Postado Dom 15 Ago 2010 - 15:51
Dezenas de pessoas participaram este domingo, em Fátima, num protesto silencioso contra os alegados maus-tratos de animais no Santuário, iniciativa que pretendeu sensibilizar a opinião pública para a situação que os organizadores classificam como «escandalosa».
Concentrados na rotunda sul, os manifestantes, trajados de branco ou preto, envergavam cartazes com a inscrição «Vamos dar voz aos animais» e com frases do Papa João Paulo II ou da madre Teresa de Calcutá, distribuindo aos peregrinos um comunicado a explicar o protesto.
O porta-voz do Partido pelos Animais (PPA), que promoveu a iniciativa juntamente com a Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima, fez um balanço «extremamente positivo» do protesto, salientando a presença de pessoas de todo o país «para darem voz aos animais que não a têm e que estão a ser maltratados neste santuário».
Paulo Borges disse esperar que da manifestação resulte «a continuação da sensibilização da opinião pública», mas também «uma maior sensibilização da reitoria do Santuário» para um diálogo com as associações que a promoveram e para que considere a sua proposta.
«A nossa proposta é que uma pequeníssima parte das elevadíssimas verbas que são auferidas anualmente no Santuário possa ser aplicada na construção de um canil onde os animais possam viver em situações condignas», referiu Paulo Borges, considerando que esta «seria uma actuação perfeitamente de acordo com os princípios cristãos e católicos», além de que «seria uma excelente forma de promover uma boa imagem para o Santuário de Fátima».
Confrontado com o desmentido do Santuário, que considerou as acusações de supostos maus-tratos a animais como «falsas e caluniosas» e ameaça agir judicialmente contra os autores, e com a investigação da GNR, que concluiu não haver indícios desta situação, o porta-voz do PPA remeteu para «reportagens fotográficas» e para outra televisiva.
Por outro lado, salientou que «em Portugal é extremamente difícil que as autoridades se sensibilizem para a evidência de maus-tratos aos animais», considerando existir neste âmbito uma «impunidade generalizada».
«Em termos legais, segundo o Código Civil, os animais são considerados meras coisas, portanto há uma falta de sensibilidade das autoridades, há uma falta de sensibilidade jurídica dos magistrados e nós sabemos que é muito difícil levar até às últimas consequências uma investigação deste tipo», observou.
Paulo Borges acrescentou que o que se pretende «é exactamente mostrar que há razões suficientes para não se arquivaram estas investigações, porque há fortes indícios de que os animais são maltratados aqui».
«Pelo menos há uma coisa que o Santuário não pode negar: é que os animais abandonados que aqui estão no Santuário, que aqui aparecem, são capturados, são entregues à Câmara Municipal de Ourém que, como não tem condições para os manter, vai abatê-los», comentou.
Após o protesto silencioso, os manifestantes vão realizar uma «peregrinação simbólica» até ao local, nas traseiras do Santuário, onde alegam que se processam os maus-tratos a animais.
Concentrados na rotunda sul, os manifestantes, trajados de branco ou preto, envergavam cartazes com a inscrição «Vamos dar voz aos animais» e com frases do Papa João Paulo II ou da madre Teresa de Calcutá, distribuindo aos peregrinos um comunicado a explicar o protesto.
O porta-voz do Partido pelos Animais (PPA), que promoveu a iniciativa juntamente com a Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima, fez um balanço «extremamente positivo» do protesto, salientando a presença de pessoas de todo o país «para darem voz aos animais que não a têm e que estão a ser maltratados neste santuário».
Paulo Borges disse esperar que da manifestação resulte «a continuação da sensibilização da opinião pública», mas também «uma maior sensibilização da reitoria do Santuário» para um diálogo com as associações que a promoveram e para que considere a sua proposta.
«A nossa proposta é que uma pequeníssima parte das elevadíssimas verbas que são auferidas anualmente no Santuário possa ser aplicada na construção de um canil onde os animais possam viver em situações condignas», referiu Paulo Borges, considerando que esta «seria uma actuação perfeitamente de acordo com os princípios cristãos e católicos», além de que «seria uma excelente forma de promover uma boa imagem para o Santuário de Fátima».
Confrontado com o desmentido do Santuário, que considerou as acusações de supostos maus-tratos a animais como «falsas e caluniosas» e ameaça agir judicialmente contra os autores, e com a investigação da GNR, que concluiu não haver indícios desta situação, o porta-voz do PPA remeteu para «reportagens fotográficas» e para outra televisiva.
Por outro lado, salientou que «em Portugal é extremamente difícil que as autoridades se sensibilizem para a evidência de maus-tratos aos animais», considerando existir neste âmbito uma «impunidade generalizada».
«Em termos legais, segundo o Código Civil, os animais são considerados meras coisas, portanto há uma falta de sensibilidade das autoridades, há uma falta de sensibilidade jurídica dos magistrados e nós sabemos que é muito difícil levar até às últimas consequências uma investigação deste tipo», observou.
Paulo Borges acrescentou que o que se pretende «é exactamente mostrar que há razões suficientes para não se arquivaram estas investigações, porque há fortes indícios de que os animais são maltratados aqui».
«Pelo menos há uma coisa que o Santuário não pode negar: é que os animais abandonados que aqui estão no Santuário, que aqui aparecem, são capturados, são entregues à Câmara Municipal de Ourém que, como não tem condições para os manter, vai abatê-los», comentou.
Após o protesto silencioso, os manifestantes vão realizar uma «peregrinação simbólica» até ao local, nas traseiras do Santuário, onde alegam que se processam os maus-tratos a animais.