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#1
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
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Introdução:
Embora a grande maioria das pessoas com demência sejam idosos, pode haver jovens e adolescentes na família, que são fortemente afectados pela doença de alguém que amam. A Doença de Alzheimer tem um grande impacto em todos os membros da família, incluindo as crianças. Cada criança reage de maneira diferente à situação, por isso é importante ouvi-la e compreender que, mesmo em silêncio, a criança pode estar a sofrer.
As pessoas mais jovens podem ter diversas dúvidas sobre o que está a acontecer. E por isso escolhemos esta doença, para a conhecer-mos e dar-mos a conhece-la. O que mais tarde se passarmos por isto sabermos lidar melhor com a situação.

Introdução ao Alzheimer
Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer é uma doença degenerativa actualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e à sua família.
Foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome.

O que é a doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades de vida diária.

Em termos neuropatológicos, a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar. O aparecimento de tranças fibrilhares e placas senis impossibilitam a comunicação entre as células nervosas, o que provoca alterações ao nível do funcionamento global da pessoa.
Os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer incluem perda de memória, desorientação espacial e temporal, confusão e problemas de raciocínio e pensamento. Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.
Os doentes de Alzheimer tornam – se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa – se entre os 2 e os 15 anos.

Características genéticas e mecanismos de transmissão hereditária
Sabemos que o envelhecimento saudável é regulado por factores genéticos e ambientais. Estes últimos – alimentação saudável, prática de exercícios, sono regular – já são bem conhecidos. O que falta é descobrir quais são os factores genéticos que explicam porque algumas pessoas conseguem chegar aos 100 anos com saúde enquanto outros já mostram sinais evidentes de envelhecimento aos 60.
Na história familiar de demência, a presença da isoforma E4 da
apolipoproteína E, Trissomia do cromossoma 21, traumatismos cranianos e exposições ao alumínio , Mutações dos cromossomas 1, 14 e 21 (raras), podem determinar doença de início.

Não existe um gene específico responsável por todos os casos da doença de Alzheimer. Todos podemos, a determinado momento, desenvolver a doença. Num muito reduzido número de famílias, a doença de Alzheimer é causada por um problema genético e hereditário, conhecido como a doença de Alzheimer familiar. Neste tipo de famílias, a doença desenvolve-se, normalmente, entre os 35 e os 60 anos.

Sinais e sintomas
Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de stress. Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos e radiológicos. Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. Antes de se tornar totalmente aparente a Doença de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos.
A evolução da doença está dividida em quatro fases.

• Primeira fase dos sintomas:
Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento natural ou com o stress. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar a doença por completo. O sintoma primário mais notável é a perda de memória de curto prazo (dificuldade em lembrar coisas aprendidas recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstracto; pode começar a perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe onde está nem em que ano está, em que mês ou em que dia. Quanto mais cedo os sintomas forem percebidos mais eficaz é o tratamento e melhor o prognóstico.

• Segunda fase (demência inicial):
Com o passar dos anos, conforme os neurónios morrem e a quantidade de neurotransmissores diminuem, aumenta a dificuldade em reconhecer e identificar objectos (agnosia) e na execução de movimentos (apraxia).
A memória do paciente não é afectada toda da mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita
linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer desleixado ao efectuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação.

• Terceira fase:
A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

• Quarta fase (terminal):
Durante a última fase da Doença de Alzheimer, o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais. No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pela doença, mas por outro factor externo como a pneumonia por exemplo.

Frequência na população

Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos mas sua prevalência aumenta exponencialmente com os anos sendo de 6% aos 70, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.
A doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência e mais frequente nos países industrializados. Segundo Pfizer (2004) estima-se que existam em todo o mundo entre 15 e os 20 milhões de doentes de Alzheimer e prevê-se que a sua incidência aumente em flecha a partir dos 60 anos de idade, pensando-se que possa triplicar por cada 10 anos, após os 65 anos de idade.
Embora não existam dados precisos, estima-se que em Portugal existam entre 60 a 70 mil doentes com Alzheimer, dos quais uma percentagem cada vez mais significativa tem menos de 50 anos. No entanto, a sua incidência tende a aumentar nos grupos etários mais envelhecidos, sobretudo, no grupo com idade superior a 80 anos. As estimativas apontam para um aumento de 40% nos próximos anos.
Segundo as Estatísticas da Saúde em 2001 existiu um aumento do número de óbitos em ambos os géneros, embora a preponderância das mulheres continue a ser ligeiramente superior em todos os grupos etários. A maior incidência de óbitos femininos é superior sobretudo, no que se refere ao grupo dos 75-79 anos e 80-84 anos.

Laboratórios / países onde se desenvolvem pesquisas relativas à situação

Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade do Minho descobriu uma molécula-chave que «abre novas perspectivas» no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer, hipertensão hereditária e cancro.
«Este estudo abre novas perspectivas no tratamento destas e de outras doenças, sublinha Sandra Paiva, da Escola de Ciências da UM.
A investigação foi realizada por uma equipa coordenada por Sandra Paiva e por Sebastien León, do Instituto Jacques Monod da Universidade de Paris.
A equipa inclui ainda Neide Vieira, Margarida Casal, Carina Cunha e Jéssica Gomes, todas da U. Minho, e outros investigadores das universidades de Paris e Madrid.

Processos de Diagnostico e de Tratamento

Apesar da contínua investigação, algumas causas da Doença de Alzheimer continuam desconhecidas.
No entanto, já foram identificados alguns factores de risco que elevam a possibilidade de vir a sofrer da doença, tais como:
• Tensão arterial alta, colesterol elevado e homocisteína;
• Baixos níveis de estímulo intelectual, actividade social e exercício físico;
• Obesidade e diabetes;
• Graves e/ou repetidas lesões cerebrais.

Actualmente, não existe cura para a Doença de Alzheimer. No entanto, existem medicamentos que possibilitam o tratamento sintomático de grande parte das alterações cognitivas e comportamentais. Embora não possam evitar a progressiva perda neuronal, os medicamentos existentes podem ajudar a estabilizar e a minimizar alguns sintomas.
O tratamento da Doença deve conciliar a intervenção farmacológica com a intervenção não farmacológica.
A intervenção não farmacológica diz respeito a um conjunto de intervenções que visam a maximizar o funcionamento cognitivo e o bem – estar da pessoa, bem como ajudá-la no processo de adaptação à doença. As actividades desenvolvidas têm como fim a estimulação das capacidades da pessoa, preservando, pelo maior período de tempo possível, a sua autonomia, conforto e dignidade.


Glossário:
• Doença degenerativa - é uma doença que consiste na alteração do funcionamento de uma célula, um tecido ou um órgão, excluindo-se nesse caso as alterações devidas a inflamações, infecções e tumores. As doenças degenerativas são assim chamadas porque elas provocam a degeneração de todo o organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Normalmente, as doenças degenerativas são adquiridas por erros alimentares (ou uso excessivo de gorduras de origem animal), uma vida sedentária ou um erro genético.
• Memória semântica - Abrange a memória do significado das palavras
• Apatia - é a falta de emoção, motivação ou entusiasmo.
• Demência – é quando um indivíduo que teve o desenvolvimento intelectual saudável, ocorre a perda ou diminuição da capacidade cognitiva, de forma parcial ou completa, permanente ou momentânea e esporádica.
• Memória Implícita - A memória implícita diz respeito àquelas ocasiões em que temos consciência de que sabemos, mas não conseguimos descrever esta lembrança.
• Homocisteína - É um homólogo do aminoácido natural cisteína.

Considerações finais:
Embora não haja um gene característico para a transmissão desta doença ela é hereditária pois os sucessores de quem a manifesta podem vir a manifesta-la.
É uma doença que requer muita atenção e cuidados. Pode ser afectada também pelos familiares quando não sabem como lidar com a Doença de Alzheimer.
Por isso escolhemos esta doença, para a conhecer-mos melhor e sabermos lidar com ela. É preciso muita força, espírito familiar, harmonia e união para que tudo corra bem tanto para o portador da doença como para quem o rodeia.

#2
 Angel

Angel
Membro
Membro
Gostei ;)
Já agora, posso usar 3 tópicos daqui? É que nunca me dei bem a resumir nada x)
Se não puder na boa ;)

#3
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
Moderadora
Podes claro , estás ah vontade para usar o que quiseres (: se precisares de mais alguma coisa diz :)

#4
 Angel

Angel
Membro
Membro
' . Biinhaa escreveu:Podes claro , estás ah vontade para usar o que quiseres (: se precisares de mais alguma coisa diz :)
Thanks :*

#5
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