Postado Ter 21 Dez 2010 - 12:19
FC Porto vence o Paços de Ferreira (3-0)
Longe das grandes exibições do início do campeonato, o FC Porto foi esta noite à Mata Real vencer os da casa por 3-0. Otamendi, Hulk (de grande penalidade) e Walter selaram a vitória portista.
As palavras trocadas durante a semana entre o técnico dos portistas e o presidente pacense, Carlos Barbosa, faziam antever uma partida garrida entre as duas formações. Mas quem se deslocou à Mata Real assistiu apenas a uma partida desenxabida.
Confortavelmente posicionados num lugar que não compromete a manutenção, Carlos Brito não pode contar para esta partida com Caetano (emprestado pelo FC Porto), Alvarinho, Carlos Renan e Jorginho Sousa.
Os azuis-e-brancos entraram para este jogo com dois objectivos-chave: manter a distância de oito pontos em relação ao segundo classificado e acabar o ano sem registar nenhuma derrota. Villas-Boas não inventou e manteve a preferência por James Rodriguez em detrimento de Ruben Micael.
Os líderes do campeonato entraram melhor e os primeiros minutos da partida foram de sufoco para o Paços de Ferreira, com os “dragões” instalados na grande área pacense. E tanto ameaçaram que o golo surgiu mesmo, aos 11 minutos, pelos pés do defesa argentino Otamendi. Mesmo em vantagem, os pupilos de Villas-Boas não tiraram o pé do acelerador e poderiam ter recolhido aos balneários ao intervalo com uma vantagem mais dilatada.
No segundo tempo, o acelerador portista foi substituído pelo ponto morto e só Hulk parecia querer realmente levar os três pontos para a Invicta. A equipa de Carlos Brito aproveitou da melhor forma o descanso e entrou para os segundos 45 minutos com vontade de disputar o resultado.
Rondón teve várias oportunidades para repor a igualdade, mas na cara de Helton a finalização do venezuelano saiu sempre defeituosa. A melhor oportunidade dos homens da casa surgiu aos 76 minutos, com Pizzi, de cabeça, a obrigar o guardião portista a uma grande defesa.
Já se jogava para lá dos 90’, quando é marcada uma falta dentro da grande área pacense. Artur Soares Dias entende que David Simão corta a bola com o braço, após livre apontado por Guarín. As imagens não são esclarecedoras, ficando, no entanto, a impressão que o jogador do Paços efectua o corte com o pé.
Minutos depois, Walter aproveita um erro da defesa adversária e fecha as contas do jogo, confirmando a invencibilidade dos homens do norte.
A baixar de rendimento a olhos vistos, a verdade é que o FC Porto vai somando pontos. Por vezes com alguma sorte à mistura, a formação nortenha não complica e continua a mostrar níveis de eficácia avassaladores.
O Paços de Ferreira só se pode queixar dele próprio. Demasiadas oportunidades falhadas na segunda parte, quando a vantagem entre as duas equipas era de apenas um golo, acabaram por ditar a derrota. E quem não marca, sofre.