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#1
 OAlmeida10

OAlmeida10
Membro
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Levantei-me cedo naquele dia, tinha combinado dar uma volta de bicicleta com os meus amigos. Vesti uns calções e uma t-shirt, nem me penteei, passei no bar e comprei uma garrafa de água, a subida ia ser dura, a ir para o local combinado passei junto à casa dela, era o dia do seu aniversário. À tarde íamos estar juntos, abanei a cabeça fazendo-me de forte e querendo desviar os meus pensamentos para outro lado. Lá ao fundo da rua chegavam os meus colegas, saca às costas, sorriso nos lábios, prontos para a aventura, pus os óculos de sol e lá fomos nós. A manhã passou-se e sempre a pensar nela e no que estaria ela a fazer, por vezes mesmo fugindo da estrada e tendo problemas em segurar a bicicleta, só queria chegar à hora de a ver. Cheguei a casa, tomei um banho, vesti aquela roupa que ela gosta, gastei o pouco gel que ainda me restava ao pentear-me como ela gostava. Pus o perfume que ela sempre elogiou, e levei a pulseira igual à dela que comprei para me lembrar dela. Cheguei ao local do encontro, estavam lá todos, todods aqueles que durante um ano estiveram presentes, mas os meus olhos só iam na direcção dela, nem sequer fingia o contrário, mas a coragem não apareceu e nem os parabéns fui capaz de lhe dar, estava bloqueado. Notei que ela me olhava de forma especial, com um brilhozinho nos olhos, talvez lembrando-se dos dias que levava a roupa apenas para a agradar, do penteado que ela tantas vezes mexeu, do perfume que ele cheirou sempre que me abraçava. Passei junto a ela. Também ela trazia o perfume que mais gostava, olhei-a de alto a baixo, trazia a camisola azul que eu tanto gostava, apercebia-me agora que ela também pensou no mesmo que eu. Podia, talvez, ser aquele o dia em que faríamos as pazes, mas não, eu não podia voltar a deixar-me cair nos braços dela. Já tinha sofrido muito, tinha de aprender o signficado da palavra basta. Ela notou que a estava a admirar com os olhos, piscou-me o olho e deitou a língua de fora, ela sabe o quanto gosto que me faça aquilo, deu-me um arrepio, todo o meu eu tremeu, mas não podia falhar agora, virei costas fazendo de conta não ter visto nada, olhei pelo canto do olho e ela estava cabisbaixa, fiquei também eu triste, mas não podia ir abaixo, fui ter com os amigos da manhã para falarmos das nossas peripécias, tentei não a olhar, mas na verdade estava sempre a pensar nela. E passaram-se dias e dias nisto, a cada dia que passava era mais doloroso, vestia-me e arranjava-me para ela como antes, mas não podia fazer com que ela aproveitasse. Chorei muitas vezes, mas fui sempre forte, nunca desisti, fui um autêntico homem ao fazer o que achava melhor para mim. Já tinha passado quase um mês desde o dia dos anos dela, acordei cedo, ia partir de férias nesse dia, eu, o meu melhor amigo, uma confidente, um amigalhaço e ... ela! Não podia acreditar, agora ainda mais difícil seria, como poderia eu resistir a tudo isto? Levantei a cabeça, e decidi que ia passar um dia de cada vez, tentando sempre nunca quebrar. Dia após dia fui-me sempre aguentando, uns dias melhor, outros pior, mas sempre me aguentei. Chegou o último dia, estavamos no nosso habitual voley de praia, até que numa brincadeira, caímos os dois, eu e ela, ficamos practicamente colados, esquecemos a bola, passei-lhe a mão no rosto, como antes, ela sorriu, como antes, encostei a minha testa na dela e jurei-lhe que ainda a amava, ela ficou séria, notava-se o seu nervosismo, nervosismo esse que se apoderou de mim. Fiquei sem palavras, ela soltou uma palavra apenas, ''desculpa'', fiquei sem entender nada. Os nossos amigos chamaram-nos cortando o ambiente, mas não podia acabar ali aquilo, não mais prestei atenção ao jogo, notei que ela também não, várias vezes cruzamos olhares tentando depois disfarçar. Não era possível. Ambos sabíamos que tínhamos de falar, terminamos ambos o almoço mais cedo, quase nem almoçamos com o nervosismo, encontramo-nos num banco atrás do apartamento, foi o destino.

- Olá. - disse ela a medo
- Olá. - retribui
- Sabes...
- Diz.
- Aquilo hoje...
- Sim...
- Não é por nada, mas não sei como explicar.
- Posso fazer eu as perguntas?
- Se calhar ajuda - retorquiu ela
- Porque pediste desculpa? - disse eu tremendo
- Por tudo o que te fiz passar no passado
- Então desculpa eu também.
- Porquê?
- Por tudo o que te fiz passar neste mês. - disse eu culpado.
- Fizeste o que eu merecia.
- Eu sei que não achas isso.
- Pois não. Tens razão.
- Perdoas-me?
- Agora?
- Sim, fui um parvo.
- Não, Vitor! Fizeste a tua escolha.
- Não imaginas o que custou ignorar-te.
- Mas fizeste-o, achas que não me custou a mim?
- Não acredito que não seja especial para ti.
- És especial sim, mas o teu tempo passou, agora vou ser feliz à minha maneira.
- Mas eu amo-te.
- Mas eu fiz de tudo para te ter de volta, e tu simplesmente armaste-te em forte, foi preciso uma queda para te aproximares de mim.
- Desculpa.
- Não posso.
- Mas eu já te disse que te amo.
- Neste momento as palavras voam com o vento, apenas os gestos ficam, e os teus não foram os melhores.


Ambos choramos, viramos costas e seguimos o nosso caminho, nunca olhei para trás, sabia que ela não o faria também. Pensei em todos os momentos especiaias que tive com ela. Foram muitos. Podia não ter ficado com ela, mas fiquei com uma lição para a vida...

#2
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
Moderadora
😢 :
está lindo !

#3
 Carolina Barroso

Carolina Barroso
Membro
Membro
Está muito bonito :')

#4
 MsFilipa93

MsFilipa93
Membro
Membro
lindíssimo *

#5
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