Diante de um CSKA Moskva que nunca perdeu no Dragão terá que estar um FC Porto ao seu melhor nível, até porque, diz André Villas-Boas, os russos são fortes e apresentam «uma equipa extremamente competitiva». O técnico dos dragões fez ao final da manhã a antevisão do desafio europeu desta quinta-feira e, pelo meio, surgiu o tema campeonato, que «está em aberto». Quanto ao percurso positivo que os azuis e brancos têm vindo a traçar, «há que adicionar troféus» para que ele tenha significado.

«É uma equipa de top mundial, com resultados impressionantes e jogadores bem pagos. Uma grande equipa, que vence em qualquer campo», começou por analisar o treinador dos dragões.

André Villas-Boas conhece os números do CSKA Moskva no Dragão, onde nunca perdeu, algo que, segundo o treinador dos dragões, revela «a força» do emblema russo, uma equipa que considera «extremamente competitiva», esperando, por isso, dificuldades no jogo de amanhã: «Obviamente que o empate não lhes serve e vão procurar a vitória. Têm que ir à procura do golo», analisou o treinador dos dragões, que não sabe se os russos jogarão ao ataque, fazendo uma analogia com a última eliminatória: Falámos do mesmo quanto ao Sevilla e o que tivemos foi um FC Porto dominador e com muitas oportunidades, mas acabámos por perder o jogo».

E por isso, aliado a este discurso cauteloso, surge o apelo à presença dos adeptos: «Num jogo extremamente perigoso, que cria grande ansiedade, é preciso que os adeptos se sintam ao lado da equipa, confiantes para a apoiar a 100 por cento. Se deixarmos a equipa fazer o seu trabalho, passaremos a eliminatória. Primeiro que encham o estádio, porque a equipa merece, depois que haja empatia entre todos».

Respondendo à pergunta se desta partida com os russos sairá um dos finalistas, André Villas-Boas manteve o já habitual discurso cauteloso: «O Bayer Leverkusen tem o jogo que tem com o Villarreal, o Manchester City a mesma coisa... Há grandes equipas europeias nestes oitavos-de-final. Temos que respeitar isso e vamos passo a passo, encarando o CSKA como um desafio extremamente complicado e que temos que ultrapassar. Depois pensaremos no resto».

Guarín assumiu nos dois últimos desafios dos dragões uma importância determinante, depois de ter marcado na primeira-mão, na Rússia, e em Leiria, na passada segunda-feira, mas o treinador azul e branco prefere elogiar a equipa no seu todo e não adiantou se o colombiano entrará no 11 inicial: «Preferia não discutir esse assunto. A equipa está forte no seu todo, os jogadores estão motivados, querem entrar em todas as competições. Há um ambiente muito competitivo o que é muito bom», declarou, revelando que todos estão «orgulhosos» do percurso traçado até ao momento mas «há que adicionar troféus» para que o trajecto se mantenha quase imaculado e não se passe «de sonho a pesadelo».

Campeonato em aberto

Com o mesmo discurso contido referiu-se o treinador dos dragões relativamente ao campeonato: «O título não será ganho enquanto matematicamente não for atingido. Há um Benfica x FC Porto entretanto e temos que cumprir diante da Académica porque senão vamos à Luz com uma diferença pontual que não queremos. Se desistiram e apostam na Liga Europa que o demonstrem no onze que vai jogar contra o FC Porto», atirou Villas-Boas, referindo-se às águias e voltando à carga: «Enquanto matematicamente não formos campeões esse discurso não pega. O título está completamente em aberto», frisou, lembrando Espanha, onde «já fechou uma série de vezes e voltou a abrir».

Destaque, no treino desta manhã que decorreu no estádio do Dragão, para a presença do presidente dos dragões, Pinto da Costa, que esteve à conversa com André Villas-Boas.

ZeroZero