O procurador-geral do Irão, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou esta segunda-feira, que Sakineh Mohamadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério foi condenada à morte por enforcamento e não por lapidação, informa a EFE.

Em declarações divulgadas pela agência de notícias local «Mehr», Mohseni Ejei explicou que, «de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh foi acusada de assassinato e condenada por este delito». Sakineh tinha sido condenada à morte por adultério, cuja pena é a morte por apedrejamento, mas a pena foi revista após a família do marido ter decidido perdoá-la.

Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério.

Em Julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, o advogado acabou por fugir para a Turquia, onde procurou asilo político na Noruega.

O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerão. A pena de morte foi mantida por um tribunal de recurso, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido.