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#1
 Mikáá

Mikáá
Membro
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A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou desde o início do ano 14 601 ocorrências de incêndios florestais, valor aproximado à soma dos últimos três anos, das quais mais de metade desde 23 de Julho.

Em conferência de imprensa na sede da ANPC, o comandante operacional nacional, Gil Martins, revelou ainda que desde 15 de Maio registaram-se 13 145 ocorrências e desde 23 de Julho 8791.

«Há um pico a partir de 23 de Julho que nunca mais parou. Estamos com uma média de incêndios florestais de cerca de 400 novas ocorrências por dia. O valor acumulado de ocorrências de 2010 é já muito aproximado à soma de 2007, 2008 e 2009», afirmou.

Num ponto de situação, o responsável adiantou que 65 por cento do total das ocorrências verifica-se nos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo e Aveiro. Por exemplo, no concelho de Paredes são mais de 400 desde 15 de Maio, seguido de Penafiel, com 376.

Gil Martins sublinhou que durante os primeiros 15 dias de Agosto, 37 por cento das ocorrências registar-se em horário nocturno (20:00-08:00), ou seja, quando os meios aéreos não funcionam.

Este valor, acrescentou, tem vindo a aumentar nos últimos anos: na década de 90 variava entre os 20 e os 25 por cento e até ao ano passado entre os 25 e os 35 por cento.

Em 2009, 41 por cento das ignições verificaram-se à noite.
Lembrou depois que, em Portugal, 97 por cento dos incêndios têm origem humana.

Questionado sobre as críticas à falta deste tipo de meios, o comandante nacional operacional afirmou que «os meios aéreos não são a varinha mágica que apaga incêndio».

«A intervenção terrestre é determinante na consolidação da operação do meio aéreo», ressalvou, indicando que vão ficar em Portugal até terça-feira dois aviões Canadair da reserva táctica da União Europeia.

Quanto aos incêndios em curso hoje, a «maior preocupação» da Protecção Civil diz respeito ao fogo em Viana do castelo, no Parque Natural da Peneda-Gerês.

As dificuldades prendem-se sobretudo com as acessibilidades e o vento forte: «É um incêndio de difícil combate».

Este ano, já foram activados quatro planos municipais de emergência, em Arcos de Valdevez, Viana do castelo, Ponte da Barca e Terras de Bouro.

Na conferência de imprensa, Gil Martins deixou ainda uma mensagem sobre os três bombeiros que morreram este ano no combate às chamas.

«Continuam presentes connosco, neste enorme desafio de combater e extinguir mais de 400 incêndios com que diariamente alguns pretendem destruir as nossas florestas», afirmou.

#2
 Twxin

Twxin
Membro
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Este ano está a ser o pior sem dúvida , e o mais estupido é que a maior parte dos fogos são por mão humana . Horrível .

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