José Couceiro considerou o «resultado justo» mas sempre admitiu que os leões «deveriam ter feito mais» em Vila do Conde. Carlos Brito, por seu lado, felicitou os jogadores do Rio Ave «por um jogo que dominaram» e, «sem querer desvalorizar o Sporting», lamentou «um resultado muito injusto» para a sua equipa.

José Couceiro: «Demos 45 minutos de avanço ao Rio Ave. Não concordo que a segunda parte do Sporting tenha sido cinzenta. Penso que estivemos melhor na parte final, mas não podemos dar tanto tempo de avanço ao adversário. Estivemos muito lentos na primeira parte, com pouca iniciativa. O Rio Ave foi acreditando e ganhando confiança. Penso que o resultado acaba por ser justo, pelo que não fizemos no primeiro tempo. Depois conseguimos jogar com mais confiança e qualidade. Precisávamos de acreditar mais, mas quando uma equipa não tem muita confiança, não assume tantos riscos. Temos que vencer isso, mas não é fácil. Todos temos a consciência do momento eleitoral do Sporting. Penso que as constantes notícias que vêm a público não acabam por distrair os jogadores. Todos lêem jornais e vêm televisão. E sabemos que vão continuar a surgir nos próximos dias. Não queremos arranjar desculpas.»

Carlos Brito: «Antes de mais, tenho de dar os parabéns aos meus jogadores. Foram inexcedíveis e fizeram um grande jogo. Penso que o resultado é muito injusto para eles, que dominaram a partida. Sem querer tirar mérito ou desvalorizar o Sporting, acho que os três pontos só poderiam ficar com o Rio Ave. Fomos nós que tivemos a iniciativa, comandamos o jogo e procuramos a vitória. Tivemos 23 remates, vários deles à baliza, o que demonstra bem o quanto atacamos e quisemos vencer. O nulo é muito penalizador para os jogadores do Rio Ave. Foi dos jogos mais bem conseguidos na minha história no Rio Ave. Tivemos 85 minutos em que o Sporting não fez praticamente um remate à baliza. Não direi que tem sabor a derrota, é mais um ponto, mas foi uma tremenda injustiça. O Júlio Alves foi rodar, tem qualidade e espero que ele encare isto como uma oportunidade. Aproveitou esta chamada. Se há jogo em que seria tremendamente injusto individualizar, seria este. Vínhamos de quatro vitórias consecutivas, mas também tivemos tranquilidade no período das derrotas. Esta equipa precisava de resultados para explanar todo o seu potencial. O Rio Ave fez um excelente jogo e, se o Sporting não fez mais, foi porque não deixámos.»

Rui Patrício: «Temos de levantar a cabeça e continuar a trabalhar. O próximo jogo é muito importante, frente ao U. Leiria em casa, e vamos fazer tudo para ganhar. Somos profissionais de futebol e temos de estar preparados para tudo o que acontece nos clubes. Temos de saber viver com isso e fazer o nosso trabalho dentro do campo, sem pensar no que se passa à volta. Fico feliz por atingir essa marca [ndr: 100 jogos pelo Sporting], mas isso nada altera. O importante é continuar a trabalhar e ajudar a equipa da melhor forma.»

Braga: «Temos de subir mais na classificação. Começámos mal mas agora estamos numa boa fase. Ainda há poucos estávamos cá em baixo, numa fase má. Merecemos vencer. Faltou um bocado de sorte. Tentei marcar, tal como os meus companheiros, mas a bola não quis entrar. Tivemos muitas oportunidades. Garantindo a permanência vamos jogar todos os jogos para ganhar.»

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