"Vens ver ou vens viver?" foi o slogan escolhido para a 14ª edição do Festival Sudoeste, que começou ontem com a recepção ao campista. A resposta dos festivaleiros não deixa margem para dúvidas: viver, é isso que eles vêm fazer com a bússola apontada a SW. Hoje a noite é de M.I.A, The Flaming Lips e Groove Armada, algumas das bandas mais aguardadas este ano.

Ontem à tarde, centenas de pessoas dirigiam-se para a Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, carregando o indispensável para quatro dias de diversão. Contudo, muitos foram os que se anteciparam, e quem chegava já se deparava com o parque de campismo à pinha.

Muitos dos que chegam atravessam o recinto do Sudoeste para chegar ao campismo, olhando com atenção os últimos preparativos para o festival que hoje começa em pleno.

Sentados à sombra de uma barraquinha de cerveja, três espanhóis vindos de Cádis e Puerto Real beberricam o líquido mais ingerido do festival, numa pausa entre os carregamentos de pertences do carro até à tenda. Monitor desportivo, Lolo Rodriguez, de 28 anos, decidiu vir experimentar o Sudoeste depois de ter ouvido muitos elogios ao festival. David Guetta, Jamiroquai e Bomba Estereo são algumas das bandas que lhe chamam a atenção, mas o ambiente e a vontade de experimentar um cenário novo nas férias foram a principal motivação.

A noite de ontem, aquecimento para os quatro dias de música que se seguem, foi encabeçada pela dupla 2ManyDJ’s, que também consta da lista de preferências de Lolo.

Neste festival ouvir a língua de “nuestros hermanos” é cada vez mais comum, porque em Espanha não há festivais como este. Quem o garante é Manuel Martinez, de 24 anos, que há dois veio pela primeira vez até à Zambujeira do Mar e, este ano, voltou com mais três amigos. O estudante de Sevilha garante que “não há festivais como este na Andaluzia”. O Sol, a praia, M.I.A e Jamiroquai fizeram com que este grupo se metesse no carro e rumasse à planície alentejana.

Enquanto não há música em palco, no canal o som fica a cargo da Cidade FM, que desfila êxitos enquanto os festivaleiros vão a banhos ou estendem os corpos ao sol. “[A água] está fria mas é óptima para curar a ressaca”, assegura Francisco Guerreiro, na Herdade da Casa Branca desde segunda-feira.

É este o ambiente que leva milhares a rumar ao Sudoeste, onde a música tem um papel cada vez mais secundário

Fonte: JN