Postado Sáb 19 Mar 2011 - 20:05
O armador do pesqueiro “Ana da Quinta” admitiu que os destroços recolhidos por uma embarcação a mais de 280 quilómetros dos Açores seja do navio desaparecido desde quinta-feira.
“Já os vi [os destroços]. É possível que sejam do barco. Possivelmente sim”, disse, sem adiantar mais pormenores, António Cunha, o armador.
Ao final da tarde de sexta-feira alguns destroços foram encontrados nas proximidades do local, onde pela última vez foi registada a presença do pesqueiro, a 280 quilómetros da ilhas das Flores, Açores.
Desde quinta-feira que o armador tenta contactar os nove tripulantes do “Ana da Quinta”, o seu mais moderno barco, de uma frota de quatro e que operam sobretudo na frota do espadarte.
Luís Maciel, filho de Manuel, um dos tripulantes do pesqueiro desaparecido, ainda mantém a esperança de voltar a ver o pai com vida. “Acredito que sim. O meu pai está vivo, à deriva, mas está vivo”, afirmou.
Luís, 22 anos, já foi pescador e curiosamente chegou a trabalhar com o pai no “Ana da Quinta”.
“É um barco em ferro, muito bom, moderno e seguro. E o armador é como um pai para todos nós. Se calhar está a sofrer ainda mais do que nós”, disse ainda.
Entre a tripulação encontram-se seis pescadores de Vila Praia de Âncora e três indonésios. O pesqueiro deixou de estar contactável numa zona com vagas de quatro a cinco metros.
Lusa