Postado Sáb 2 Jul 2011 - 18:37
Com a ajuda de um especialista, dizemos-lhe como lidar com um distúrbio que pode ser controlado
Os pais de crianças hiperativas tendem geralmente a achar que o céu lhes caiu em cima. Não é fácil para eles mas para os filhos não é melhor.
Este distúrbio provoca sofrimento, problemas de integração, socialização e aprendizagem. Mas não aceite, vencido, o rótulo de filho problemático. Com o acompanhamento adequado, os milagres da concentração acontecem. Basta saber acompanhar a criança.
Os números assustam e, diz quem sabe, que a realidade ainda mais. A hiperatividade, nome pelo qual é conhecida a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), afeta entre 5 e 7 % das crianças em idade escolar.
É o segundo distúrbio do desenvolvimento mais frequente, depois da dislexia. Por isso, na escola, não é raro que exista pelo menos uma criança diagnosticada por turma. São, muitas vezes, consideradas crianças problemáticas mas, a verdade, são é desatentas e desconcentradas, o que resulta numa agitação permanente e anormal.
«São como um carro sem travões», descreve Nuno Lobo Antunes. Esta perturbação é uma dor de cabeça para pais, professores, mas, sobretudo, para as crianças, que sofrem o estigma de quem tem dificuldades de integração e aceitação. O que pode ter consequências devastadoras na formação e socialização dos próprios, bem como no seio da família. Não é à toa que pais com filhos hiperativos são mais propensos ao divórcio (a possibilidade é de três a cinco vezes maior).
Mas não é caso para resignações. A PHDA é crónica e, muitas vezes, cruel mas, com o acompanhamento certo, o diagnóstico bem elaborado, e doses reforçadas de paciência, amor e tolerância, é possível rescrever o guião de vida destas crianças. Quem o diz é o neuropediatra Nuno Lobo Antunes, que todos os dias trata crianças com este problema no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn).
O que é a hiperatividade?
Vamos por partes. Antes de mais será o seu filho realmente hiperativo? «Muitos dos alunos etiquetados com esta perturbação não têm qualquer problema», desvenda Nuno Lobo Antunes. «Há crianças que manifestam mais vitalidade do que o normal ou que tentam chamar a atenção dos outros», acrescenta.
Por isso, se o seu filho é irrequieto, desatento ou tem uma energia inesgotável, não é caso para lhe fazer de imediato um diagnóstico doméstico de PHDA. Até porque as características desta perturbação, em especial na infância, são comuns a diferentes perturbações do desenvolvimento. Aos pais, professores, família e pediatra cabe estarem atentos aos sintomas, mas «procurar sempre especialistas que saibam fazer uma análise correta da situação».
É hereditária?
Há fatores preponderantes. Se um dos pais tiver tido PHDA, a probabilidade de os filhos desenvolverem a perturbação aumenta 50%. E uma coisa é certa, diz o médico: «Quando os pais tomam a decisão de nos trazer as crianças, seja por decisão própria ou recomendação do pediatra ou professor, existe sempre uma razão válida para tal». E se a intervenção for precoce, minimiza e muito os problemas que advêm da PHDA.
SapoSaude
Os pais de crianças hiperativas tendem geralmente a achar que o céu lhes caiu em cima. Não é fácil para eles mas para os filhos não é melhor.
Este distúrbio provoca sofrimento, problemas de integração, socialização e aprendizagem. Mas não aceite, vencido, o rótulo de filho problemático. Com o acompanhamento adequado, os milagres da concentração acontecem. Basta saber acompanhar a criança.
Os números assustam e, diz quem sabe, que a realidade ainda mais. A hiperatividade, nome pelo qual é conhecida a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), afeta entre 5 e 7 % das crianças em idade escolar.
É o segundo distúrbio do desenvolvimento mais frequente, depois da dislexia. Por isso, na escola, não é raro que exista pelo menos uma criança diagnosticada por turma. São, muitas vezes, consideradas crianças problemáticas mas, a verdade, são é desatentas e desconcentradas, o que resulta numa agitação permanente e anormal.
«São como um carro sem travões», descreve Nuno Lobo Antunes. Esta perturbação é uma dor de cabeça para pais, professores, mas, sobretudo, para as crianças, que sofrem o estigma de quem tem dificuldades de integração e aceitação. O que pode ter consequências devastadoras na formação e socialização dos próprios, bem como no seio da família. Não é à toa que pais com filhos hiperativos são mais propensos ao divórcio (a possibilidade é de três a cinco vezes maior).
Mas não é caso para resignações. A PHDA é crónica e, muitas vezes, cruel mas, com o acompanhamento certo, o diagnóstico bem elaborado, e doses reforçadas de paciência, amor e tolerância, é possível rescrever o guião de vida destas crianças. Quem o diz é o neuropediatra Nuno Lobo Antunes, que todos os dias trata crianças com este problema no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn).
O que é a hiperatividade?
Vamos por partes. Antes de mais será o seu filho realmente hiperativo? «Muitos dos alunos etiquetados com esta perturbação não têm qualquer problema», desvenda Nuno Lobo Antunes. «Há crianças que manifestam mais vitalidade do que o normal ou que tentam chamar a atenção dos outros», acrescenta.
Por isso, se o seu filho é irrequieto, desatento ou tem uma energia inesgotável, não é caso para lhe fazer de imediato um diagnóstico doméstico de PHDA. Até porque as características desta perturbação, em especial na infância, são comuns a diferentes perturbações do desenvolvimento. Aos pais, professores, família e pediatra cabe estarem atentos aos sintomas, mas «procurar sempre especialistas que saibam fazer uma análise correta da situação».
É hereditária?
Há fatores preponderantes. Se um dos pais tiver tido PHDA, a probabilidade de os filhos desenvolverem a perturbação aumenta 50%. E uma coisa é certa, diz o médico: «Quando os pais tomam a decisão de nos trazer as crianças, seja por decisão própria ou recomendação do pediatra ou professor, existe sempre uma razão válida para tal». E se a intervenção for precoce, minimiza e muito os problemas que advêm da PHDA.
SapoSaude