Postado Qua 15 Set 2010 - 14:00
Em 2001, o Pavilhão Atlântico abriu as portas durante duas noites seguidas para aqueles que, no início da década '00, eram um dos sérios casos de sucesso da geração nu metal e rap rock.
Os Limp Bizkit vendiam milhões e milhões de discos e esgotavam concertos sem grande dificuldade. Eram os anos de «Nookie», «Rollin'» e «My Generation», canções que faziam parte do imaginário adolescente da altura.
Nove anos volvidos, o cenário foi drasticamente diferente: a sala multiusos lisboeta esteve a meio gás com o palco montado a meio do pavilhão, uma plateia com muitas clareiras e bancadas quase completamente despidas.
Mas as pouco mais de 5000 pessoas presentes sabiam o que esperar de Fred Durst e companhia - diversão era a palavra de ordem para antigos fãs, alguns já com filhos, e novos seguidores, que ainda andariam na primária aquando do apogeu do boné vermelho.
Na quarta passagem por Portugal, a banda norte-americana recordou velhos êxitos e apresentou novidades. Logo a abrir, «Why Try» mostrou que o caminho a percorrer no novo disco, «Gold Cobra», não será muito diferente do seguido ao longo dos quatro anteriores registos.
Estreada a nova música, a viagem no tempo foi inevitável na hora e meia que se seguiu, com refrões cantados a quente e mosh intenso em «My Generation», «Break Stuff» e «Rollin'». O boné dos Yankees agora é branco, mas a figura e a atitude de Durst permanecem praticamente as mesmas, apesar dos 40 anos de idade - vestimenta tamanho XL e uma vontade enorme para comunicar com a plateia.
«Nem todas as noites são fantásticas, mas esta foi», declarou, o mais honestamente possível, num dos vários elogios que fez ao dedicado público português. Em troca, recebeu a certa altura, atirada desde o público, uma minúscula tanga de uma admiradora mais... despida.
Ausente do último concerto em Portugal, em 2004, o guitarrista Wes Borland também deu nas vistas, quer pelo visual extravagante (qual demónio negro da guitarra), quer por algumas incursões em (breves) solos fugindo ao formato original dos temas. E DJ Lethal também marcou pontos junto do público, decorando a sua mesa de mistura com uma bandeira portuguesa.
«9 Teen 90 Nine» foi motivo para «recuar 11 anos no tempo», e para a banda dizer com orgulho que continua viva (a relevância é discutível, claro). Foi também um momento especial para três jovens fãs que puderam subir ao palco para cantarem de perto com a banda, especialmente na balada «Behind Blue Eyes», original dos The Who.
Tiro ao lado, «Yellow», dos Coldplay, abriu o encore que reservava as últimas explosões de energia da noite. «Take A Look Around» foi missão possível e cumprida na hora de saber puxar pelo público, «Nookie» valeu mais pela nostalgia e «Faith», de George Michael, foi lançado para todas as «damas», na derradeira dedicatória da noite.
«Vemo-nos no próximo Verão», prometeu Durst, saindo de cena ao som de «Seven Nation Army» (White Stripes).
Em 2010, os Limp Bizkit dizem-se iguais a si próprios e avessos à mudança. Mas a verdade é que a moda do nu metal já lá vai há muito e, apesar de estar em boa forma, a banda parece perdida no tempo. O novo disco, ainda sem data de edição, será decisivo no futuro do grupo.
Alinhamento do concerto:
0. Pure Imagination (intro)
1. Why Try
2. Show Me What You Got
3. My Generation
4. Livin' It Up
5. Eat You Alive
6. I'm Broke
7. 9 Teen 90 Nine
8. Behind Blue Eyes (The Who)
9. My Way
10. Break Stuff
11. Walking Away
12. Rollin' (Air Raid Vehicle)
Encore
13. Yellow (Coldplay)
14. Take A Look Around
15. Nookie
16. Faith (George Michael)
Fonte:IOL
Os Limp Bizkit vendiam milhões e milhões de discos e esgotavam concertos sem grande dificuldade. Eram os anos de «Nookie», «Rollin'» e «My Generation», canções que faziam parte do imaginário adolescente da altura.
Nove anos volvidos, o cenário foi drasticamente diferente: a sala multiusos lisboeta esteve a meio gás com o palco montado a meio do pavilhão, uma plateia com muitas clareiras e bancadas quase completamente despidas.
Mas as pouco mais de 5000 pessoas presentes sabiam o que esperar de Fred Durst e companhia - diversão era a palavra de ordem para antigos fãs, alguns já com filhos, e novos seguidores, que ainda andariam na primária aquando do apogeu do boné vermelho.
Na quarta passagem por Portugal, a banda norte-americana recordou velhos êxitos e apresentou novidades. Logo a abrir, «Why Try» mostrou que o caminho a percorrer no novo disco, «Gold Cobra», não será muito diferente do seguido ao longo dos quatro anteriores registos.
Estreada a nova música, a viagem no tempo foi inevitável na hora e meia que se seguiu, com refrões cantados a quente e mosh intenso em «My Generation», «Break Stuff» e «Rollin'». O boné dos Yankees agora é branco, mas a figura e a atitude de Durst permanecem praticamente as mesmas, apesar dos 40 anos de idade - vestimenta tamanho XL e uma vontade enorme para comunicar com a plateia.
«Nem todas as noites são fantásticas, mas esta foi», declarou, o mais honestamente possível, num dos vários elogios que fez ao dedicado público português. Em troca, recebeu a certa altura, atirada desde o público, uma minúscula tanga de uma admiradora mais... despida.
Ausente do último concerto em Portugal, em 2004, o guitarrista Wes Borland também deu nas vistas, quer pelo visual extravagante (qual demónio negro da guitarra), quer por algumas incursões em (breves) solos fugindo ao formato original dos temas. E DJ Lethal também marcou pontos junto do público, decorando a sua mesa de mistura com uma bandeira portuguesa.
«9 Teen 90 Nine» foi motivo para «recuar 11 anos no tempo», e para a banda dizer com orgulho que continua viva (a relevância é discutível, claro). Foi também um momento especial para três jovens fãs que puderam subir ao palco para cantarem de perto com a banda, especialmente na balada «Behind Blue Eyes», original dos The Who.
Tiro ao lado, «Yellow», dos Coldplay, abriu o encore que reservava as últimas explosões de energia da noite. «Take A Look Around» foi missão possível e cumprida na hora de saber puxar pelo público, «Nookie» valeu mais pela nostalgia e «Faith», de George Michael, foi lançado para todas as «damas», na derradeira dedicatória da noite.
«Vemo-nos no próximo Verão», prometeu Durst, saindo de cena ao som de «Seven Nation Army» (White Stripes).
Em 2010, os Limp Bizkit dizem-se iguais a si próprios e avessos à mudança. Mas a verdade é que a moda do nu metal já lá vai há muito e, apesar de estar em boa forma, a banda parece perdida no tempo. O novo disco, ainda sem data de edição, será decisivo no futuro do grupo.
Alinhamento do concerto:
0. Pure Imagination (intro)
1. Why Try
2. Show Me What You Got
3. My Generation
4. Livin' It Up
5. Eat You Alive
6. I'm Broke
7. 9 Teen 90 Nine
8. Behind Blue Eyes (The Who)
9. My Way
10. Break Stuff
11. Walking Away
12. Rollin' (Air Raid Vehicle)
Encore
13. Yellow (Coldplay)
14. Take A Look Around
15. Nookie
16. Faith (George Michael)
Fonte:IOL