Caro Visitante!

Registe-se no fórum ou faça login, para ter total acesso ao fórum.
forumjovem.com
Caro Visitante!

Registe-se no fórum ou faça login, para ter total acesso ao fórum.
forumjovem.com

Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 1]

#1
 RikudouSennin

RikudouSennin
Membro
Membro
O futebol é uma paixão peruana. Uma religião nacional que move paixões e sempre unificou brancos, negros e quíchuas no apoio incondicional à blanquiroja ou aos maiores clubes da liga peruana. Num mundo de forte misticismo e tradições incas, onde impera um catolicismo ortodoxo, não é pecado para ninguém no Peru dizer que Teófilo Cubillas é o profeta do futebol peruano, o Deus da bola andina, a manifestação divina de que o Peru não foi esquecido por Deus...

Num hipotético panteão nacional peruano com lugar para apenas cinco heróis nacionais, o argentino José de San Martin e o venezuelano Simón Bolívar, responsáveis pela independência peruana, teriam um óbvio lugar de destaque. Tupac Amaru II - último resistente inca contra a ocupação espanhola e Mário Vargas Llosa - Prémio Nobel da Literatura 2010 -, seriam incontornáveis. E por último, o quinto e último lugar seria para o mais amado «negrito» da nação andina: Teófilo Juan Cubillas Arizaga, o Pelé peruano.

Das ruas de Lima para o palco do mundo

A selecção Nacional peruana qualificou-se por quatro vezes para o Campeonato do Mundo, a primeira em 1930, por convite, as outras três (1970, 1978 e 1982) por culpa de Teófilo Cubillas.

Nesse período dourado da história do futebol peruano a blanquiroja apurou-se duas vezes para os quartos-de-final do Mundial e Cubillas apontou dez golos, que o tornaram um dos maiores goleadores da história dos mundiais.

Conhecido por el Nene (o Bebé), Cubillas nasceu em Puente Piedra, Lima, a 8 de Março de 1949. Aos 16 anos começou a carreira no Alianza Lima, e cedo despontou como uma referência do grande clube da capital ao serviço do qual foi o melhor marcador do campeonato em 1966 e 1970.

Depois de um mundial fantástico (México 1970), no qual apontou golos em todos os jogos, tendo inclusive bisado numa partida, foi referido como um dos melhores jogadores da competição e o próprio Pelé considerou que Cubillas era o seu provável sucessor. Dois anos depois, recebeu o prémio atribuído ao melhor jogador da América do Sul e foi o melhor marcador da Taça Libertadores.

O salto para a Europa

Em Julho de 1973 deu o salto para a Europa e assinou pelo Basel, da Suíça. Mas duraria pouco tempo a sua experiência helvética, desanimado que estava com o amadorismo do campeonato e com a vida que levava em Basileia. Não foi, por isso, estranha a sua mudança de armas e bagagens, no Verão seguinte, para a cidade invicta, onde vestiu a camisola azul e branca do FC Porto a troco de 5600 contos pelo passe e 125 contos por mês - uma fortuna para a época - durante três épocas.

As portentosas exibições e os golos apontados ao serviço dos dragões fizeram de Cubillas um ídolo da massa associativa do clube, rivalizando com Eusébio e Yazalde em popularidade. Em 1977 decidiu voltar a casa e ao seu Alianza Lima onde conquistou o bicampeonato.

Herói nacional

Antes, em 1975, Cubillas foi fundamental na caminhada do Peru na Copa América, ao apontar um golo decisivo para eliminar o Brasil nas meias-finais. Na finalíssima, em Caracas, na Venezuela, não marcou nenhum golo, falhou inclusive uma grande penalidade, mas finalmente viu a sua selecção erguer um grande troféu.

No Mundial da Argentina 78 volta a brilhar com a camisola da selecção e volta a levar os peruanos até aos quartos-de-final, para caírem no grupo final de acesso à final com uma derrota com a equipa anfitriã.

Quatro anos depois, em Espanha, os objectivos peruanos passavam por fazer uma surpresa. Um grupo com italianos, camaroneses e polacos abria as expectativas ao combinado andino, porém dois empates e uma derrota pesada com a Polónia (1x5) enviaram o Peru para casa muito mais cedo do que esperava. Cubillas abandonou a selecção e desde esse dia o Peru nunca mais se qualificou para um Campeonato do Mundo.

Abandonada a blanquiroja, Cubillas jogou até 1989, ora pontificando em clubes da Florida (EUA) como os Fort Lauderdale Strikers ou os Miami Sharks, ora regressando ao seu amado Alianza Lima.

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 1]


Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos