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 Twxin

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O investigador José Filipe Pinto defendeu esta quarta-feira que a descolonização portuguesa, tardia, teve a conivência dos Estados Unidos, que pretendiam travar a expansão soviética, argumentando que Portugal nunca esteve «orgulhosamente só», escreve a Lusa.

Esta é a tese defendida pelo professor da Universidade Lusófona no seu livro «O Ultramar Secreto e Confidencial» apresentado, esta quarta-feira, em Lisboa.

«Portugal nunca esteve orgulhosamente só, esteve sempre bem acompanhado. Se não fosse isso, o nosso império não teria ido até 1974. Poderia ter ido até mais cedo, ao início dos anos 1960, era quando deveria ter acabado, e deveríamos ter procedido àquilo que não fizemos: uma descolonização», defendeu o investigador.

Para o especialista, a descolonização portuguesa, que aconteceu em plena Guerra Fria, teve a conivência dos Estados Unidos, que pretendiam assim travar a expansão soviética.

«Havia duas superpotências e era necessário saber para que lado é que a África austral iria cair. Os Estados Unidos conseguiram sempre levar a água ao seu moinho. Tentaram convencer Salazar a alterar a política na fase final, a partir dos anos 60. Até aí, houve uma conivência da comunidade internacional com a manutenção», sustentou.

Uma posição que o presidente do conselho viu com maus olhos: «Vê nisso alguma infantilidade, alguma impreparação, acusa os Estados Unidos de não saber trabalhar com África», referiu.

A saída das colónias suscita muitas dúvidas a José Filipe Pinto, para quem «o império ruiu sem haver uma real descolonização».

«Para haver uma descolonização, é preciso cinco fases. Portugal em muitos casos limitou-se à transição do poder. Ainda hoje tenho muitas dúvidas que a independência, da forma como foi conseguida, tenha sido a melhor solução», disse.

Na apresentação do livro, o antigo ministro do Ultramar Adriano Moreira confirma esta tese: ao longo da sua história, «Portugal precisou sempre do apoio externo».

O antigo governante salientou a importância de investigações como esta, baseada em documentos que se encontram na Torre do Tombo, em particular telegramas trocados entre Oliveira Salazar, os ministros das colónias da ditadura e os governadores do império.

Perante uma plateia onde se encontravam vários estudantes, Adriano Moreira sublinhou que «na circunstância que estamos a viver, que é péssima, a nova geração tem todo o direito de conhecer os factos».

«Se não tiverem o conhecimento exacto dos factos, eles vão desenhar com risco de grande erro, o futuro que devem construir. Não nos devemos afligir com os erros do passado, precisamos é de sabê-los», disse.

Para Adriano Moreira, «nenhum povo pode receber a sua história a benefício de inventário, tem de herdar a história com o positivo e o negativo».

Fonte:tvi24

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