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 Guardian

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Além do Jogo: Hitler sem bigode e suásticas apagadas; como são os jogos de Segunda Guerra na Alemanha Wolfenstein-1313424931746_450x253

É piada recorrente no mundo dos games que os nazistas são os vilões perfeitos, já que tão maligna é a sua causa que é permitido moê-los sem dó nos milhares de jogos de tiro e estratégia ambientados na Segunda Guerra Mundial. Bem, as coisas se tornam bem mais ambíguas quando o tal vilão perfeito é o seu avô e o de muita gente que você conhece.

A Alemanha, onde começa hoje em Colônia a Gamescom 2011, é uma nação ainda se reconciliando com seu passado, e os videogames lançados no país precisam passar por alterações para se enquadrar na lei local. Em particular, é proibida a representação de símbolos nazistas ou da própria imagem de Hitler fora de um contexto histórico, o que causa dificuldades para praticamente todo jogo ambientado na Segunda Guerra Mundial. A lei alemã não faz distinção nenhuma entre suásticas que aparecem em propagandas neonazistas e as de games, mesmo que o objetivo seja precisamente enfrentar os nazistas.

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Os tipos de censura

O caminho de um jogo até o banimento na Alemanha passa por três estágios principais.

1. Classificação de idade– Funciona como na maioria dos países. É uma recomendação feita pelo órgão USK que divide em idades o público ideal para cada game. Os títulos podem ser comercializados e anunciados livremente. Ex: “Prey”, que recebeu classificação para 18 ou mais anos.

2. Jogos no “index”– Muitas vezes confundidos como banidos, esses são jogos que o USK se negou a classificar por considerar que violam a lei alemã. Eles são analisados por outra entidade, a BPjM, que pode incluir o título em um “index”, uma lista negra. Esses games não podem ser vendidos para menores e tem a publicidade e distribuição limitadas, mas sua posse e venda são legais fora desses casos. Ex: “Gears of War”.

3. Jogos banidos– Games que a BPjM considera que infringem a lei alemã que proíbe a representação de símbolos de organizações consideradas inconstitucionais (como a suástica e a saudação nazista) ou por violência excessiva. Não podem ser vendidos, importados e até mesmo a sua posse é ilegal. Ex: “Wolfenstein 3D” e “Manhunt”.

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É comum no país que as próprias produtoras se antecipem e façam por conta própria modificações aos jogos para serem lançados no mercado alemão. Em “Call of Duty: Finest Hour”, assim como em outros games da franquia, as suásticas das bandeiras foram trocadas por cruzes e as frases “derrube a bandeira nazista” por “derrube a bandeira alemã”.

A rigidez da lei alemã pode ser exemplificada por um episódio ocorrido em 2008 após o lançamento do shooter “Wolfenstein”. As equipes de localização apagaram ou modificaram literalmente milhares imagens do game que afinal trata precisamente de enfrentar nazistas, mas esqueceram uma suástica meio apagada em um cartaz. A Activision precisou retirar das lojas todas as cópias do jogo.

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No Japão, país que também ainda se reconcilia com seu passado no período, algumas modificações ocorrem de tempo em tempo. A mais recente foi a retirada das suásticas nazistas da versão nipônica de “Call of Duty: Black Ops” pela distribuidora Square Enix, a fim de evitar confusões com as suásticas tradicionais, símbolos milenares de religiões como budismo e hinduísmo.

As diretrizes da Nintendo

Devido ao seu perfil mais familiar, a Nintendo tem uma rígida política de evitar o uso de símbolos religiosos, de forte cunho político ou violência excessiva nos jogos de suas plataformas. Talvez o caso mais marcante seja o de “Mortal Kombat” sem sangue do Super Nintendo – que acabou vendendo um terço da versão sem censura do Mega Drive e vez a empresa reavaliar a sua posição na sequência do game de luta.

Os principais casos de modificações são lançamentos menos potencialmente polêmicos para os EUA em comparação com as versões japonesas. Estátuas nuas de “Super Castlevania IV” ganharam panos na versão americana, os bares de Final Fantasy 3 (Final Fantasy 6 no Japão) viraram “cafés”. Para evitar imagens religiosas, as cruzes de “Ducktales” saíram da versão americana e o gorila de “Little Nemo” perdeu o seu charuto. Em “Bionic Comando”, o herói enfrentava neonazistas, que viraram um grupo fascista indefinido nos EUA.

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