Postado Dom 10 Out 2010 - 23:33
História
Originalmente a palavra caratê era escrita com os ideogramas 空手 ("mãos vazias") se referindo à Dinastia Tang ou, por extensão, à mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta.
O caratê é, provavelmente, a mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Seus nativos chamavam este estilo de Okinawa-te ("mão de Okinawa"). Os estilos de caratê de Okinawa mais antigos são o Shuri-te, o Naha-te e o Tomari-te, assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.
Em 1820 Sokon Matsumura fundiu os três estilos e criou o estilo shorin (pronúncia japonesa para a palavra chinesa shaolin), que é também a pronúncia dos ideogramas 少林 ("pequeno" e "bosque"). O nome shorin foi dado posteriormente, por Choshin Chibana, ao estilo idealizado pelo mestre Matsumura. Entretanto, os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos, adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, aluno de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o caratê nas ilhas principais do arquipélago japonês.
O caratê de Funakoshi teve origem na versão de Itosu do estilo Shorin-ryu de Matsumura que é comumente chamado de Shorei-ryu. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de Shotokan (Shoto seria seu apelido; o ideograma kan (館) significa prédio ou construção, e portanto shotokan significa "Prédio de Shoto"). O estilo Shotokan foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.
Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o caratê fez a sua transição para o karate-do no início do século XX. O do em karatê-do significa caminho, palavra que é análoga ao familiar conceito de tao. Como foi adotado na moderna cultura japonesa, o caratê está imbuído de certos elementos do zen-budismo, sendo que a prática do caratê algumas vezes é chamada de "zen em movimento". As aulas freqüentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no kata, é consistente com a meditação zen, pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. A influência do zen, nesta arte marcial, depende muito da interpretação de cada instrutor.
A modernização e sistematização do caratê no Japão também incluiu a adoção do uniforme branco (quimono ou karate-gi) e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por [Jigoro Kano], fundador do [judô]. Fotos de antigos praticantes de caratê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o caratê tornou-se popular na Coréia do Sul sob os nomes tangsudo ou kongsudo quando a pratica do taekwondo foi proibida pelos japoneses após sua invasão.
Graduação
As artes marciais provenientes do Japão e Okinawa, apresentam uma variedade de títulos e classes de graduações. O sistema atual de graduação de faixas coloridas é o mais aceito; antes disso, muitos métodos distintos eram usados para marcar os vários níveis dos praticantes. Alguns sistemas recorriam a três tipos de certificados para seus membros:
Shodan ou Shoudan: significando que se havia adquirido o status de principiante.
Chudan ou Chuudan: significava a obtenção de um nível médio de prática. Isso significava que o indivíduo estava seriamente comprometido com sua aprendizagem, sua escola e seu mestre.
Jodan ou Joudan: a graduação mais alta. Significava o ingresso no Okuden (escola, sistema e tradição secreta das artes marciais).
Se o indivíduo permanecia dez anos ou mais junto ao seu mestre , demonstrando interesse e dedicação, recebia o Menkyo, a licença que permitia ensinar. Essa licença podia ter diferentes denominações como: Sensei, Shihan, Hanshi, Renshi, Kyoshi, dependendo de cada sistema em particular. A licença definitiva, que podia legar e outorgar acima do Menkyo, era o certificado Kaiden: além de habilitado a ensinar, implicava que a pessoa havia completado integralmente o aprendizado do sistema.
O sistema atual que rege a maioria das artes marciais usando Kyu ("classe") e Dan ("grau") , foi criado por Jigoro Kano, o fundador do Judô. Kano era um educador e conhecia as pessoas, sabendo que são muitos os que necessitam de estímulos imediatamente depois de haver começado a praticar artes marciais. A ansiedade desse tipo de praticante não pode ser saciada por objetivos a longo prazo.
A graduação no caratê é importante para indicar o nível de experiência dos praticantes, e é vista como sinal de respeito para os atletas menos graduados. Para demonstrar a graduação, os caratecas usam uma faixa de determinada cor na região da cintura. A ordem das cores das graduações varia de estilo para estilo, mas, como padrão, a faixa iniciante é a de cor branca.
Na classificação de faixas coloridas, Kyu significa classe, sendo que essa classificação é em ordem decrescente. Na classificação de faixas pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa-preta a de 1º Dan, a segunda faixa-preta, 2º Dan, e assim por diante, em ordem crescente, até o 10º Dan. Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.
Abaixo as cores de graduação por estilo:
Graduações Karate-Do
Goju-Ryu
Branco 9º kyu
Amarelo 8 kyu
Laranja 7º kyu
Azul 6º kyu
Verde 5º kyu
Roxo 4º kyu
Marrom 3º kyu a 1º kyu
Preto 1º Dan a 10º Dan (10º Dan: existe um só no mundo inteiro e constitui a entidade máxima)
Graduaçao utilizada na Federaçao Nacional de Karatê - Brasil
Shotokan
Na Interestilos:
Branca (9º Kyu)
Cinza(8º Kyu)
Azul (7° Kyu)
Amarela (6º Kyu)
Vermelha (5º Kyu)
Laranja (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º a 10º Dan)
Em outras:
Branca (9º Kyu)
Amarela (8º Kyu)
Laranja(7° Kyu)
Verde (6º Kyu)
Azul (5º Kyu)
Vermelha (4º Kyu)
Marrom (3º a 1º Kyu)
Preta (1º a 10º Dan)
[editar] Kenyu-Ryu
Branco 6º kyu
Amarelo 5º kyu
Laranja 4º kyu
Verde 3º kyu
Roxo 2º kyu
Marrom 1º kyu
Preto 1º Dan a 10º dan
Goju-Kai Linhagem de Gogen Yamaguchi (IKGA)
Branco 7º kyu
Amarelo 6 kyu
Laranja 5º kyu
Azul 4º kyu
Verde 3º kyu
Roxa 2º kyu
Marrom 1º kyu
Preto 1º Dan a 9º dan (o 10º Dan só é legado ao fundador)
Goju-ryu Seigokan
Branca (12º Kyu)
Branca uma ponta(11° kyu) (para menores de 7 anos)
Branca duas pontas (10º Kyu) (para menores de 7 anos)
Amarela (9º Kyu)
Amarela uma ponta (8º Kyu)
Amarela duas pontas (7º Kyu)
Verde (6º Kyu)
Verde uma ponta(5º Kyu)
Verde duas pontas(4º Kyu)
Marrom (3º Kyu)
Marrom uma pontas(2º Kyu)
Marrom duas pontas(1º Kyu)
Preta (1º ao 10º Dan)
No Brasil começa-se no 13º kyu e, além de faixa branca, o sistema de pontas é utilizado na seguinte faixa:
Cinza (12º kyu)
Cinza uma ponta (11º kyu)
Cinza duas pontas (10º kyu)
Cada país escolhe a melhor forma de colocar as pontas. No Brasil, utilizam-se pontas pretas, como no Japão; mas, na Europa, as pontas são conforme as cores da próxima faixa (ex.: amarela, com uma ponta verde).
Genseiryu
Ao Obi (9° kyu) Blue
Ao Obi (8° kyu) Blue
Ao Obi (7° kyu) Blue
Midori Obi (6° kyu) Green
Midori Obi (5° kyu) Green
Midori Obi (4° kyu) Green
Murasaki Obi (3° kyu)
Murasaki obi (2° kyu)
Tyaro Obi (1° kiu)
Kuro Obi (1° Dan) Black
Toshinkai
Branca (10º Kyu)
Laranja (9º Kyu) - esta, apenas para menores de 14 anos
Amarela/Branca (8º Kyu)
Amarela (7º Kyu)
Azul/Branca (6º Kyu)
Azul (5º Kyu)
Verde/Branca (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Marrom/Branca (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º a 8º Dan)
Taiyokan
Branca (10º Kyu) - Faixa exclusiva para crianças
Cinza (9º Kyu) - Faixa exclusiva para crianças
Azul Clara (8º Kyu) - Faixa exclusiva para crianças
Azul Escura (7º Kyu) - Faixa exclusiva para crianças
Amarela (6º Kyu)
Laranja (5º Kyu)
Vermelha (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º a 10º Dan)
Seiwakai
Branco (9 kyu)
Azul (8º à 7º Kyu)
Amarela (6º à 5º Kyu)
Verde (4º à 3º Kyu)
Marrom (2º à 1º Kyu)
Preta (1º a 10º Dan)
Kyokushin
Branca (10° kyu)
laranja (9° kyu)
azul (8° a 7° kyu)
amarela (6° a 5° kyu)
Verde (4° a 3° kyu)
Marrom (2° a 1° kyu)
Preta (1° a 9° Dan)
Faixa Branca 7º Kyu (Iniciante) Faixa Amarela 6º Kyu Faixa Vermelha 5º Kyu Faixa Laranja 4º Kyu Faixa Verde 3º Kyu Faixa Roxa 2º Kyu Faixa Marrom 1º Kyu Faixa Preta 1º DAN
Shorin-Ryu
Branca (7º Kyu)
Vermelha (graduação intermediária, em desuso, concedida para crianças de até 9 anos)
Amarela (6º Kyu)
Laranja (5º Kyu)
Azul (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º a 6º Dan)
Vermelha e Branca (7º e 8° Dan)
Vermelha (9º e 10º Dan)
Shorinji
Branca (7º Kyu)
Amarela (6º Kyu)
Vermelha (5° Kyu )
Verde (4º Kyu)
Laranja (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom (1º Kyu)
Preta (1º a 10º Dan)
Uechi-ryu
Branca (10º Kyu)
Azul Claro (9° Kyu)
Roxa (8° Kyu)
Vermelha (7° Kyu)
Amarela (6° Kyu)
Laranja (5° Kyu)
Verde (4° Kyu)
Azul Escuro (3° Kyu)
Marrom (2° Kyu)
Marrom (1° Kyu)
Preta (1° Dan)
Estilos
No caratê, há um grande número de estilos e escolas. Os mais conhecidos atualmente são: Shotokan, a escola Shotokai, Shorin-ryu, Goju-ryu, Uechi Ryu , Wado-ryu e Shito-ryu. Todos eles criados na primeira metade do século XX, exceto o Shorin-ryu. O Kyokushin ("verdade final") é outro estilo muito popular, apesar de mais recente. Além desses, existem: Shobayashi, Matsubayashi-ryu, Kobayashi-ryu, Matsumura Seito e Matsumura Motobu. Desses se originaram estilos como Chito-ryu, Shorinji-ryu (Kempo) e Shorei-ryu. Outros estilos importantes incluem o Seido, Shudokan, Shukokai, Kenyu Ryu, Isshin-ryu e Shindo-jinen-ryu. Alguns mestres do caratê criaram estilos que são a combinação de vários estilos, como o JIKC (Japanese International Karate Center) ou o Kata Shubu Do Ryu.
Assim, é possível relacionar a seguinte lista de estilos:
Ansatsuken
Chito-ryu
Goju-ryu
Goju-ryu Seiwakai (não tem relação com o estilo dissidente da kyokushin)
Goju-ryu Hakkoku Shobukan
Goju-Ryu Seigokan ou Seigokai
Goju-Ryu Goju-Kai
Isshin-ryu
Kenyu Ryu
Kobayashi-ryu
Kyokushin Fundador: Masutatsu Oyama
Kyokushinkaikan
Taiyokan
Toshinkai- Fundador: Kancho Yuji Shimizu, faixa preta 8ºdan/Japão
Kuei-Shin - Mestre em atividade: Ailton Bichara Grillo (estilo em extinção)
Matsubayashi-ryu
Matsumura Seito
Matsumura Motubu
Rengo-kai - Fundador: Mestre Luis Kuribara
Seido
Seiwakai - Fundador: o brasileiro Kancho Ademir da Costa
Shinkyokushin - Presidente da WKO (World Karate Organization) é Shihan Kenji Midori, aluno direto de Masutatsu Oyama
Shorin-ryu - Fundador: Mestre Peichin Takahara
Shorinji
Shindo jinen-ryu
Shitoryu - Fundador: Mestre Kenwa Mabuni
Shobayashi
shubu-do- Mestre Edson Carlos de Oliveira
Shobu-ryu- Fundador: Mestres Emerson Martins e Eromilson Mello.
Shorei-ryu
Shobukan - Fundador: Mestre Massanobu Shinjo
Shotokan - Fundador: Mestre Gichin Funakoshi
Shotokai - Linhagem de Shotokan desenvolvida por vários discípulos do Mestre Gichin Funakoshi, podendo-se destacar o Mestre Shigueru Egami
Senshinkai - Fundador: so-shihan Hiroaki Fuchigami
Shukokai
Shukokai
Uechi-ryu
Wado-ryu - Fundador: Mestre Hironori Otsuka
Wado-kai
Jun wa-kan
KenkaRyu
Shidokan
Kibokushin
Heik okai
Deai osae
Kenshi kai
Bayakuren kaikan
Randori kai
Sekishinkan
Genseiryu
Bukeiko-Ryu
Bushido-Ryu
Estilo e escola
Em termos de artes marciais, há que se notar que a palavra Escola não tem o mesmo sentido empregado no uso comum. O caratê é uma arte marcial que se subdivide em diversos estilos, o Shorin-ryu sendo um dos mais antigos entre eles. Cada estilo (ryu) é uma forma particular de se praticar uma determinada arte marcial. Neste sentido, membros de estilos diferentes terão nomes diferentes para golpes semelhantes, katas e kihons próprios, diferentes progressões de faixa e até mesmo metodologias de ensino variadas. O que une os diferentes estilos é a consciência de que são como galhos de uma mesma árvore, que, no caso, é a arte marcial em questão.
As escolas (kan), por sua vez, são visões particulares de um determinado estilo. Muitas vezes, elas se originam como tributos a mestres muito graduados e, algumas vezes, acabam se transformando em estilos propriamente ditos, como foi o caso do estilo Shotokan, que deve ser mais corretamente chamado de Shotokan-ryu (uma vez que Shotokan seria a Escola de Shoto e Shotokan-ryu seria o Estilo da Escola de Shoto). Uma escola, em termos de artes marciais, não é, portanto, um local de aprendizado de técnicas, mas um conjunto de idéias dentro de um estilo. O local de aprendizado é chamado de Dojo, sendo este filiado a alguma escola. É no Dojo que as pessoas aprendem caratê.
O caratê também pode ser praticado como um esporte competitivo, muito embora não possua status de esporte olímpico como o Judô e o Taekwondo. Isto se deve ao fato de que não há uma organização centralizadora para o caratê, assim como não existem regras uniformes entre os diversos estilos. A competição pode ser tanto de kumite como de kata e os competidores podem participar individualmente ou em grupo. Vale lembrar, no entanto, que o caratê é considerado como modalidade olímpica, reconhecida pelo COI em 1999, uma vez que está de acordo com a Carta Olímpica. A Organização Mundial de Administração que foi reconhecida é a Federação Mundial de Karatê.
Na competição de kata, pontos são concedidos por cinco juízes, de acordo com a qualidade da performance do atleta, de maneira análoga à ginástica olímpica. São critérios fundamentais para uma boa performance a correta execução dos movimentos e a interpretação pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos (bunkai). Quando o kata é executado em grupo (usualmente, de três atletas), também é importante a sincronização dos movimentos entre os componentes do grupo. Além da pontuação, pode ser utilizado o sistema de bandeiras, no qual dois atletas ou grupos executam o kata e, pela cor da bandeira (correspondente à cor da faixa utilizada pelo atleta ou pelo grupo), é designado o atleta ou o grupo classificado para a próxima etapa.
No kumite, dois oponentes (ou duas equipes de lutadores) enfrentam-se por um tempo, que pode variar de dois a cinco minutos. Os pontos são concedidos, tanto pela técnica, quanto pela área do corpo em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além disso, o kumite pode ser de semi-contato (como no estilo Shotokan), ou de contato direto (como no estilo Kyokushin).
Sistema de disputa e de pontuação utilizado pela Confederação Brasileira de Karatê-do (CBK), e entidades a ela filiadas:
Ippon (um ponto) - soco na área do abdome, do peito, do rosto ou das costas, com o oponente de pé, independentemente do mesmo estar de costas ou não.
Nihon (dois pontos) - chute na área do abdome, do peito ou das costas, com o oponente de pé, independentemente do mesmo estar de costas ou não.
Sanbon (três pontos) - chute na cabeça, com contato controlado (ou, dependendo da categoria em disputa, com aproximação de 5 cm a 10 cm, desde que o oponente não esboce reação), independentemente do oponente estar caído ou não; derrubar o oponente com técnica de varredura ou projeção e, num intervalo de até 3 segundos, aplicar uma técnica pontuável, desde que o oponente esteja completamente caído e sem chances de contra-atacar (se o oponente for atingido durante a trajetória de queda por qualquer golpe pontuável que não seja chute na cabeça, outorga-se a mesma pontuação que seria outorgada se o oponente estivesse de pé).
Neste sistema, os atletas se enfrentam numa luta cronometrada, que pode durar de 1 minuto e meio a 4 minutos. Os atletas são identificados pela cor da faixa e das luvas (azuis ou vermelhas). É obrigatório usar as luvas (da mesma cor que a faixa) e o protetor bucal; no caso de atletas femininas maiores de 15 anos, é obrigatório o uso de protetor de seios interno, na cor branca. O uso de caneleiras é facultativo; caso sejam utilizadas, devem ser no modelo aprovado pela WKF (com protetores de pés incluídos) e da mesma cor que a faixa e as luvas. Outros protetores são aconselháveis, mas só podem ser usados aqueles constantes do regulamento da competição. A federação não empresta equipamentos aos atletas: cada um deve ter o seu. Quem não usa os equipamentos obrigatórios é desclassificado, dando a vitória ao seu adversário.
Há, ainda, confederações que utilizam sistema semelhante a este. Por exemplo, a Confederação Brasileira de Karatê-do Interestilos (CBKI), bem como as entidades filiadas à mesma, utilizam wazari (meio ponto - ○), para chutes chudan (altura do tronco) e socos em qualquer região pontuável; e ippon (um ponto - ●), para chutes jodan (altos), ou golpes indefensáveis (geralmente, com o oponente caído ou de costas). Neste sistema de luta, o combate termina quando o tempo expira ou quando um dos dois oponentes atinge três pontos (sanbon), daí o nome do sistema de disputa ser Shobu Sanbon (disputa por três pontos). Uma variação desse sistema é o Shobu Ippon (disputa por um ponto), onde vence aquele que conseguir um ippon ou dois wazari. Há, ainda, outra variação: Shobu Nihon (disputa por dois pontos), na qual vence aquele que obtiver dois ippon ou quatro wazari. Em competições nacionais, no Brasil, é comumente utilizado este último sistema para atletas de qualquer faixa etária, com o uso obrigatório de luvas (do próprio atleta; preferencialmente, no modelo aprovado pela WKF), colete peitoral externo e capacete com grade facial (estes últimos são emprestados pela federação, e os atletas utilizam-nos apenas durante a luta), com o tempo de luta de 2 minutos corridos (o relógio só pára por intervenção médica, ou por qualquer motivo que comprometa a segurança de um dos competidores, ou de ambos, e que prejudique o curso normal da disputa). Em torneios internacionais, o Shobu Nihon é empregado em categorias abaixo de 15 anos; para as categorias com faixa etária maior de 15 anos, utiliza-se o Shobu Sanbon (os atletas não usam o capacete nem o colete) ou o Shobu Ippon (além de não usar capacete nem colete, as luvas são de um modelo específico para este sistema de disputa), ambos os sistemas adotando o tempo de luta de 2 minutos cronometrados (categorias abaixo de 15 anos) ou 3 minutos cronometrados (demais categorias). Em qualquer um dos sistemas, o uso de protetor bucal é obrigatório para atletas maiores de 10 anos, independentemente do uso do capacete (menores de 10 anos não são obrigados, mas é aconselhável usar o protetor bucal), bem como o protetor de seios para atletas do sexo feminino maiores de 15 anos. Além disso, em competições internacionais, as luvas devem ser da mesma cor utilizada para identificar o atleta (branca ou vermelha). Outros protetores são aconselháveis, mas só podem ser usados aqueles constantes do regulamento da competição.
Dojo kun
É o conjunto de cinco preceitos (kun) que são normalmente recitados no começo e no fim das aulas de caratê no dojo (local de treinamento). Estes preceitos representam os ideais filosóficos do caratê e são atribuídos a um grande mestre da arte do século XVIII, chamado Tode Sakugawa.
一、人格完成に努むること
Hitotsu jinkaku kansei ni tsutomuru koto
Esforçar-se para a formação do caráter.
Esforçar-se para a formação do caráter.
一、誠の道を守ること
Hitotsu makoto no michi o mamoru koto
Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.
Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.
一、努力の精神を養うこと
Hitotsu do ryoku no seishin o yashinau koto
Criar o intuito do esforço.
Criar o intuito do esforço.
一、礼儀を重んずること
Hitotsu reigi o omonzuru koto
Respeito acima de tudo.
Respeito acima de tudo.
一、血気の勇を戒むること
Hitotsu keki no yu o imashimeru koto
Conter o espírito de agressão.
Conter o espírito de agressão.
Em japonês, o Dojo kun sempre começa com a palavra Hitotsu (primeiro), pois, para o pai do caratê, todos os preceitos são importantes e devem ser exercidos igualmente.
Técnicas do Karatê
Bases
Chutes
Defesas
Pancadas
Socos
Técnicas do Karatê
Técnicas de cabeça e ombros
Técnicas de mão
Técnicas de pé
Vocabulário
Dan: nível de faixas pretas
Kyu: nível de faixas abaixo da preta
Gyaku golpe com a mão aposta à perna que está à frente
Oi: golpe com a mesma mão que a perna que está à frente
Sonoba: parado
Kimé: união de força mental e física
Gedan: zona baixa
Gohon Kumitê: trabalho com o adversário,em cinco passos
Hajimê: começar
Hikitê: puxar um punho ao quadril, enquanto o outro trabalha
Ippon kumitê: trabalho com o adversário, em um passo
Jodan: zona alta
Yoko: lateral
Mawashi: semicírculo
Mae: frontal
Kamaê: colocar-se em posição
Kiai: união da respiração com a voz, momento em que se liberta o máximo de força e velocidade
Kihon: trabalho de todas as técnicas de deslocação
Hantai: dar meia-volta
Seiza: em posição para a saudação
Chudan: zona média
Yamé: parar
Yoi: posição de partida
Geri: chute
Zuki: soco
Uke: defesa
Shuto: golpe com a mão aberta
Shotei: golpe com a palma da mão
Hiji ou Empi: golpe com o cotovelo
Hiza: golpe com o joelho
Kakato: golpe com o calcanhar
Hantei: decisão por bandeirada (votação dos árbitros auxiliares) de uma luta empatada
Hiki-Waki: empate
Nokachi: vitória
Shiro: competidor de branco, ainda usado em competições da FPKI e da CBKI
Aka: competidor de vermelho
Ao: competidor de azul
Dachi: posição das pernas (Exemplo: fudo-dachi, zenkutsu-dachi, shiko-dachi, ukiashi-dachi, etc)
Ushiro: parte de atrás
Ashiro: golpe giratório
Tobi: golpe pulando
Uchi: Golpe de dentro para fora
Soto : Golpe de Fora para dentro
Shodan: primeiro (1º)
Nidan: segundo (2º)
Sandan: terceiro (3º)
Yondan: quarto (4º)
Godan: quinto (5º)
Nihon: duplo
Sanbon: triplo
Yonbon: quádruplo
Gohon: quíntuplo
Juji: defesa cruzada com pulso
Kakiwake : defesa ou golpe dupla cada um no lateral.
Ichi : Um
Ni : Dois
San : Três
Shi ou Yon : quatro
Go : Cinco
Roku : Seis
Shichi : Sete
Hachi : oito
Kyuu : Nove
Jyuu : Dez
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Carat%C3%AA