A jogar perante uma fraca assistência, o Benfica recebeu e derrotou o Sp. Braga por duas bolas a zero, em partida referente aos 16-avos da Taça de Portugal, jogo que tinha sido adiado devido à cimeira da NATO que se realizou em Lisboa.

Na primeira meia hora de jogo o Benfica foi mais incisivo que o Sporting de Braga, dispondo de um maior número de oportunidades para marcar, com jogadas que passavam, maioritariamente, pelo médio Carlos Martins.

Logo aos 26 minutos, Jorge Jesus viu-se obrigado a mexer na equipa quando Luisão, depois de um remate perigoso de fora da área, contraiu uma lesão, que se suspeita, muscular, entrando para o seu lugar o seu compatriota Sidnei.

Quando o Braga começou a desvendar o caminho para a baliza do Benfica defendida por Júlio César, primeiro por Paulo César que passou sem problemas por Maxi Pereira, e depois por Hugo Viana, com um remate de fora da área, as ‘águias’ inauguraram o marcador pondo um travão à ofensiva bracarense.

O primeiro golo da partida foi apontado pelo pé direito de Saviola, aos 38 minutos, que viu a bola chegar a si depois de um arremesso lateral de Maxi Pereira que foi desviado de cabeça por Javi García.

A vantagem dos ‘encarnados’ no marcador exaltou os ânimos e, no espaço de três minutos, o árbitro Carlos Xistra mostrou quatro cartões amarelos.

O primeiro foi mostrado a Maxi Pereira por colocar a mão na bola, o que originou a segunda sanção a Carlos Martins, desta feita, por protestos. Depois, uma entrada de Hugo Viana sobre Fábio Coentrão originou insultos e empurrões, situação que terminou com o amarelo para os dois jogadores em questão. Nem o apito do árbitro para o intervalo acalmou os ânimos com os jogadores a provocarem-se no caminho para o balneário, levando à separação das duas equipas: primeiro entrou a comitiva bracarense para o túnel de acesso aos balneários e só depois as ‘águias’ puderam fazer o mesmo.

No regresso para a segunda parte do jogo, o Benfica começou melhor com Saviola, depois de uma assistência de Carlos Martins, a rematar fraco desperdiçando uma oportunidade de aumentar a vantagem sobre os bracarenses.

Novo cartão amarelo para a equipa de Domingos Paciência desta feita a Sílvio depois de uma entrada dura sobre Gaitán. O técnico bracarense aproveita para fazer algumas mudanças na equipa com o objectivo de tornar a sua equipa mais perigosa: faz sair o médio Andrés Madrid para a entrada do avançado Hélder Barbosa e troca Meyong por Keita, numa tentativa de refrescar o ataque bracarense.

O técnico dos ‘encarnados’ não se deixou ficar e fez sair Carlos Martins para a entrada de Salvio, logo depois do médio do Braga, Guilherme, ter sido sancionado com um cartão amarelo por Carlos Xistra.

À passagem dos 72 minutos o Benfica podia ter dilatado a vantagem se Salvio não tivesse desperdiçado um toque de calcanhar perfeito de Oscar Cardozo. Uma situação que se verificou várias vezes ao longo da partida.

Aos 83 minutos novo cartão amarelo para Rodríguez por falta cometida sobre Maxi Pereira e, finalmente, o Braga consegue criar uma situação de verdadeiro perigo para a equipa ‘encarnada’. Depois de um canto marcado pela direita, Alan desviou de cabeça junto ao primeiro poste e valeu Júlio César que evitou, sobre a linha da baliza, o golo que daria o empate ao Braga.

O tento que ditou o resultado final foi apontado por Aimar quando já estavam jogados três dos quatro minutos de compensação dados por Carlos Xistra.

Com esta vitória, o Benfica vai defrontar, na partida dos oitavos-de-final, o Olhanense, em jogo se encontra, naturalmente, atrasado face às restantes partidas da competição.