Postado Qua 29 Jun 2011 - 18:01
Sabem o que é querer uma coisa e não a ter? Lutar por um objectivo que sabemos que não será alcançado? Ou até mesmo, sentir-se incapacitado? Infelizmente, eu sei.
Tudo começou num acantonamento (9º ano). com uma brincadeira numa piscina durante umas férias. Uma queda na esquina da piscina, "estou bem, estou vivo e com os meus amigos" disse eu pedindo para não se preocuparem comigo. Limpei todo o sangue do joelho, pus uma ligadura e retornei à galhofa. Voltamos para o pavilhão onde dormíamos, sentia uma necessidade enorme de descansar. Deitei me um pouco e acabei por adormecer até que fui acordado pelos monitores a tocar me no joelho. Naquele momento pensei que tinha fracturado a perna, era uma dor descomunal e pouco tempo depois de pararem de analisar o joelho, a dor desvaneceu por completo. Nesse dia a noite deu-se início a reacções estranhas no meu joelho. Ele prendeu e não consegui dobrar mais a perna ate ao fim do dia, impossibilitando a locomoção por completo. Conseguia me mover bem, só tinha dores quando tocava. Passado alguns meses, quando não me lembrava sequer da queda, acordei com a perna presa, tal como naquele dia e decidi ir ao hospital. A médica pediu me para sair porque queria falar com a minha mãe e eu sai mas fiquei curioso e, um pouco depois, decidi tentar ouvir a conversa. Só ouvi uma frase dita pela médica que nunca me esqueci: "Ele tem de deixar o desporto a todo o custo, a carreira desportiva dele acabou aqui e há possibilidade de ele deixar de andar". Naquele momento eu fiquei chocado, as lágrimas já me impediam de distinguir as pessoas, queria acreditar que era mentira mas ao mesmo tempo tinha um medo tremendo de seguir a vida, não sabia como poderia ser a minha vida sem poder praticar desporto ou até mesmo sem poder caminhar. Continuei a jogar e apercebi-me que cada vez tinha menos velocidade, caia frequentemente tal como me levantava e continuava, deixei de ser o melhor extremo, deixei de fazer parte do 5 inicial, acabei por aceitar e decidir sair. Ainda me sinto inútil por vezes, tive de mudar a minha vida por completo mas aprendi que por mais voltas que a vida dê, temos sempre aquele jeito básico de agir, as outras atitudes vão apenas se moldando à nossa vida.
Tudo começou num acantonamento (9º ano). com uma brincadeira numa piscina durante umas férias. Uma queda na esquina da piscina, "estou bem, estou vivo e com os meus amigos" disse eu pedindo para não se preocuparem comigo. Limpei todo o sangue do joelho, pus uma ligadura e retornei à galhofa. Voltamos para o pavilhão onde dormíamos, sentia uma necessidade enorme de descansar. Deitei me um pouco e acabei por adormecer até que fui acordado pelos monitores a tocar me no joelho. Naquele momento pensei que tinha fracturado a perna, era uma dor descomunal e pouco tempo depois de pararem de analisar o joelho, a dor desvaneceu por completo. Nesse dia a noite deu-se início a reacções estranhas no meu joelho. Ele prendeu e não consegui dobrar mais a perna ate ao fim do dia, impossibilitando a locomoção por completo. Conseguia me mover bem, só tinha dores quando tocava. Passado alguns meses, quando não me lembrava sequer da queda, acordei com a perna presa, tal como naquele dia e decidi ir ao hospital. A médica pediu me para sair porque queria falar com a minha mãe e eu sai mas fiquei curioso e, um pouco depois, decidi tentar ouvir a conversa. Só ouvi uma frase dita pela médica que nunca me esqueci: "Ele tem de deixar o desporto a todo o custo, a carreira desportiva dele acabou aqui e há possibilidade de ele deixar de andar". Naquele momento eu fiquei chocado, as lágrimas já me impediam de distinguir as pessoas, queria acreditar que era mentira mas ao mesmo tempo tinha um medo tremendo de seguir a vida, não sabia como poderia ser a minha vida sem poder praticar desporto ou até mesmo sem poder caminhar. Continuei a jogar e apercebi-me que cada vez tinha menos velocidade, caia frequentemente tal como me levantava e continuava, deixei de ser o melhor extremo, deixei de fazer parte do 5 inicial, acabei por aceitar e decidir sair. Ainda me sinto inútil por vezes, tive de mudar a minha vida por completo mas aprendi que por mais voltas que a vida dê, temos sempre aquele jeito básico de agir, as outras atitudes vão apenas se moldando à nossa vida.