Um iraquiano foi condenado, na sexta-feira, no estado norte-americano do Arizona, a uma pena de prisão de 34 anos por ter atropelado e matado a sua filha de 20 anos, por considerar que ela se tinha tornado "demasiado ocidentalizada".

Faleh Hassan Almaleki não mostrou arrependimento em tribunal ao defender que a filha "desonrou" a sua família.

Este imigrante iraquiano foi considerado culpado do assassinato da sua filha por atropelamento, de ter também atropelado a mãe do namorado da filha e abandonado as duas cenas do crime.

Noor Almaleki, filha de Faleh, esteve em coma duas semanas antes de morrer devido às graves lesões que apresentava.

Faleh mudou-se com a sua família do Iraque para os Estados Unidos em meados da década de 90 e queria que a sua filha seguisse as tradições iraquianas, enquanto "ela queria ser como as outras raparigas americanas", referem os documentos judiciais citados pela Associated Press.

Aos 17 anos, Noor recusou-se a aceitar um casamento arranjado pelos pais e aos 19 anos saiu de casa, alugou o seu próprio apartamento e começou a trabalhar num restaurante de "fast-food".

jn