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#1
 Budha

Budha
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Esgotamento no trabalho: Perfil, Sintomas e Prevenção

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Não
é segredo para ninguém: trabalhamos cada vez mais, descurando a nossa
saúde. A competência e a competitividade do mercado de trabalho a isso
nos obrigam. O esgotamento no trabalho é um problema cada vez mais
frequente e traduz-se por uma exaustão física, emocional e mental. Pode
durar alguns meses ou, em casos mais graves, alguns anos.

Perfil do candidato ao esgotamento

O
típico candidato ao esgotamento é um indivíduo extremamente
profissional, o trabalhador que dá 200%. Perfeccionista, idealista,
auto-motivado e que julga ser capaz de alcançar todas as metas
possíveis. Se o seu trabalho obriga ao contacto frequente com pessoas ou
impõe prazos rígidos, você é um candidato provável ao esgotamento.

A
origem do problema reside no traçar de expectativas demasiado altas,
ou mesmo irrealistas e num estilo de vida em que o emprego é a única
ocupação e o detentor exclusivo de realização pessoal e preocupações.

No
início, tudo lhe corre bem, você adora o seu trabalho. Encara-o com
energia, entusiasmo e as relações com os colegas e com a empresa são as
melhores. Mas, de um momento para o outro, os sintomas podem aparecer e
tudo pode mudar...

Sintomas - um processo evolutivo

Estará à beira de um esgotamento? Sente-se cansado, desmotivado e nervoso? Conheça todos os sintomas.

Estabeleceu aspirações muito altas e não as consegue atingir. Sente-se agitado e impaciente.

O
trabalho deixou de ser agradável. Passa a encarar tudo como uma
obrigação e sente falta de reconhecimento pelo trabalho que faz.

As
relações profissionais começam a deteriorar-se e você afasta-se dos
colegas. Este isolamento é muitas vezes fundado no seu perfeccionismo -
acha-se insubstituível e quer fazer tudo por si. Culpa os outros pelo
seu fracasso, criticando a organização da empresa, superiores e colegas.

A desilusão e a confusão instalam-se. Algo está mal mas você não sabe apontar os motivos que o levam a sentir-se assim.

Surge
alguma insegurança que resulta num esforço profissional ainda maior.
Você trabalha cada vez mais numa tentativa de que as coisas corram bem,
mas não consegue... Os seus objectivos são irreais. O cansaço, a
frustração e a irritação tomam conta de si.

Questiona a sua competência e começa a duvidar das suas próprias capacidades. A auto-confiança diminui drasticamente.

É
normal que recorra a escapes como o sexo, álcool, uso de medicamentos e
drogas. Refugia-se em festas, noitadas e em compras supérfluas.

Alteração
dos hábitos alimentares e do sono. Perda de apetite e insónias - a sua
saúde está debilitada e a produtividade laboral desce.

Tudo se
conjuga para o seu mal-estar dentro e fora do trabalho. Perde o sentido
de humor e as suas relações pessoais ressentem-se. Começa a levar os
problemas para casa e a descarregar frustrações nos familiares.

O
entusiasmo e a energia iniciais transformam-se em aborrecimento e
fadiga crónica. Você é atingido pela depressão, solidão, ansiedade e
doença física.

Numa fase terminal deste processo, o sentimento
dominante é o desespero. Começa a pensar que o esforço não vale a pena e
o pessimismo em relação ao futuro apodera-se de si. Só lhe apetece
demitir-se e desaparecer por uns tempos.

Exaustão física, emocional e mental.

Evitar o esgotamento

São várias as medidas que pode tomar no sentido de evitar um esgotamento. Conheça-as.

Descubra-se
a si próprio e o que quer da vida profissional. Estabeleça metas
realistas a curto e a médio prazo. Escreva as suas conclusões.
Não faça do trabalho o centro da sua vida. A sua auto-estima não deve depender exclusivamente dos seus feitos profissionais.

Encontre
o seu ritmo e procure um equilíbrio na sua vida. Evite levar trabalho
para casa e invista mais na família, nas relações pessoais e nos hobbies
que lhe dão prazer.

Seja exigente consigo próprio mas na dose certa. Estabeleça prioridades e concentre-se nelas. Não queira fazer tudo.

Analise
e defina com precisão as áreas, os problemas e as pessoas que trazem
mais pressão à sua vida. Aja no sentido de aliviar essa pressão.

A
falta de comunicação no trabalho pode levar ao esgotamento. Defina os
seus limites e fale com os seus colegas e superiores para que esses
limites fiquem claros. Não desenvolva a ideia do que os outros esperam
de si - fale, conheça e discuta o que é esperado do seu trabalho.

Aprenda a dizer não quando lhe pedem mais do que lhe é possível fazer.

Não assuma responsabilidades que não são suas. É bom ajudar os colegas mas não exagere. Aprenda a desmarcar-se com graciosidade.

Ponha
de lado o seu perfeccionismo e delegue responsabilidades - você não é
imprescindível para que o trabalho seja feito. Delegar responsabilidades
com justiça não é um sinal de fraqueza ou de incompetência, é um sinal
de inteligência e de boa gestão dos recursos humanos.

Ter um modelo a seguir pode ser perigoso. O seu modelo deve ser você mesmo com o seu ritmo, com as suas aspirações.

Desenvolva e aprofunde as suas relações pessoais. Desabafe com as pessoas certas e não acumule frustrações.

Faça exercício físico, tente dormir 8 horas por dia e alimente-se bem.
Não salte refeições nem abuse de dietas rígidas.

Evite
a rotina. Fazer todos os dias o mesmo trajecto para o emprego, parar
sempre naqueles semáforos, sentar-se sempre na mesma secretária e
começar o dia com os mesmos telefonemas... a rotina pode ser
verdadeiramente desgastante. Procure diversificar o seu dia.

Torne
o seu trabalho mais divertido. Seja comunicativo, interaja com os seu
colegas, ouça música (pode levar consigo um walkman) e empenhe-se com
gosto nas suas tarefas. Encare a vida e o trabalho com sentido de humor
para que, mesmo nas alturas de stress, seja capaz de se rir de si
próprio e da situação em que se encontra.

Tente cumprir primeiro
aquelas tarefas que menos gosta para que não asse um dia inteiro a
pensar que as tem que fazer. Se, apesar de tudo, não conseguir encontrar
nada que goste de fazer, talvez precise de mudar de emprego.

Não quer mudar de emprego? Então tire férias!

Empregador: detectar sinais e prevenir

Está
a coordenar uma equipa de trabalho? Aqui ficam algumas dicas sobre como
deve gerir os seus recursos humanos de modo a evitar o esgotamento dos
seus colaboradores. Lembre-se que é do interesse de todos.

É
importante conhecer as pessoas com quem trabalha. Os melhores
trabalhadores são aqueles que correm mais riscos e serão os últimos a
ter a consciência de que estão a caminho de um esgotamento. Estão
cansados e irritados mas antes de pensar em moderar o trabalho, irão
tentar inverter a situação trabalhando ainda mais para se sentirem bem e
realizados. Esteja atento aos trabalhadores que exigem demasiado de si
mesmos. Arrisca-se a perder um profissional de valor.

Encontre um
equilíbrio que permita, simultaneamente, um ambiente saudável e de
competitividade. Promova o diálogo no escritório, os almoços em
conjunto, jantares da empresa. Seja também crítico pela positiva e
elogie o desempenho dos seus colaboradores.

Crie diversidade no
trabalho. Não entregue sempre as mesmas tarefas às mesmas pessoas - é
bom para os trabalhadores e para a empresa. Terá ao seu dispor pessoas
mais satisfeitas, versáteis e capazes de realizar as tarefas de um
colega que se encontra ausente.

Envolva os seus colaboradores no
trabalho. Uma excelente forma de evitar o desgaste é aumentar o controle
que os colaboradores têm sobre o seu trabalho. Um colaborador que tenha
a oportunidade de fazer opções, por mais pequenas que sejam,
sentir-se-á mais envolvido e realizado.

Certifique-se de que não
está a exigir demais com muito pouco. Nem todos os dias os colaboradores
podem dar 100%... Tem pessoal suficiente? Os escritórios estão
convenientemente equipados?

Rentabilize os seus recursos humanos e materiais.

Fonte: Expresso

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