Johan Cruyff voltou ao ataque na direcção de José Mourinho. Aproveitando o lugar de destaque que tem no jornal El Periódico de Catalunya, o holandês não poupou nas palavras duras para se dirigir a Mourinho.

O antigo internacional holandês e jogador do FC Barcelona recordou o episódio na final da Supertaça de Espanha, quando, no final do jogo, o português colocou o dedo no olho de Tito Vilanova, adjunto de Guardiola nos catalães.

«O dedo de Mourinho é de impotência. O único grande azar do Real Madrid é que em Espanha existe uma equipa que se chama Barcelona. Se jogasse noutro país, seria fantástico para eles, porque conquistariam muitos mais troféus», sublinha Cruyff.

Sobre o acto em si, Cruyff não desarma: «Nunca tinha visto nada igual. Há milhões de crianças espalhadas pelo Mundo que assistiram a um exemplo horrível do que não deve acontecer no futebol. E o Real Madrid parece não se incomodar muito com isso...Tratou-se de um acto de prepotência e impotência. Há quem diga que o fez de propósito, para desviar as atenções, para que se fale quase em exclusivamente daquilo e não de futebol. Sinceramente, não creio nesta versão...»

«Acredito que Mourinho seja uma excelente pessoa em privado e bom treinador, mas o que ensina ao Mundo sobre ele é outra coisa. Se se apoia um treinador que se comporta daquela forma, que não pára de provocar tudo e todos, então que exemplo é que se passa cá para fora? O do fair play? E os jogadores? Se calhar as atitudes de Mourinho também afecta a imagem de alguns» acrescenta.

Mourinho era o preferido de Rosell

Na mesma entrevista, Cruyff revela que o técnico português até era o favorito de Sandro Rosell, presidente do FC Barcelona: «O pior é que Mourinho era o favorito de Rosell. Uma contratação assim mudava muitas coisas e digo agora o que disse na altura: o melhor para o Barça é Guardiola porque não vai fazer mal ao clube nem envergonhá-lo.»

[Notícia actualizada às 12:02]