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Postado Ter 8 Mar 2011 - 19:14
Este é o último texto que faço para ti. Não é que já não te ame, mas sim porque estou farta disto. Vou dizer isto pela última vez. Tornei-me numa pessoa diferente desde que te conheci, o meu sorriso deixou de ter aquela força e já não me sinto aquela Sónia que era feliz sempre, que ultrapassava tudo, que era forte sem um sorriso como mascara para a tristeza que queria esconder. Deixei de viver com um sorriso na cara, deixei de fazer coisas que amava e que agora, simplesmente me aborrecem. Porque tudo me aborrece, porque tudo já não faz sentido. Porque o meu coração deixou de querer saber, ele foi ficando demasiado cheio para qualquer coisa mais aguentar. Foi muito rápido, foi uma mudança muito rápida na minha vida e talvez por já estar habituada a ti e às nossas conversas, que senti a tua falta com tanta intensidade. E se hoje não te vir, nada vai mudar. E se hoje não ouvir o teu nome, a tua foto, as tuas palavras por mais frias que sejam, nada muda. Porque se hoje não contemplar o teu sorriso, fica tudo igual. Porque se hoje não vir o teu olhar, o dia torna-se seco. Porque é assim que têm sido estes meses sem ti, secos, frios, insignificantes. Espero demais por ti, espero demais pelas tuas palavras, por um sinal teu. À mínima palavra tua, tremo por tudo o que é sitio e o meu coração fica inquieto. Porque é assim que tu me pões, porque é assim que fico a cada momento que oiço o teu nome, a cada sinal da tua presença. Mandas demais nos meus sentimentos, à sempre qualquer coisa que fala mais alto quando tento perceber que não vales a pena. Apaixonei-me por ti de uma forma que nem sei, aquela saudade era tão estranha que parecia impossível. E depois de todos estes meses, ainda te amo. E depois de todos estes meses, ainda teimo que mereces o que sinto por ti. E depois de tantos avisos, e depois de me dizerem tanta vez que não valia a pena estar assim, eu continuo igual, a minha vida é a mesma merd*, os meus sonhos não se tornam realidade e sinto-me a rapariga mais sozinha deste mundo. Isto torna-se mais difícil a cada dia que passa. Estou frágil, e alem de frágil, estou cega. Estou cega por ti, e se me pedires para ficar, eu ficaria. Sem pensar duas vezes. Porque? Porque eu te amo. Porque por ti, tudo. Porque por mais um momento entre os dois, eu daria muita coisa. Deixas-me deprimida, ignoras-me à força toda e isso custa-me tanto fogo! Custa-me tanto viver com isto, custa-me tanto ter esta ferida ainda a arder tanto. Não digo que te amo por dizer, digo-te porque o sinto como nunca irás perceber. E o que mais me custa, é estar aqui a falar para o boneco. Sei bem que nem te vais dar ao trabalho de ler isto, mas fogo, custava-te muito falares-me de vez em quando, perguntares-me se está tudo bem, se pelo menos podíamos deixar restar uma amizade e não umas simples cinzas. E ainda resta tanto por dizer sobre ti, e nunca nada é suficiente percebes? Não tenho culpa de gostar de ti, não tenho culpa de seres lindo e me teres deixado encantada! Todas as noites penso naquele dia e no quanto fui burra ao não o ter aproveitado. Eu sei bem porque não o aproveitei, porque não me queria magoar. Porque estava a gostar demasiado de ti para depois, não dar em nada. Eu sabia, e cai de cabeça na mesma, e magoei-me na mesma. Só te quero a ti, e esse é o meu erro. Estou a ficar tonta, quero escrever tudo o que sinto sem ti, mas ia demorar a minha vida inteira.
Os meus olhos não brilham, a minha boca não suspira, o meu corpo treme, o meu coração não bate, esta saudade e este amor estão a dar cabo de mim.
