Paulo Bento e Ilídio Vale participaram esta segunda-feira à tarde no I Encontro da Formação criado pela Federação Portuguesa de Futebol e deixaram mensagens esperançosas quanto ao futuro do futebol nacional. O seleccionador destacou a «obrigação» do organismo e dos clubes em contribuir para o crescimento social e futebolístico dos jovens no nosso país e o coordenador dos vários escalões da FPF salientou a melhoria das condições de trabalho na área.

Paulo Bento: «Este encontro foi extremamente importante, porque deve ser um dos grandes objectivos da Federação Portuguesa de Futebol promover o desenvolvimento e a protecção, no bom sentido, do jogador jovem português e da Formação do futebol português. Aquilo que pretendemos é ter uma relação de proximidade e de convergência com os clubes, porque no fundo são eles que têm grande influência na formação dos jogadores e a Federação, como uma entidade que reguladora do Futebol, quer o bem da Formação e por isso defendemos esta relação de proximidade. Existe uma obrigação da FPF e também dos clubes de fazer tudo aquilo que está ao seu alcance para o bom funcionamento do Futebol de Formação. Temos de fazer tudo para o jogador português se possa desenvolver da melhor maneira, para que possa ter um bom futuro e eu penso que são a FPF e os clubes são quem tem de zelar mais por esse desenvolvimento. Aquilo que pretendemos é estreitar essa relação de proximidade para que possamos, através do diálogo, arranjar soluções para levar a cabo o objectivo de ter melhores equipas, melhores jogadores e melhores soluções. Este foi um primeiro encontro em que, acima de tudo, escutámos aquilo que são as ideias, as sugestões e, também, as preocupações dos clubes. Vamos continuar a procurar soluções para poder apresentar a quem de direito para tentarmos um evolução e um progresso.»

Ilídio Vale: «Foi um evento muito importante para a forma como nós queremos pensar o futebol em Portugal. Foi um sinal que queremos que seja de mudança e de envolvimento de todos os agentes do futebol. Gostaríamos que fosse criada uma nova visão sobre aquilo que é o jogador jovem que pretendemos formar em Portugal. Queremos, todos juntos, dar um contributo para um melhor futebol português e para termos um melhor jogador português, rentabilizando todos os meios que temos ao nosso dispor. Queremos que esses meios utilizados constituam fortes estímulos para aquilo que é o desenvolvimento do jogo e do jogador em Portugal. Este foi o ponto de partida, pelo que pensámos trabalhar com um grupo mais reduzido, convidando apenas os clubes melhores classificados durante a primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores na presente época. Deixo um forte agradecimento aos clubes que tiveram uma participação excelente, como, aliás, estávamos à espera. Sabemos da qualidade do trabalho que têm vindo a desenvolver e mostraram o seu grande interesse em que as coisas evoluam. Para nós, este foi um meio facilitador em relação àquilo que são as nossas perspectivas na implementação de programas que visam o desenvolvimento do futebol em Portugal. Provavelmente, neste espaço, iremos envolver também as Associações de Futebol, porque estas três instituições – Federação Portuguesa de Futebol, Associações Distritais de Futebol e clubes – são determinantes, pois são as que mais trabalham e mais ligadas estão com o futebol. Pensamos que, todos juntos, podemos partilhar ideias interessantes para tudo aquilo que visa um melhor futebol.»

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