Postado Dom 21 Ago 2011 - 21:00
Centenas de eufóricos rebeldes líbios dançaram e comemoraram neste domingo depois de obter o controle da grande base militar da Brigada Khamis, localizada a quase 26 km a oeste de Trípoli, expulsando forças de elite lideradas por Khamis Kadafi, filho de 27 anos do líder líbio, do que já foi um dos maiores símbolos de poder do regime. A Brigada Khamis, cuja função era defender Trípoli, é uma das unidades mais bem treinadas e equipadas do Exército líbio. Após conquistar a base, os militantes encheram caminhões com armas e avançaram a toda velocidade em direção à capital em picapes ou mesmo a pé.
Dentro de Trípoli, houve um segundo dia de amplos confrontos entre as forças leais do regime e o que a oposição chamou de "células adormecidas" de rebeldes. Também houve grandes protestos antigoverno. De acordo com fontes do governo, 376 teriam morrido e mais de 1 mil ficado feridos nos confrontos iniciados na noite de sábado. A informação não pôde ser confirmada por fontes independentes.
Enquanto os rebeldes dizem que avançam para o complexo de Bab al-Aziziya, de Kadafi, o líder líbio conclamou seus partidários a lutar contra os infieis e "libertar" a terra em um áudio transmitido na televisão estatal líbia. O porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim, afirmou que milhares de mercenários e voluntários estão dispostos a defender a capital. "As pessoas não são somente patriotas, mas também têm famílias e casas que devem proteger e compreendem que, se os rebeldes entrarem, haverá derramamento de sangue", disse.
Os rebeldes disseram que lançaram seu primeiro ataque a Trípoli em coordenação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e batalhas campais e tiros de morteiros atingiram a cidade. A força aérea da Otan também perpetrou ataques mais pesados do que o costume depois do anoitecer, com fortes explosões sendo ouvidas por toda a cidade.
Segundo a rede de TV Al-Jazeera, os aviões da Otan bombardearam o quartel-general de Kadafi e o aeroporto de Maitika, também na capital. A emissora anunciou a prisão do coronel Khituni, considerado um dos principais militares leais ao regime de Kadafi, além de oito de seus colaboradores. Também de acordo com a rede, os rebeldes tomaram o controle de um prédio dos serviços de segurança situado no bairro de Fechloum e conseguiram libertar um número indeterminado de prisioneiros.
De acordo com o encarregado de segurança do Conselho Transitório Líbio (CNT, órgão político dos insurgentes), Fathi Baja, duas unidades de forças especiais dos combatentes rebeldes líbios, infiltradas no sábado à noite em Trípoli com o apoio da Otan, tomaram o controle de alguns bairros da periferia de Trípoli. De acordo com Abdullah Melitan, outro porta-voz da rebelião, os rebeldes líbios que conseguiram entrar na capital vieram por mar a partir de Misrata, a 200 km a leste de Trípoli.
Ele disse que os aviões de combate da Otan permitiram o avanço das forças até o coração da cidade, em uma operação que teria sido preparada com muita antecedência. O plano consistiria em obter o controle dos hotéis, dos aeroportos civis e militares, dos escritórios do primeiro-ministro e dos arredores de Bab al-Azizia, o "palácio-bunker" de Kadafi. "Não é simples controlar uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes, mas estamos em Trípoli e nossos planos funcionam conforme o previsto", disse Baja.
Em Benghazi, reduto opositor no leste do país, o presidente do CNT, Mustafa Abdel Yalil, disse que estão sendo feitos contatos com autoridades próximas de Kadafi e "tudo indica que o fim (do regime) está muito perto".
Ultimo Segundo
Dentro de Trípoli, houve um segundo dia de amplos confrontos entre as forças leais do regime e o que a oposição chamou de "células adormecidas" de rebeldes. Também houve grandes protestos antigoverno. De acordo com fontes do governo, 376 teriam morrido e mais de 1 mil ficado feridos nos confrontos iniciados na noite de sábado. A informação não pôde ser confirmada por fontes independentes.
Enquanto os rebeldes dizem que avançam para o complexo de Bab al-Aziziya, de Kadafi, o líder líbio conclamou seus partidários a lutar contra os infieis e "libertar" a terra em um áudio transmitido na televisão estatal líbia. O porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim, afirmou que milhares de mercenários e voluntários estão dispostos a defender a capital. "As pessoas não são somente patriotas, mas também têm famílias e casas que devem proteger e compreendem que, se os rebeldes entrarem, haverá derramamento de sangue", disse.
Os rebeldes disseram que lançaram seu primeiro ataque a Trípoli em coordenação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e batalhas campais e tiros de morteiros atingiram a cidade. A força aérea da Otan também perpetrou ataques mais pesados do que o costume depois do anoitecer, com fortes explosões sendo ouvidas por toda a cidade.
Segundo a rede de TV Al-Jazeera, os aviões da Otan bombardearam o quartel-general de Kadafi e o aeroporto de Maitika, também na capital. A emissora anunciou a prisão do coronel Khituni, considerado um dos principais militares leais ao regime de Kadafi, além de oito de seus colaboradores. Também de acordo com a rede, os rebeldes tomaram o controle de um prédio dos serviços de segurança situado no bairro de Fechloum e conseguiram libertar um número indeterminado de prisioneiros.
De acordo com o encarregado de segurança do Conselho Transitório Líbio (CNT, órgão político dos insurgentes), Fathi Baja, duas unidades de forças especiais dos combatentes rebeldes líbios, infiltradas no sábado à noite em Trípoli com o apoio da Otan, tomaram o controle de alguns bairros da periferia de Trípoli. De acordo com Abdullah Melitan, outro porta-voz da rebelião, os rebeldes líbios que conseguiram entrar na capital vieram por mar a partir de Misrata, a 200 km a leste de Trípoli.
Ele disse que os aviões de combate da Otan permitiram o avanço das forças até o coração da cidade, em uma operação que teria sido preparada com muita antecedência. O plano consistiria em obter o controle dos hotéis, dos aeroportos civis e militares, dos escritórios do primeiro-ministro e dos arredores de Bab al-Azizia, o "palácio-bunker" de Kadafi. "Não é simples controlar uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes, mas estamos em Trípoli e nossos planos funcionam conforme o previsto", disse Baja.
Em Benghazi, reduto opositor no leste do país, o presidente do CNT, Mustafa Abdel Yalil, disse que estão sendo feitos contatos com autoridades próximas de Kadafi e "tudo indica que o fim (do regime) está muito perto".
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