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#1
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
Moderadora
Carlos Braz Saraiva, coordenador da Consulta de Prevenção do Suicídio dos Hospitais da Universidade de Coimbra, revela-nos como ajudar quem está em risco

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*O que deve fazer quem pensa de forma recorrente no suicídio?
Criar proximidades, ou seja, não se isolar. Assim é mais fácil tentar perceber outras alternativas que não a morte.

Deve também procurar ajuda especializada, por exemplo através de consultas diferenciadas que existem em alguns hospitais psiquiátricos. Ou mesmo consultar o médico de família ou outros psicoterapeutas, preferencialmente com conhecimentos na área da suicidologia.

Os Centros SOS telefónicos também podem dar uma ajuda bem como a consulta do site [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] que fornece muita informação sobre como lidar com o desespero.

Que percentagem de pessoas com depressão tenta o suicídio?
Cerca de 30 por cento pensa no suicídio e 10 por cento comete suicídio, nessa depressão ou no futuro. A principal doença associada ao suicídio é a depressão, entre 50 a 80 por cento dos casos, segundo os estudos.

Há outras doenças associadas ao suicídio?
A esquizofrenia. A taxa de suicídio nos esquizofrénicos ronda os 15 por cento e nos deprimidos, os 10 a 15 por cento

O suicídio também é praticado por quem não sofre de uma doença do foro psiquiátrico?

Em cerca de 90 por cento dos casos consegue-se perceber o porquê do suicídio e, portanto, há uma franja – de um em cada dez – para a qual não há resposta. O estigma da insanidade mental é válido para a quase totalidade dos suicidas mas não para todos.

O que pensa um suicida?
Sabemos que a maior parte das crises suicidárias – ou seja a pessoa ter o plano e andar a cogitar sobre ele – são relativamente curtas, duram menos de um mês, podendo ser intermitentes. Segundo os sobreviventes, naquele momento queriam morrer. Mas se duas semanas depois falarmos com eles, só 10 por cento acha que devia ter morrido.

São pessoas que estão a sofrer e consideram que a dimensão desse sofrimento é interminável e intolerável e o suicídio surgiria como a única forma de acabar com isso. Não têm capacidade de conceptualizar no horizonte outras alternativas. Afunilam as perspectivas, já perderam a esperança. Agora penso que a ambivalência vai até ao fim.

Querem viver e morrer ao mesmo tempo?
Sim. No fundo as pessoas gostariam de estar nos dois mundos porque há o medo do desconhecido que é, muitas vezes, suficientemente poderoso para a pessoa se torturar pela dúvida e isso faz com que haja ambivalência.

Muitos destes indivíduos deixam o destino decidir se é suposto viverem ou morrerem. Há pessoas que sobreviveram a tentativas de suicídio por métodos violentos e dizem: «se Deus não quis que eu morresse é porque tenho de viver». Dá-lhes um sinal que não tinham.

Se pudessem, parariam o processo de suicídio?
Às vezes há sinais de última hora. Como o caso de um doente que se ia suicidar e o cão começou a ladrar e ele pensou «preciso do meu cão» e aí parou. São situações que funcionam como uma revelação. Muito destes suicidas são torturados pela ambivalência e, muitas vezes, precisam de um sinal forte e poderoso que, se surgir, pode travar o processo suicida. O problema é que às vezes não aparece.

Muitos destes indivíduos perderam a capacidade de criar proximidade e alternativas. Quando alguém está com uma ideação suicida consistente a primeira coisa que tem de fazer é falar com alguém e deve ter um grupo de amigos.

O suicídio é um acto impulsivo?
É um puzzle que se vai montando e daí falar-se em processo ou crise suicida. A maior parte dos actos suicidas é impulsiva. É como uma instalação eléctrica em que só falta o interruptor, que é o precipitante, o clique final, aquilo que às vezes aos outros parece fútil, mas é determinante para desencadear o suicídio.

Por exemplo o pai não emprestar o carro, o namorado dizer que não vai ao cinema e isso ser sentido como uma rejeição. Ou, por exemplo, a rapariga que se zanga com o namorado, ele vai-se embora, ela fica furiosa, vai à varanda e atira-se para cair em cima do carro dele.

Quais são os mitos que vigoram em relação ao suicídio?
A ideia de que quem diz que se vai suicidar não se suicida é falso. Assim como a de que o suicídio é dos fracos ou só atinge determinadas classes sociais

Qual a diferença entre para-suicídio e suicídio?
O suicídio é a morte protagonizada pelo próprio com intenção letal, o para-suicídio é um comportamento manipulativo que usa o próprio corpo como forma de expressar uma revolta, um desamparo ou um desespero, através de métodos não violentos que incluem cortes e sobredosagens medicamentosas.

São tentativas?
A expressão tentativa de suicídio deve ser apenas ligada aos suicídios frustrados, porque os para-suicídas supostamente não querem morrer. Alguns morrem, mas a sua intenção não é essa: é manipular, modificar. Querem viver de outra maneira e usam um jogo perigoso: quando já não há mais nada para jogar jogam com o corpo.

Qual é o perfil do para-suicída?
É uma adolescente do sexo feminino entre os 15 e os 25 anos de classes baixas e médias baixas que impulsivamente, depois de uma querela emocional, de um conflito amoroso, a envolver o plano dos afectos toma uma sobredosagem medicamentosa ou corta os pulsos, com o objectivo de manipular o meio-ambiente: a família, a sociedade.

Os adolescentes são pois um grupo de risco?
Cometem mais para-suicídio e o que sabemos é que alguns dos para-suicídas de hoje serão suicidas amanhã. Os adolescentes são motivados por problemas ligados ao plano dos afectos, associados à impulsividade e também drogas e álcool.

Qual dos dois sexos mais se suicida?
Em todo o mundo os homens suicidam-se mais do que as mulheres, com excepção da China rural. Os métodos violentos não são tão comuns no sexo feminino. As mulheres têm preocupação pela imagem do corpo pós morte e evitam mais, por exemplo, a trucidação ou a precipitação.

Que sinais de alarme podem indicar que alguém está a pensar no suicídio?
Entre outros, o afastamento dos amigos e família, depressão, dor psicológica intolerável, perda de auto-estima, isolamento, sensação de que nada vale a pena. Comentários acerca da morte ou suicídio assim como preparativos para a morte são, por vezes, sinais.

Por exemplo a doação de objectos pessoais de elevado valor sentimental ou escrever cartas aos amigos. Contudo, algumas pessoas podem não mostrar sinais. A única forma de ter a certeza é perguntando. Fazê-lo permite reduzir o seu isolamento e perceberem que os outros compreendem a forma como se sentem, a sua dor.

Se alguém disser que quer cometer o suicídio o que podemos fazer?
O primeiro passo é escutar essa pessoa, dizer-lhe que não se quer que ela morra, estar-se disponível para a ouvir. Deve pedir-se que prometa que não vai cometer o suicídio e que caso sinta que tem vontade de se magoar que fale consigo ou com alguém que a possa ajudar.

É importante partilhar a situação com quem tem habilitações para intervir nestes casos, como um médico, ou mesmo encaminhar a pessoa para um departamento de urgência hospitalar, caso haja fortes indícios suicidas. Isto sem esquecer que é possível recorrer a telefones SOS com pessoal habilitado na prevenção do suicídio.

fonte: saposaude













#2
 Twxin

Twxin
Membro
Membro

Boa informação :D :

#3
 Convidad

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Convidado
- bom post ^^

#4
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
Moderadora
Obrigada ás duas zx

#5
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