Um diário privado de Marilyn Monroe vai ser publicado pela primeira vez na próxima semana. O site do jornal «Le Nouvel Observateur», citado pelo diário «Herald», publicou alguns excertos de documentos que comprovam as tendências suicidas da actriz e o seu carácter depressivo.

«Por que eu sinto esta tortura? Ou por que é que eu me sinto menos humana do que os outros (sempre me senti como se, de alguma forma, eu fosse sub-humana... por que, por outras palavras, acho que sou pior do que os outros)? Até mesmo fisicamente, tenho sempre a sensação de que há alguma coisa errada», escreveu Monroe.

Após o fracasso do seu casamento com o dramaturgo Arthur Miller, Marilyn desabafou no seu diário: «Socorro, socorro, socorro. Sinto que a vida se aproxima quando tudo o que eu quero é morrer». Além disso, a protagonista de «Some Like it Hot - Quanto mais Quente Melhor» confessa que Miller foi a única pessoa em quem confiou durante toda a vida.

Os documentos revelam também que, apesar de toda a fama e sucesso que conquistou, Monroe sentia-se sozinha: «Estou sozinha. Sempre sozinha, independentemente do que aconteça». Noutro texto, a estrela escreve: «Como queria estar morta... Simplesmente não existir».

Numa carta de 1961, Marilyn ainda demonstra que é uma leitora assídua de Freud, apesar de achar que a obra do psicanalista era «deprimente».

No ano seguinte, a estrela foi encontrada morta, após uma overdose de anti-depressivos.

Estes textos pessoais de Marilyn Monroe vão ter a sua edição em inglês a 12 de Outubro.