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 ; jotapê ~

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"Tarde demais..." _I_died_here_yesterday_II_by_chipil

Sílvia, era uma rapariga pobre, com apenas dezassete anos. Psicologicamente, era caracterizada como uma jovem calma, serena e acima de tudo, sincera. A jovem, a cada manhã que o sol dominava na sua janela, ela levantava-se a correr, tomava um banho, arranjava-se e ia tomar o seu pequeno almoço. Quando chegava à escola, o sorriso dela espalhava-se por toda a sua cara, e toda a gente notava na felicidade que ela tinha. Muitos amigos, olhavam-na de lado, ou simplesmente, iam contra ela, até ela chorar e fechar-se numa casa de banho. Ela gostava de um rapaz, daí a sua ansiedade para chegar à escola. Duarte, era o nome dele, e era da mesma turma da Sílvia. Ele era um rapaz da idade da Sílvia, e tinha muitos luxos. A sua chegada à escola, era naqueles carros todos descapotáveis, e a sua roupa era toda, toda de marca.
A Sílvia, deitava-se muitas vezes na sua cama, a pensar se algum dia ia poder ter alguma relação com ele, pois ele era riquíssimo, e ela era pobre.. Ela vivia numa habitação, chamemos-lhe de "casa", que estava sobre alicerces que estavam prestes a destruir-se, devido à sua antiguidade.
Um dia, a turma deles tiveram um teste, e a Sílvia calhou ao lado do Duarte, segundo as escolhas da professora. Ela não tinha cabeça para fazer o teste, apenas olhava para ele, e só para ele. Passado alguns longos minutos, ele acaba o teste. Ela, pega na sua calculadora, e escreve-lhe: "Amo-te". Ele, ao ver aquilo, riu-se e virou-se para o outro lado da sala. A rapariga começou a chorar, entregou o teste e dirigiu-se para casa, entre atalhos das várias ruas.
Passaram meses, e nada, não aconteceu rigorosamente, nada.
A família da Sílvia queria sair daquele lugar, e transferir a escolaridade dela para outro sítio, ir para longe. "Não quero!"; "Não vou sair daqui..." era o que ela dizia à sua mãe.
Duarte, dava-se bem com toda a gente, independentemente do seu poder financeiro/económico. Chegou a falar com ela, por vezes.
Sílvia ligou-lhe, contando a história de partir, e ele disse: "Quero lá saber... Olha, vou dormir mas é, xau!". As suas palavras pareciam trémulas, mas acabou por desligar.
Passaram-se mais meses, e o momento de partir chegou..
Ela saiu da escola, foi transferida. Deixou-lhe um post it dentro do cacifo, que dizia: "Parti. Sempre te disse que te amava, e as tuas respostas ou eram xau, ou rias-te de mim. Fui para longe, vou tentar esquecer-te...". Duarte, no dia seguinte, foi ao cacifo colocar alguns dos livros que lhe pesavam na pasta, leu e, uma lágrima escorreu-lhe pela cara...
Ela estava a mais de quatrocentos quilómetros da sua cidade antiga, a cidade da sua antiga escola.
Sílvia não deu mais notícias dela a Duarte, e ele ficara a pensar se ela ainda o amava, se tinha sido por causa dele, que ela se tinha ido embora.
Sílvia tinha-se matado, por causa de amores sem correspondência.
Duarte decidiu procurar Sílvia, correu várias cidades em busca dela, porque ele, lá no fundo sentia algo por ela, mesmo com aqueles risos de gozo.
Informou-se em vários cafés, lojas, bancos. Pois bem, foi numa dessas lindas cidades, que Duarte, enquanto passava por uma rua, viu um papel afixado: "Descansa em Paz... Sílvia Raquel da Costa Ferreira" juntamente com uma fotografia dela.
Duarte não teve reacção, dirigiu-se para casa e culpou-se de tudo, tudo e tudo. Chorou, não apareceu à escola e não quis saber de mais nada...
Lá em cima, pronunciou ela serenamente, juntamente com uma lágrima: "Tarde demais...".