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Administrador
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As alopécias, ou perdas de cabelo, podem ser cicatriciais (irreversíveis) ou não cicatriciais. Causas frequentes de alopécia não cicatricial na infância são a alopécia areata e a tinha do couro cabeludo. A tricotilomania pode confundir-se com as anteriores, pelo que também será abordada.

A alopécia areata caracteriza-se pelo aparecimento súbito de uma ou mais áreas desprovidas de cabelo, circulares ou ovaladas, bem delimitadas, de dimensões variáveis, de superfície lisa e regular, sem alteração visível da superfície cutânea afetada. Atinge 0,1 a 0,2% da população de todas as idades, mas sobretudo o adolescente e o adulto jovem (até 50% antes dos 16 anos). Um em cada cinco doentes tem ou teve um familiar afetado. É uma doença autoimune, em que as células do próprio sistema imunitário atacam e destroem o folículo piloso. Pode estar associada a outras doenças autoimunes, como o vitiligo, patologia da tiroideia, síndrome multiendócrino familiar e doença inflamatória intestinal. Pode ser precipitada por problemas emocionais. As lesões podem ser únicas, múltiplas, generalizadas a todo o couro cabeludo (alopécia total) ou a toda a superfície cutânea (alopécia universal).

Na periferia da pelada observam-se cabelos partidos característicos, designados cabelos em ponto de exclamação. Alguns padrões são característicos, como a pelada ofi ásica (localizada na região occipital, estendendo-se em banda periférica até à área de implantação das orelhas). Em cerca de 20% há alterações das unhas (picotado, estriação). O curso é variável. Podem surgir novas áreas de pelada ao longo de meses. Quando existem poucas lesões, o prognóstico é favorável, com repovoamento completo ao fi m de um ano em 95% dos casos. No entanto, as recorrências são frequentes. São fatores de mau prognóstico o início precoce (antes da puberdade), a multiplicidade ou a grande extensão das lesões, os padrões de alopécia total ou ofi ásica, as alterações das unhas e uma evolução superior a um ano. O tratamento controla as lesões, mas não impede o aparecimento de novas peladas. Atendendo à elevada percentagem de remissão espontânea, alguns autores defendem a abstenção de tratamento nos casos limitados. Nas crianças, a terapêutica mais frequente consiste na aplicação de tópicos.

A terapêutica sistémica está reservada para os casos graves ou rapidamente progressivos. A tricotilomania é uma alopécia de tração que resulta do tique de arrancamento dos cabelos. Afeta crianças de ambos os sexos, geralmente com mais de 5 anos, e adolescentes jovens. O hábito é praticado na cama, antes de adormecer, ou enquanto está a ler, a escrever ou a ver televisão. É uma alopécia localizada geralmente na região anterior do couro cabeludo, circunscrita mas mal delimitada, de superfície áspera, pois contém cabelos partidos de diferentes comprimentos. A observação direta ou o achado de tufos de cabelo sobre a almofada confirma o diagnóstico. O tratamento assenta numa boa relação médico-família-doente e na tomada de consciência do tique pela família e pela criança. Os casos graves e persistentes requerem a utilização de antidepressivos e acompanhamento psiquiátrico.

A tinha do couro cabeludo é uma infeção do cabelo causada por fungos dermatófitos, típica das crianças e que raramente se observa após a puberdade. Na verdade, não se trata de uma verdadeira alopécia, já que os cabelos afetados partem-se ao nível da superfície cutânea, observando-se os cotos implantados na pele. As áreas de pseudo-alopécia ocorrem em número e em dimensões variáveis e acompanham-se de descamação, eritema (vermelhidão) e prurido também variáveis. Por vezes pode observar-se apenas descamação, praticamente sem área de pelada. A contagiosidade é elevada, o que explica os surtos que às vezes ocorram em escolas, creches e infantários. O diagnóstico assenta nos aspetos clínicos e no exame microscópico direto e na cultura a partir do material recolhido.

Lux

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