As fortes chuvas assustaram esta quinta-feira a Madeira. O presidente do Funchal, Miguel Albuquerque, adiantou à TVI que a situação esteve «perigosa» e que a zona baixa da cidade foi «praticamente encerrada». Não há, até ao momento, vítimas a registar, mas a memória da tragédia de 20 Fevereiro foi fortemente avivada. Se tem imagens do mau tempo na Madeira, envie fotos e vídeos para euvi@tvi.pt «A Avenida do Mar, a zona baixa da cidade foi praticamente encerrada» depois de perto da uma da tarde a chuva ter colocado a Madeira em perigo. «O aumento da pluviosidade, sobretudo a partir da uma hora da tarde, levou a um conjunto de inundações na cidade e algumas situações de perigo que nós tentamos de imediato atacar, interditando a circulação nas principais artérias e sobretudo recomendado a não circulação de pessoas e veículos nas zonas centrais da cidade e sobretudo junto das linhas de água», explicou o presidente. «Temos sobretudo inundações de estabelecimentos, de casas, algumas derrocadas. Está tudo controlado, as brigadas estão todas na rua. Mas a situação esteve perigosa entre a uma e as duas», disse. Miguel Albuquerque explicou ainda que apesar do pior já ter passado, «o alerta laranja vai ser mantido até às 10:00». A principal frente passou concentrada entre a 13:30 e as 15:00 da tarde. «Foi uma frente muito forte, com chuvas muitas fortes, mas não houve até ao momento nenhuma vítima, nenhum dano em vítimas, sobretudo a uma hora como hoje, onde as escolas estavam abertas, a vida normal estava a decorrer». Mário Gouveia, jornalista da TVI na Madeira, relatou a situação na cidade. «Muita confusão na baixa do Funchal, ruas completamente inundadas, parques de estacionamento que foram encerrados, mas para já não há qualquer vítima a lamentar», disse. «A zona mais complicada é a zona velha do Funchal, há mesmo um mar de lama e muita água. As pessoas têm dificuldade em passar de um lado para o outro lado», contou, adiantando que o Funchal está a paralisar. Em conferência de imprensa, ao final da tarde, Miguel Albuquerque referiu ter acontecido «um conjunto de desabamentos, quatro ou cinco casas com desabamentos parciais de cobertura, mas há apenas uma habitação com necessidade de realojamento de uma munícipe». O mau tempo regressou esta quinta-feira à Madeira. O Plano Municipal de Urgência foi já accionado e há notícia de várias estradas cortadas e inundações no Funchal e há ainda registo da derrocada de um muro que atingiu uma habitação. A Protecção Civil adiantou que a não foi necessário evacuar nenhum habitante e que não houve risco de vida. Ainda assim, e apesar da ausência de alarme, vários alunos ficaram retidos numa escola por causa de uma derrocada. O medo de que a tragédia de 20 de Fevereiro voltasse a ocorrer levou vários comerciantes a fechar as lojas.


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