Postado Qui 27 Jan 2011 - 15:59
1 – Um nome que não apareça nas canecas de loja
Sim, estamos num país livre. Está bem, há quem goste genuinamente de se chamar Otolinda ou Anacleto. Mas pense na tristeza que é para uma criança entrar naquelas lojas que vendem canecas personalizadas e não encontrar nenhuma Otolinda nem Anacleto... E experimente entrar na papelaria que vende ursinhos com nomes (já para não falar em porta-chaves ou pulseiras ou pratinhos da feira ou pulseiras hippie ou...) e explicar à sua criança por que é que há ursinhos Luises e Leonores mas de Anacleto e Otolinda, nem cheiro… Antes de pôr um nome ao bebé, dê uma olhadela às canecas e aos ursos.
2 – Um nome de que as outras crianças riam
Experimente chegar ao recreio de uma escola e gritar o nome que escolheu. Se ouvir alguém rir, esqueça. As crianças são cruéis e pegam por tudo, portanto, se puder evitar que peguem pelo nome, é uma preocupação futura a menos que poupa à sua criança. E pior, imagine-a no futuro: chega um rapaz de quem ela gosta e pergunta-lhe, e tu, como te chamas, e ela coitadinha, em vez de Inês ou Mariana, tem de lhe atirar com um 'Dooooormelynda Andddrómeda'... Pois está bem que daqui a 20 anos se calhar ninguém vai achar estranho (daqui a 20 anos se calhar já nem sequer vai haver homens) mas pelo sim plo não, é melhor prevenir.
3 – Um nome que a avó não saiba dizer
“Ó avó, vai ter um novo neto. Vai chamar-se…” Aí preste atenção: se a avó pedir para repetir, escolha outro nome. Por outro lado, nem sempre é bom pedir palpites: a maioria das avós achariam lindo que a criança se chamasse Laurentina como elas próprias ou Jeremias como o avô.
4 – Um nome que não jogue com o apelido
Um nome não existe sozinho: verifique como é que soa com os apelidos, especialmente com o último. Se o seu apelido é Pestana, porquê chamar-lhe logo João, coitadinho? Pense ainda nas rimas: imagine que o seu apelido é, digamos, Falcão. Sebastião Falcão, por exemplo, seria lindo para sino de campanário, mas para nome soa um bocadinho ribombante… Enfim, como já dissemos, há pior (há sempre).
5 – Um nome que mais ninguém tenha…
Sim, estamos num país livre, e, o que é pior, num país de poetas. Se o seu sonho sempre foi chamar Samaaantha Vallenttyna à sua filha, olhe, avance. Apesar de tudo, há desgraças (e nomes) piores (há sempre). Mas em caso de dúvida, prefira um nome banal a um arroubo de fantasia. Lembre-se que não está a dar nome a uma personagem de romance: se quer chamar Petra Cordélia ou Valentim Arlindo a alguém, não será melhor (e atenção que, enfim, isto é só uma pergunta) não será melhor escrever um livro? Sim, com um nome original a criança vai de certeza ficar inesquecível, mas quem lhe diz a si que ela quer ser inesquecível por essa razão? Há muitas outras razões pela qual uma pessoa se pode tornar inesquecível. Um nome deve vir pronto a encher, não ser um peso logo à partida.
6 - Um nome que toda a gente tenha
Investigue uma qualquer turma de 5 anos: vai encontrar 3 Inêses, 2 Carolinas, 4 Beatrizes e 35 Marias… São nomes lindos, pois são, que nunca envergonharão ninguém, mas com tanto nome por esse mundo fora, para quê repetir os mais postos? Actualmente, se chamar Inês ou Beatriz à sua filha arrisca-se a tê-la constantemente atrelada ao apelido. Será sempre ‘a Inês Saraiva’ ou ‘a Beatriz Pais’ para se distinguir de todas as outras Inêses e Beatrizes.
Se escolher um nome demasiado banal, a sua criança pode ter o dobro da dificuldade em se afirmar. Se lhe chamar Ana e pronto, ela passará a vida a dizer que se chama Ana Silva, e as pessoas passarão a vida a esquecer-se.
7 – Um nome de que NINGUÉM goste
Há gostos e gostos, estamos num país livre (take 3) e não tem que seguir o rebanho. Geralmente quando se manda um nome para o ar, há sempre quem goste quem não goste. Mas se TODA a gente odeia, enfim… Talvez seja melhor pensar um bocadinho. É mesmo essa a reação que quer legar à sua criança para o resto da vida?
8 – Um nome de que um dos pais não goste
Ele quer mesmo mesmo mesmo chamar Desidério à criança porque já era o nome do avô e do bisavô, mas você não está pelos ajustes? Se for um nome mesmo esquisito, imponha-se: coragem, não deixe! Mesmo que seja uma promessa que ele fez no leito de morte da avózinha. Alternativas: pode sempre lembrar-se de outro tio ou avô com um nome mais aceitável. Ou o melhor amigo dele. O avançado-centro do clube (arrisca-se a que seja Ronaldo, mas enfim, nos tempos que correm, há pior). Se não gostar mesmo, não deixe. Pense que a sua criança lhe vai agradecer, um dia, por não deixar que ele fosse Desidério V. Medida de emergência: pode sempre pôr-lhe um segundo nome decente e chamá-lo assim. Desidério Luís.
E COMO SE CHAMAM OS FILHOS DOS FAMOSOS?
Pelo menos, uma coisa é certa: por muito nome esquisito que se chame a uma criança portuguesa, ainda não estamos no Canadá, onde um casal enfrenta uma multa por ter chamado aos filhos Kitchen, Bedroom e Garage (Cozinha, Quarto e Garagem).
Em Hollywood, está a tornar-se impensável chamar Mary ou John a uma criança. Alguns dos filhos dos famosos chamam-se, só para dar um exemplo, Fifi Trixibelle (filha de Bob Geldof, a pobrezinha tem ainda duas irmãs chamadas Peaches e Pixie, e uma meia-irmã que responde pela graça de Heavenly Hiraani Tiger Lily). Outros dois campeões de nomes originais são Frank Zappa (pai de Dweezil, Moon Unit, Ahmet Emuuka Rodan e Diva) e Bruce Willis (que chamou às filhas Rummer Glenn, Scout Larue e Talullah Belle).
Os vips portugueses, tirando algumas exceções, são mais comedidos. Por aqui, a onda parece ser a inversa: a de pôr os mesmos nomes a todos os miúdos, o que parece corresponder, além do gosto pessoal, à tendência para proteger uma criança dando-lhe um nome que já se sabe que será bem aceite socialmente. Depois da avalanche de Joanas, a actual ‘campeã’ continua Mariana (Nicolau Breyner, Júlio Isidro, Carlos Cruz, Simão Sabrosa e Jorge Gabriel, entre outros, têm uma Mariana em casa), seguida de muito perto por Carolina, (Júlia Pinheiro, Patrícia Tavares, Luis Represas, Cláudia Piloto, Carlos Xavier), Beatriz (Catarina Tallon, Vitor Baía, João Melo, Fátima Lopes) e Francisca (Júlio Isidro, Rita Salema, D. Duarte, Cláudia Piloto). Também muito escolhidos entre os nossos famosos são Matilde, Maria, Marta, Constança, e Catarina.
Entre os rapazes também existem ‘campeões de bilheteira’. Um deles é António (Rui Reininho, Carlos Xavier, Maria Manuel Cyrne), outro é Martim (Joana Lemos, Rute Marques, Margarida Mercês de Melo), seguido de Afonso (D. Duarte, Elsa Raposo) e Guilherme (Sofia Alves, Luis Esparteiro). Também escolhidos são Tomás, Gonçalo, Francisco, Manuel, Vasco, João Qualquer Coisa e José Qualquer Coisa. Vamos ver quais são os nomes que se seguem.
Fonte:activa
Sim, estamos num país livre. Está bem, há quem goste genuinamente de se chamar Otolinda ou Anacleto. Mas pense na tristeza que é para uma criança entrar naquelas lojas que vendem canecas personalizadas e não encontrar nenhuma Otolinda nem Anacleto... E experimente entrar na papelaria que vende ursinhos com nomes (já para não falar em porta-chaves ou pulseiras ou pratinhos da feira ou pulseiras hippie ou...) e explicar à sua criança por que é que há ursinhos Luises e Leonores mas de Anacleto e Otolinda, nem cheiro… Antes de pôr um nome ao bebé, dê uma olhadela às canecas e aos ursos.
2 – Um nome de que as outras crianças riam
Experimente chegar ao recreio de uma escola e gritar o nome que escolheu. Se ouvir alguém rir, esqueça. As crianças são cruéis e pegam por tudo, portanto, se puder evitar que peguem pelo nome, é uma preocupação futura a menos que poupa à sua criança. E pior, imagine-a no futuro: chega um rapaz de quem ela gosta e pergunta-lhe, e tu, como te chamas, e ela coitadinha, em vez de Inês ou Mariana, tem de lhe atirar com um 'Dooooormelynda Andddrómeda'... Pois está bem que daqui a 20 anos se calhar ninguém vai achar estranho (daqui a 20 anos se calhar já nem sequer vai haver homens) mas pelo sim plo não, é melhor prevenir.
3 – Um nome que a avó não saiba dizer
“Ó avó, vai ter um novo neto. Vai chamar-se…” Aí preste atenção: se a avó pedir para repetir, escolha outro nome. Por outro lado, nem sempre é bom pedir palpites: a maioria das avós achariam lindo que a criança se chamasse Laurentina como elas próprias ou Jeremias como o avô.
4 – Um nome que não jogue com o apelido
Um nome não existe sozinho: verifique como é que soa com os apelidos, especialmente com o último. Se o seu apelido é Pestana, porquê chamar-lhe logo João, coitadinho? Pense ainda nas rimas: imagine que o seu apelido é, digamos, Falcão. Sebastião Falcão, por exemplo, seria lindo para sino de campanário, mas para nome soa um bocadinho ribombante… Enfim, como já dissemos, há pior (há sempre).
5 – Um nome que mais ninguém tenha…
Sim, estamos num país livre, e, o que é pior, num país de poetas. Se o seu sonho sempre foi chamar Samaaantha Vallenttyna à sua filha, olhe, avance. Apesar de tudo, há desgraças (e nomes) piores (há sempre). Mas em caso de dúvida, prefira um nome banal a um arroubo de fantasia. Lembre-se que não está a dar nome a uma personagem de romance: se quer chamar Petra Cordélia ou Valentim Arlindo a alguém, não será melhor (e atenção que, enfim, isto é só uma pergunta) não será melhor escrever um livro? Sim, com um nome original a criança vai de certeza ficar inesquecível, mas quem lhe diz a si que ela quer ser inesquecível por essa razão? Há muitas outras razões pela qual uma pessoa se pode tornar inesquecível. Um nome deve vir pronto a encher, não ser um peso logo à partida.
6 - Um nome que toda a gente tenha
Investigue uma qualquer turma de 5 anos: vai encontrar 3 Inêses, 2 Carolinas, 4 Beatrizes e 35 Marias… São nomes lindos, pois são, que nunca envergonharão ninguém, mas com tanto nome por esse mundo fora, para quê repetir os mais postos? Actualmente, se chamar Inês ou Beatriz à sua filha arrisca-se a tê-la constantemente atrelada ao apelido. Será sempre ‘a Inês Saraiva’ ou ‘a Beatriz Pais’ para se distinguir de todas as outras Inêses e Beatrizes.
Se escolher um nome demasiado banal, a sua criança pode ter o dobro da dificuldade em se afirmar. Se lhe chamar Ana e pronto, ela passará a vida a dizer que se chama Ana Silva, e as pessoas passarão a vida a esquecer-se.
7 – Um nome de que NINGUÉM goste
Há gostos e gostos, estamos num país livre (take 3) e não tem que seguir o rebanho. Geralmente quando se manda um nome para o ar, há sempre quem goste quem não goste. Mas se TODA a gente odeia, enfim… Talvez seja melhor pensar um bocadinho. É mesmo essa a reação que quer legar à sua criança para o resto da vida?
8 – Um nome de que um dos pais não goste
Ele quer mesmo mesmo mesmo chamar Desidério à criança porque já era o nome do avô e do bisavô, mas você não está pelos ajustes? Se for um nome mesmo esquisito, imponha-se: coragem, não deixe! Mesmo que seja uma promessa que ele fez no leito de morte da avózinha. Alternativas: pode sempre lembrar-se de outro tio ou avô com um nome mais aceitável. Ou o melhor amigo dele. O avançado-centro do clube (arrisca-se a que seja Ronaldo, mas enfim, nos tempos que correm, há pior). Se não gostar mesmo, não deixe. Pense que a sua criança lhe vai agradecer, um dia, por não deixar que ele fosse Desidério V. Medida de emergência: pode sempre pôr-lhe um segundo nome decente e chamá-lo assim. Desidério Luís.
E COMO SE CHAMAM OS FILHOS DOS FAMOSOS?
Pelo menos, uma coisa é certa: por muito nome esquisito que se chame a uma criança portuguesa, ainda não estamos no Canadá, onde um casal enfrenta uma multa por ter chamado aos filhos Kitchen, Bedroom e Garage (Cozinha, Quarto e Garagem).
Em Hollywood, está a tornar-se impensável chamar Mary ou John a uma criança. Alguns dos filhos dos famosos chamam-se, só para dar um exemplo, Fifi Trixibelle (filha de Bob Geldof, a pobrezinha tem ainda duas irmãs chamadas Peaches e Pixie, e uma meia-irmã que responde pela graça de Heavenly Hiraani Tiger Lily). Outros dois campeões de nomes originais são Frank Zappa (pai de Dweezil, Moon Unit, Ahmet Emuuka Rodan e Diva) e Bruce Willis (que chamou às filhas Rummer Glenn, Scout Larue e Talullah Belle).
Os vips portugueses, tirando algumas exceções, são mais comedidos. Por aqui, a onda parece ser a inversa: a de pôr os mesmos nomes a todos os miúdos, o que parece corresponder, além do gosto pessoal, à tendência para proteger uma criança dando-lhe um nome que já se sabe que será bem aceite socialmente. Depois da avalanche de Joanas, a actual ‘campeã’ continua Mariana (Nicolau Breyner, Júlio Isidro, Carlos Cruz, Simão Sabrosa e Jorge Gabriel, entre outros, têm uma Mariana em casa), seguida de muito perto por Carolina, (Júlia Pinheiro, Patrícia Tavares, Luis Represas, Cláudia Piloto, Carlos Xavier), Beatriz (Catarina Tallon, Vitor Baía, João Melo, Fátima Lopes) e Francisca (Júlio Isidro, Rita Salema, D. Duarte, Cláudia Piloto). Também muito escolhidos entre os nossos famosos são Matilde, Maria, Marta, Constança, e Catarina.
Entre os rapazes também existem ‘campeões de bilheteira’. Um deles é António (Rui Reininho, Carlos Xavier, Maria Manuel Cyrne), outro é Martim (Joana Lemos, Rute Marques, Margarida Mercês de Melo), seguido de Afonso (D. Duarte, Elsa Raposo) e Guilherme (Sofia Alves, Luis Esparteiro). Também escolhidos são Tomás, Gonçalo, Francisco, Manuel, Vasco, João Qualquer Coisa e José Qualquer Coisa. Vamos ver quais são os nomes que se seguem.
Fonte:activa