A primeira derrota das águias no campeonato foi encaixada na passada segunda-feira, no terreno do Vitória de Guimarães, mas Jorge Jesus garante que a equipa não tem porque não estar bem nem acusará esse desaire: «Todas as equipas queriam estar no lugar do Benfica», lembra o treinador, referindo-se ao primeiro lugar da tabela. Javi García está convocado à condição.

O Benfica não está no limite como os nossos adversários estão, que não podem perder pontosO facto de ter sido diminuída a distância pontual de cinco para dois pontos entre as águias e o FC Porto não preocupa Jorge Jesus. Diz o treinador das águias que a responsabilidade da sua equipa na partida de amanhã com a Académica é a mesma de sempre, como tem vindo a jogar todas as outras partidas e rejeita que a importância do desafio com os estudantes seja maior por anteceder o clássico com o FC Porto.
«Vamos partir para o jogo como líderes do campeonato com dois pontos de vantagem. É no que pensamos, queremos vencer», atirou o técnico, simplificando e retirando pressão dos seus jogadores.

Para o treinador das águias, a posição que a sua equipa ocupa é desejada por todos os clubes do campeonato e é nisso que os seus jogadores estão focados.

«Não podemos inverter o que é a verdade. Todas as equipas queriam estar no lugar do Benfica. O líder do campeonato é o Benfica, tem dois pontos de avanço. O facto de termos perdido em Guimarães não nos vai retirar confiança porque o Benfica é o líder do campeonato e os líderes têm que estar mais que moralizados, mais que confiantes. É o caso dos jogadores do Benfica», assegurou.

O Benfica defronta amanhã a Académica, o FC Porto na próxima semana e recebe, depois, o Zenit, na decisão da Liga dos Campeões. Jesus rejeita, no entanto, que este seja um ciclo decisivo.

Todas as equipas queriam estar no lugar do Benfica. O líder do campeonato é o Benfica, tem dois pontos de avanço. O facto de termos perdido em Guimarães não nos vai retirar confiança porque o Benfica é o líder do campeonato e os líderes têm que estar mais que moralizados, mais que confiantes«O Benfica não está no limite como os nossos adversários estão, que não podem perder pontos. São três jogos que temos e temos também uma vantagem e pontos de avanço. A verdade é que podemos aumentar os pontos em relação aos nossos adversários, ou ficar com os mesmos. Para isso o FC Porto tem que ganhar e o Benfica também», atirou, colocando a pressão do lado dos azuis e brancos que só jogam no domingo, depois do confronto das águias em Coimbra.
Mas, lembrou o treinador dos encarnados, «o Benfica tem que ganhar sempre para ser melhor que os seus adversários. Quem está sob pressão não é o Benfica, são as outras equipas, porque querem ser primeiras e têm que passar à frente do Benfica. A nossa pressão é melhor que a dos adversários», provocou o técnico.

Javi García à condição

Jorge Jesus não deixou perceber se Javi vai ou não ser opção no jogo de amanhã. Certo é que o médio está convocado mas o treinador afirmou que o feedback do jogador que tem trabalho ao longo da semana têm sido «mais ou menos». Pelo sim pelo não Javi García será reavaliado amanhã, no treino matinal que a equipa encarnada vai cumprir, apesar de o treinador afirmar que «ele ainda não está muito confiante e só amanhã» haverá decisão.

Académica galvanizada

O treinador das águias espera um adversário moralizado e galvanizado, amanhã, como sempre ficam as equipas «de menos nomeada» a jogar com um grande. «A concentração e a competitividade atingem patamares diferentes. Os jogadores vão superar-se», considera o treinador.

Jesus e o calendário: «Não é um jogo particular, são dois jogos muito importantes»

Numa conferência de imprensa longa e que versou várias temáticas, Jesus mostrou-se ainda surpreendido por só o Sporting ter passado à próxima ronda da Liga Europa, afirmando que estava à espera que o SC Braga eliminasse o Besiktas e que o FC Porto disputaria «de forma mais equilibrada» a eliminatória com o Manchester City.

O treinador do Benfica deixou ainda elogios a Nélson oliveira, hoje chamado pela primeira vez à seleção A lusa, congratulando-se ainda com as convocações de Witsel e Rodrigo.

A seleção tem um jogo, nós não temos um, temos FC Porto e ZenitJesus, no entanto, mostrou-se insatisfeito com a calendarização, uma vez que a seleção joga dois dias antes do clássico com o FC Porto, marcado para sexta-feira, dia 2 de março, e as ágfuias recebem o Zenit na Liga dos Campeões na terça-feira seguinte.
«A seleção tem um jogo, nós não temos um, temos FC Porto e Zenit. Temos que tentar defender os jogadores do Benfica no jogo do FC Porto e no jogo do Zenit. Se não jogássemos sexta, jogávamos quando? No sábado ou domingo e depois na terça para a Champions? Achamos que o ideal seria jogar na quinta, não na sexta. Mas não é caso virgem. Há muitas equipas que estão na Champions e que pediram para jogar na sexta como o Benfica. São dois jogos com grande responsabilidade, não é um jogo particular. As datas FIFA já estavam definidas, tivemos que ser realistas, não havia outro caminho ou outro espaço. Se jogássemos sábado era melhor para quem? Para a seleção? E o Benfica, não conta?», atirou o treinador, crítico.

Em jeito de remate Jesus deixou mais um apelo à presença dos adeptos em Coimbra, lembrando que as três derrotas que a sua equipa sofreu esta época – Guimarães na última jornada, nos Barreiros nos oitavos da Taça e na Rússia com o Zenit – ocorreram quando havia menos apoio da massa associativa nas bancadas.