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Administrador
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Andrew Bird: «Quando passeio por Lisboa surgem-me novas ideias» 400
A relação apaixonada de Andrew Bird por Portugal já o levou a escrever uma canção inspirada nas diferenças entre o norte e o sul do nosso país. O músico e compositor norte-americano regressa agora a Lisboa não apenas para um novo concerto (7 de Outubro, Aula Magna), mas também para passear e participar na conferência «Pensamentos e emoções, desdobrando a canção», que terá lugar esta sexta-feira, às 18h30, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz. Antes de partir para a mini-digressão, que o próprio considera como umas «férias», Bird falou ao telefone com o IOL Música sobre a sua estadia de duas semanas em Portugal e revelou que, afinal, a nova canção intitulada «Lusitania», nada tem a ver com o nosso país.

Como surgiu a oportunidade de regressar a Portugal?

- Estou a compor o meu próximo álbum e o meu amigo Rui Tavares (eurodeputado pelo Bloco de Esquerda) decidiu trazer-me para Lisboa para participar numa palestra e dar um concerto. É mais uma espécie de visita durante todo um processo de composição do que uma apresentação de um novo disco. O Rui achou que seria interessante eu participar numa palestra e falar sobre o que estou a trabalhar. Vou pegar em algumas canções minhas e outras de que gosto e decompô-las para toda a gente.

Sentes-te confortável a falar sobre o teu trabalho?
- Não tenho grandes problemas em falar sobre as letras das minhas canções e sobre o que elas significam. Alguns compositores não gostam de falar sobre isso, mas eu até gosto de partilhar o processo de criação de uma música com o público. As minhas músicas costumam ter um final em aberto e deixam várias perguntas no ar... e é suposto que as pessoas falem sobre elas.

E terás a oportunidade de passar algum tempo em Lisboa?

- Sim, vou estar aí durante mais de duas semanas. Vou arranjar um apartamento em Lisboa e passear pela cidade. Estou à procura de uma onda diferente, de uma forma diferente de actuar ao vivo, ao contrário de uma digressão normal em que dou concertos em cidades diferentes todas as noites. Lisboa foi a razão que deu origem a esta mini-tournée. Vou estar em Espanha, Itália e Portugal durante um mês, mas vou dar apenas quatro concertos. Será como umas férias. Estou a compor e a gravar o novo disco e viajar faz parte do meu processo criativo. Apesar de estar a fazer uma pausa entre discos, não quero cortar radicalmente [com a criação de canções], não quero parar de fazer o que mais estou habituado a fazer.

É nessa altura em que te sentes mais inspirado, enquanto viajas?

- Muitas das ideias surgem-me quando estou num lugar desconhecido. Sempre que passeio pelas ruas de Lisboa tenho a cabeça cheia de novas ideias. [O processo criativo] surge a partir de um misto entre isolar-me na minha quinta, no Illinois, e o estímulo de estar num lugar desconhecido. Esses dois elementos criam o ambiente perfeito para a composição das minhas canções.

Tens apresentado uma nova canção ao vivo chamada «Lusitania». Tem alguma coisa a ver com Portugal?

- Não... Porque perguntas?

Porque a expressão «lusitânia» refere-se a Portugal e ao povo português.

- Não fazia ideia disso...

Então é apenas uma feliz coincidência?
- Vês, esta é a razão exacta pela qual vou estar em Portugal, para ter conversas como esta. Para me ajudar a perceber o que a minha canção poderá significar para outras pessoas. Mas não, a música refere-se ao [RMS Lusitania], navio que foi afundado por um submarino alemão, o que levou à entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial. E a canção também fala do afundamento do navio SS Maine e da Guerra Hispano-Americana... coisas que levaram os EUA a envolverem-se em conflitos militares internacionais. É uma espécie de metáfora para uma relação conflituosa e com feridas abertas.

TVI24

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