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Todos os templos esotéricos e curativos do passado e mesmo os atuais sempre deram ênfase especial aos perfumes. Tanto no sistema de defumação quanto nos banhos com óleos ou uso de objetos odoríferos nesses santuários, os perfumes eram importantes para o restabelecimento da saúde do usuário ou do paciente, devido à sua influência sobre o cérebro e o sistema nervoso em geral; do ponto de vista oculto, a vibração dos produtos aromáticos excita os chacras e fortalece os corpos internos, iniciando uma harmonização "de dentro para fora".

Os árabes eram especializados em produzir perfumes e óleos essenciais e por isso eram reconhecidos mundialmente por seus livros e tratados de Osmoterapia (ou Aromaterapia) que versavam acerca da confecção desses perfumes e óleos. As maiores bibliotecas espanholas, portuguesas e francesas ainda guardam valiosíssimos volumes e farta documentação sobre esse conhecimento fantástico.

Os indianos e tibetanos eram exímios manipuladores da Aromaterapia e a aplicavam em suas medicinas, as quais classificavam os perfumes em cinco categorias: repugnantes, picantes, aromáticos, rançosos e embolorados. A medicina tibetana afirmava que os perfumes têm um efeito especial no subconsciente, puxando todas as informações ligadas ao processo natural de autocura do indivíduo.

Os grandes templos budistas, a maioria deles na China e no Tibet (infelizmente, grande parte destruída) utilizavam-se de madeiras odoríficas para a confecção das estátuas sagradas de Buda e da Mãe Cósmica (Tara). Ainda se vêem nos conventos diversas bandeirolas coloridas e estátuas sagradas feitas de Sândalo, aromatizadas com deliciosos e sutis perfumes. Afirma-se que as orações mântricas feitas diante dessas estátuas podiam realizar verdadeiras e radicais curas, mesmo à distância.

Entre os índios da América do Norte era comum se cobrir os enfermos e desequilibrados com a fumaça de certas plantas, como o zimbro e o tabaco. Diziam que com esse procedimento expulsavam os maus espíritos que se alimentavam de doenças e desentendimentos, além de atraírem a presença do deus supremo da cura, Wakan Tanka, o deus-búfalo(é o próprio Espírito Santo).

Por isso se realizavam rituais com "cachimbos da paz" para se realizar acordos amistosos.

Podem-se ver também, em muitos santuários curativos, pequenas bolas feitas de panos embebidos em óleos especiais e enrolados sobre folhas e raízes de plantas especiais. É doze o número mínimo dessas bolas e se as penduravam nos tetos e portas desses templos ou nos braços das estátuas. Essas bolas, chamadas pelos tibetanos de Tchim-Purma, contêm ervas e perfumes ligados aos princípios harmonizadores dos doze signos. Sabe-se pela astrologia que cada constelação zodiacal vibra intensamente em determinada parte do corpo e o aspecto vital(ou etérico) de cada uma dessa partes da anatomia humana pode ser trabalhado, excitado e curado pelos Perfumes Zodiacais. Por exemplo: se alguém estiver com dor de cabeça ou esgotamento mental, esfregar suavemente a seiva ou o óleo das plantas arianas( que regem a cabeça); para curar os pulmões, cheirar ou tomar óleo ou chá de eucalipto, e assim por diante, sempre se respeitando certos cuidados, é óbvio.

SIGNO PERFUME

ÁRIES MIRRA, CARVALHO ou ZIMBRO(óleos)
TOURO MARGARIDA, COSTO(erva aromática)
GÊMEOS ALMÉCEGA e ESPECIARIAS
CÂNCER EUCALIPTO ou CÂNFORA
LEÃO BENJOIM ou OLÍBANO
VIRGEM CANELA ou SÂNDALO BRANCO
LIBRA GÁLBANO, ROSA ou MURTA
ESCORPIÃO HORTÊNSIA ou CORAL
SAGITÁRIO ALOÉS ou HELIOTROPO
CAPRICÓRNIO PINHO (extrato)
AQUÁRIO NARDO
PEIXES TOMILHO ou DAMA-DA-NOITE
As Defumações

Para os gnósticos, a queima num braseiro, ou turíbulo, de perfumes, óleos essenciais, raízes e folhas secas, cascas e resinas cristalizadas, vai além da sensação prazerosa de nosso sentido olfativo. Há uma influência direta e profunda em nossos ritmos nervoso, respiratório e cardíaco, provocando então uma incrementação no processo curativo. Porém, vai-se mais além ainda: O Mago sabe que o poder energético da fumaça que se desprende das ervas e produtos queimados possui a capacidade de influenciar nossos corpos internos. Na verdade, é a própria presença e poder do Elemental que se verifica naquela fumaça que envolve o paciente ou o ambiente. O elemental ligado ao produto queimado pode provocar uma série de fenômenos: acelerar o movimento dos chacras, redirecionar as forças vitais do organismo(equilibrando as energias que estão em excesso e as que estão em falta), dissolver formas-pensamento (chamadas pela psicologia de Fixações Mentais), anular fluidos magnéticos, denominados popularmente de mau-olhado, encosto etc.; e, além de tudo, destruir os chamados Elementares.

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