Postado Qua 18 Ago 2010 - 9:51
A falta de coordenação e comunicação entre organizações não governamentais e organismos do Estado continua a ser o principal entrave a uma ajuda humanitária mais eficiente em situações de catástrofe, alertou esta quarta-feira um responsável da plataforma portuguesa de ONG, escreve a Lusa.
«Nota-se que as organizações colaboram muito mais entre si, mas continua a precisar de haver trabalho integrado entre elas e com o Estado. Devia haver uma estratégia comum», lamentou Pedro Cruz, director técnico da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), em vésperas de se assinalar mais um Dia Mundial da Assistência Humanitária.
Na opinião deste responsável, as ONG deviam «sentar-se e planear uma estratégia comum para estas situações», já que normalmente actuam autonomamente, o que leva a trabalhos e apoios duplicados e carências noutras áreas.
«Há uma falta de diálogo que prejudica a acção comum, mas nota-se já uma evolução, e nós estamos a trabalhar no sentido de criar uma estratégia comum», afirmou Pedro Cruz, especificando que a plataforma serve como interlocutora e «fala com os organismos do Estado relevantes para ajudar a coordenar».
As outras dificuldades sentidas pelas ONG quando estão no terreno são a falta de organização local, como se verificou depois do terramoto no Haiti, onde não havia uma estrutura de comando local.
«Com tanta ajuda a chegar era difícil decidir onde podiam ajudar e o que era necessário fazer. O problema da coordenação local tem de ser ultrapassado», considerou.
Apesar disto, Pedro Cruz destaca a mobilização da sociedade civil na ajuda humanitária sempre que alguma catástrofe acontece.
E embora reconheça que as ajudas, nomeadamente financeiras, só surgem com grande intensidade durante a mediatização dos casos e os apelos feitos pelas autoridades e organizações, o responsável afirma que normalmente os valores angariados chegam para manter uma ajuda a longo prazo na reconstrução dos locais afectados, e por vezes até continuar projetos noutros países.
«Mesmo com a crise, vê-se que as pessoas estão disponíveis para contribuir com qualquer coisa quando é necessário e não se nota um afastamento. Na solidariedade não há crise», acrescentou.
Outra forma de ajudar é a oferta de voluntariado, um movimento que é cíclico, explicou.
«Durante os períodos de férias surgem muitos jovens à procura de voluntariado. Todas as semanas três ou quatro pessoas telefonam para a plataforma a procurar. Não é assim todo o ano. Quando há acontecimentos mediáticos também há mais procura».
A Plataforma Portuguesa das ONGD representa 57 organizações portuguesas, dez das quais direcionadas para a ajuda humanitária, e trabalha principalmente com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor.
«Nota-se que as organizações colaboram muito mais entre si, mas continua a precisar de haver trabalho integrado entre elas e com o Estado. Devia haver uma estratégia comum», lamentou Pedro Cruz, director técnico da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), em vésperas de se assinalar mais um Dia Mundial da Assistência Humanitária.
Na opinião deste responsável, as ONG deviam «sentar-se e planear uma estratégia comum para estas situações», já que normalmente actuam autonomamente, o que leva a trabalhos e apoios duplicados e carências noutras áreas.
«Há uma falta de diálogo que prejudica a acção comum, mas nota-se já uma evolução, e nós estamos a trabalhar no sentido de criar uma estratégia comum», afirmou Pedro Cruz, especificando que a plataforma serve como interlocutora e «fala com os organismos do Estado relevantes para ajudar a coordenar».
As outras dificuldades sentidas pelas ONG quando estão no terreno são a falta de organização local, como se verificou depois do terramoto no Haiti, onde não havia uma estrutura de comando local.
«Com tanta ajuda a chegar era difícil decidir onde podiam ajudar e o que era necessário fazer. O problema da coordenação local tem de ser ultrapassado», considerou.
Apesar disto, Pedro Cruz destaca a mobilização da sociedade civil na ajuda humanitária sempre que alguma catástrofe acontece.
E embora reconheça que as ajudas, nomeadamente financeiras, só surgem com grande intensidade durante a mediatização dos casos e os apelos feitos pelas autoridades e organizações, o responsável afirma que normalmente os valores angariados chegam para manter uma ajuda a longo prazo na reconstrução dos locais afectados, e por vezes até continuar projetos noutros países.
«Mesmo com a crise, vê-se que as pessoas estão disponíveis para contribuir com qualquer coisa quando é necessário e não se nota um afastamento. Na solidariedade não há crise», acrescentou.
Outra forma de ajudar é a oferta de voluntariado, um movimento que é cíclico, explicou.
«Durante os períodos de férias surgem muitos jovens à procura de voluntariado. Todas as semanas três ou quatro pessoas telefonam para a plataforma a procurar. Não é assim todo o ano. Quando há acontecimentos mediáticos também há mais procura».
A Plataforma Portuguesa das ONGD representa 57 organizações portuguesas, dez das quais direcionadas para a ajuda humanitária, e trabalha principalmente com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor.