está a ser acompanhado pelos serviços jurídicos» da organização sindical com sede em Coimbra.
«Tudo indica que há aqui um acto de discriminação ilegal e absurda», adiantou o sindicalista João Louceiro, coordenador da direcção distrital de Coimbra do SPRC.
O professor em causa, de 31 anos, usa diariamente numa orelha «uma pequena argola e mais dois adornos de tamanho reduzido», tendo sido intimado pela directora do Centro Educativo, Ângela Portugal, para remover as peças durante as actividades escolares.
A Lusa apurou que a direcção ter-se-á baseado no regulamento interno da instituição dos Olivais, que proíbe aos jovens ali acolhidos o uso de «piercings», regra que entendeu dever aplicar também aos docentes, apoiada nas orientações da Direcção-Geral.
O professor visado, que se escusa a falar do assunto, comunicou inicialmente à directora que não pretendia retirar os «piercings», justificando o seu uso com «uma promessa de ordem pessoal feita há dois anos».
Na segunda feira, ao apresentar-se no Centro Educativo para leccionar, foi-lhe reiterado na portaria que não poderia aceder às instalações escolares com os adornos, devendo ali aguardar por Ângela Portugal, que de imediato lhe confirmou a decisão tomada na semana passada.
O docente, após ter conversado com a direcção do Agrupamento de Escolas Martins de Freitas, a que pertence, ainda faltou dois dias às aulas.
Docente tirou os piercings para voltar à escola
Aconselhado pelos serviços jurídicos do SPRC, acatou depois a ordem da superiora hierárquica, retirou os «piercings» e regressou esta quinta-feira ao Centro Educativo, onde foi apresentado às turmas na companhia da directora.
João Louceiro admitiu que a ordem da directora para que o professor, ali colocado com outra colega de educação física, ambos adstritos ao Agrupamento Martins de Freitas, «até poderia ter justificação se fosse por motivos de segurança».
«Mas tudo indica que não é isso que está em causa», sublinhou.
Um advogado do SPRC está a preparar uma contestação ao ato da instituição, que o sindicato considera ilegal.
A agência Lusa tentou obter desde sexta-feira uma reacção da directora do Centro Educativo dos Olivais. Ângela Portugal remeteu o assunto para o secretariado da Direcção-Geral de Reinserção Social, escusando-se a falar, mas todas as diligências se revelaram infrutíferas.
A Lusa insistiu também junto das relações públicas do Ministério da Justiça, mas igualmente sem resultado.
Fonte:tvi24