Postado Sáb 15 Jan 2011 - 12:41
Nyon não pactua com FPF fora-da-lei. Participação da Selecção Nacional no Euro/12 em risco. Clubes portugueses também na mira da UEFA.
A UEFA, através do seu secretário-geral, o italiano Gianni Infantino, fez chegar ontem uma carta à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com conhecimento para a FIFA, em que deixa muito claro que, caso não se altere o quadro de ilegalidade em que o órgão máximo do futebol nacional está mergulhado, por recusar a adequação dos seus estatutos à Lei de Bases do Sistema Desportivo, serão tomadas medidas de excepcional gravidade, que não deixarão de comprometer não só a Selecção Nacional como ainda os clubes portugueses que participam nas competições europeias.
A carta, a que A BOLA teve acesso e publica, em peça à parte, na íntegra, é excepcionalmente dura e taxativa, ao arrepio, até, da norma diplomática que costuma presidir a estas missivas.
Na parte final, inclusivamente, antes de fazer um aviso solene para as decisões que o Comité Executivo tomará se as exigências feitas não forem entretanto cumpridas, a UEFA nomeia, com clareza cristalina, duas medidas a tomar pela FPF:
I) Que, numa primeira etapa, o projecto de novos estatutos da FPF seja aprovado no mais breve espaço de tempo;
II) Que, numa segunda etapa, a eleição dos órgãos sociais da FPF se realize de acordo com os novos estatutos entretanto aprovados.
A UEFA, dando mostras, pelo detalhe utilizado, de estar por dentro de todo o processo, aproveitou a longa declaração que enviou à FPF para lamentar que as sanções entretanto impostas pelo Governo já tenham custado ao futebol português 2,5 milhões de euros e lembrou que, se os novos estatutos não forem aprovados e o Governo subir a parada, retirando a Utilidade Pública à FPF, esta deixará de ter meios legais para organizar as competições de futebol em Portugal.
Este facto deriva da circunstância de a FPF, por gozar de Utilidade Pública, beneficiar de alguns poderes delegados pelo Estado, nomeadamente nos âmbitos disciplinar e financeiro. Perdendo a Utilidade Publica, esfumam-se os pressupostos para levar por diante, como refere a UEFA, a sua tarefa organizativa.
Se não forem tomadas as medidas adequadas em tempo útil - o que passa por aprovar os novos estatutos na Assembleia Geral da FPF que terá lugar no próximo dia 29 de Janeiro, anular as eleições marcadas para dia 5 de Fevereiro e fixar uma nova data para eleições a realizar de acordo com estatutos conformes à lei - a Selecção Nacional, bem como os clubes que permanecem na Liga Europa, podem sofrer danos irreparáveis.
Fonte: Abola
A UEFA, através do seu secretário-geral, o italiano Gianni Infantino, fez chegar ontem uma carta à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com conhecimento para a FIFA, em que deixa muito claro que, caso não se altere o quadro de ilegalidade em que o órgão máximo do futebol nacional está mergulhado, por recusar a adequação dos seus estatutos à Lei de Bases do Sistema Desportivo, serão tomadas medidas de excepcional gravidade, que não deixarão de comprometer não só a Selecção Nacional como ainda os clubes portugueses que participam nas competições europeias.
A carta, a que A BOLA teve acesso e publica, em peça à parte, na íntegra, é excepcionalmente dura e taxativa, ao arrepio, até, da norma diplomática que costuma presidir a estas missivas.
Na parte final, inclusivamente, antes de fazer um aviso solene para as decisões que o Comité Executivo tomará se as exigências feitas não forem entretanto cumpridas, a UEFA nomeia, com clareza cristalina, duas medidas a tomar pela FPF:
I) Que, numa primeira etapa, o projecto de novos estatutos da FPF seja aprovado no mais breve espaço de tempo;
II) Que, numa segunda etapa, a eleição dos órgãos sociais da FPF se realize de acordo com os novos estatutos entretanto aprovados.
A UEFA, dando mostras, pelo detalhe utilizado, de estar por dentro de todo o processo, aproveitou a longa declaração que enviou à FPF para lamentar que as sanções entretanto impostas pelo Governo já tenham custado ao futebol português 2,5 milhões de euros e lembrou que, se os novos estatutos não forem aprovados e o Governo subir a parada, retirando a Utilidade Pública à FPF, esta deixará de ter meios legais para organizar as competições de futebol em Portugal.
Este facto deriva da circunstância de a FPF, por gozar de Utilidade Pública, beneficiar de alguns poderes delegados pelo Estado, nomeadamente nos âmbitos disciplinar e financeiro. Perdendo a Utilidade Publica, esfumam-se os pressupostos para levar por diante, como refere a UEFA, a sua tarefa organizativa.
Se não forem tomadas as medidas adequadas em tempo útil - o que passa por aprovar os novos estatutos na Assembleia Geral da FPF que terá lugar no próximo dia 29 de Janeiro, anular as eleições marcadas para dia 5 de Fevereiro e fixar uma nova data para eleições a realizar de acordo com estatutos conformes à lei - a Selecção Nacional, bem como os clubes que permanecem na Liga Europa, podem sofrer danos irreparáveis.
Fonte: Abola