Postado Qua 8 Dez 2010 - 16:51
O cunhado de um dos idosos falecidos no lar ilegal na Charneca da Caparica que foi encerrado pelas autoridades na terça-feira afirmou hoje que «se a Segurança Social existisse efectivamente, ninguém colocava familiares em lares ilegais», informa a Lusa.
Fernando Oliveira, 70 anos, falava aos jornalistas a meio da manhã de hoje, depois de um abraço de apoio em lágrimas à proprietária da vivenda de dois pisos que servia de lar a 13 idosos e foi encerrada pela Segurança Social depois de aí terem ocorrido quatro mortes no espaço de 24 horas.
Depois de uma reprimenda sublinhada «às mentiras que a comunicação social fez passar», o homem afirmou ter «absoluta confiança na proprietária do lar e nas boas condições em que o seu cunhado vivia».
«A minha mãe também passou aqui os seus últimos dias, morreu com 94 anos. Gostava muito de aqui estar, foi sempre bem tratada. Isto é uma casa de portas abertas, aqui fazem o que nós em casa não conseguimos nem sabemos fazer», disse.
Ainda assim, acrescentou, «não teria escolhido esta casa se a Segurança Social existisse efectivamente». «Se a Segurança Social cumprisse o seu papel a minha mãe não teria vindo para aqui e o meu cunhado também não. É óbvio que a questão do dinheiro foi determinante na escolha. O que interessa a legalidade quando não se tem alternativas?», acrescentou.
O cunhado de Fernando Oliveira pagava 505 euros por mês para estar neste lar. «É óbvio que não tinha dinheiro para outras alternativas», disse.
A proprietária, Maria de Fátima Machado, 70 anos, guiou os jornalistas pela vivenda de dois pisos onde se multiplicavam divisões ¿ salas de convívio, quartos, salas de jantar, casas de banho e até uma enfermaria ¿ arrumadas, limpas, coloridas, Maria de Fátima Machado ia falando.
«Tudo isto já estava assim. Não fiz nada para a televisão ver. Fiz para eles, para que se sentissem em casa. Eu tinha aqui uma família, recuso-me a dizer que era um lar de idosos no sentido comum do termo. Era um lar, uma casa de amor», contou.
O lar, garante, «não era nenhum depósito de idosos». E as quatro mortes, diz, «não aconteceram por outra razão que não fosse o facto de ter chegado a hora de cada um [dos utentes]».
TVI24
Fernando Oliveira, 70 anos, falava aos jornalistas a meio da manhã de hoje, depois de um abraço de apoio em lágrimas à proprietária da vivenda de dois pisos que servia de lar a 13 idosos e foi encerrada pela Segurança Social depois de aí terem ocorrido quatro mortes no espaço de 24 horas.
Depois de uma reprimenda sublinhada «às mentiras que a comunicação social fez passar», o homem afirmou ter «absoluta confiança na proprietária do lar e nas boas condições em que o seu cunhado vivia».
«A minha mãe também passou aqui os seus últimos dias, morreu com 94 anos. Gostava muito de aqui estar, foi sempre bem tratada. Isto é uma casa de portas abertas, aqui fazem o que nós em casa não conseguimos nem sabemos fazer», disse.
Ainda assim, acrescentou, «não teria escolhido esta casa se a Segurança Social existisse efectivamente». «Se a Segurança Social cumprisse o seu papel a minha mãe não teria vindo para aqui e o meu cunhado também não. É óbvio que a questão do dinheiro foi determinante na escolha. O que interessa a legalidade quando não se tem alternativas?», acrescentou.
O cunhado de Fernando Oliveira pagava 505 euros por mês para estar neste lar. «É óbvio que não tinha dinheiro para outras alternativas», disse.
A proprietária, Maria de Fátima Machado, 70 anos, guiou os jornalistas pela vivenda de dois pisos onde se multiplicavam divisões ¿ salas de convívio, quartos, salas de jantar, casas de banho e até uma enfermaria ¿ arrumadas, limpas, coloridas, Maria de Fátima Machado ia falando.
«Tudo isto já estava assim. Não fiz nada para a televisão ver. Fiz para eles, para que se sentissem em casa. Eu tinha aqui uma família, recuso-me a dizer que era um lar de idosos no sentido comum do termo. Era um lar, uma casa de amor», contou.
O lar, garante, «não era nenhum depósito de idosos». E as quatro mortes, diz, «não aconteceram por outra razão que não fosse o facto de ter chegado a hora de cada um [dos utentes]».
TVI24