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 RikudouSennin

RikudouSennin
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A história leonina vai muito além do futebol: Alfredo Trindade, Moniz Pereira, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Carlos Lisboa, António Livramento, Naide Gomes, Pedro Alves, Marco Chagas, Rui Silva, Ricardo Andorinho, João Benedito, Miguel Maia, Francis Obikwelu, Joaquim Agostinho... e tantos outros fazem da história do Sporting Clube de Portugal uma história de glória e prestígio.

Mas o futebol é e sempre foi o primeiro desporto no reino do leão. Começando em Francisco Stromp, passando pelos míticos cinco violinos, por Osvaldo Silva e Hilário e a maravilhosa equipa que venceu a Taça das Taças, continuando com Vítor Damas e Yazalde, Jordão, Manuel Fernandes ou António Oliveira, passando por Futre, Balakov, Figo, Pedro Barbosa, Schmeichel, Jardel e João Vieira Pinto, terminando em Cristiano Ronaldo, Quaresma e Nani, o Sporting contou com alguns dos melhores jogadores que já pisaram um relvado em Portugal.

Campeão Nacional de Futebol por 18 ocasiões, vencedor da Taça de Portugal por 15 vezes e vencedor de sete Supertaças, além de uma Taça dos Vencedores das Taças, o Sporting apresenta um currículo que o transforma num dos grandes do futebol nacional, mas também um clube respeitado em toda a Europa e mundo fora.

Os leões gabam-se, entre muitos feitos, de serem os detentores da maior goleada de sempre numa competição europeia (16x1 ao Apoel Nicósia de Chipre), de terem a maior goleada da história do Campeonato Nacional (14x1 ao Leça) e de serem também os responsáveis pela vitória mais expressiva de sempre da Taça de Portugal (21x0 ao Mindelense).

Entre estes feitos «numéricos» contam-se ainda as maiores goleadas de sempre na Supertaça, Campeonato de Portugal e a maior vitória fora numa competição europeia (0x9) contra os islandeses do Akraness. Pela negativa destacam-se as humilhantes derrotas com o Bayern München, que deram ao Sporting o pouco desejado recorde da derrota pela maior diferença de golos na fase final da Liga dos Campeões.

Mas não é só em relação aos recordes de golos que o Sporting fez história. Contra os rivais FC Porto e Benfica, o Sporting é o autor de goleadas de antologia (FC Porto 9x1, Benfica 7x1) e é também o clube que mais vezes venceu até hoje tanto na casa das águias como na dos dragões.

As origens...

O rótulo de clube elitista que hoje em dia ainda está colado ao Sporting provém dos primórdios da história do clube e do futebol nacional. Não há dúvida alguma quanto ao código genético leonino revelar uma matriz aristocrática. O clube nasceu no seio da aristocracia lisboeta em círculos muito próximos da própria família real. Foi um grupo de rapazes saído das melhores famílias que já tinham antes formado o SC Belas e mais tarde o Campo Grande Football Club que na Primavera de 1906 resolve fundar um novo clube, fartos que estavam do lado social e festivo dos piqueniques, bailes e beberetes em que a agremiação do Campo Grande se tinha especializado.

Em Abril desse ano, José de Alvalade dá o murro na mesa numa reunião do Campo Grande FC, abandonando o clube juntamente com mais 17 colegas e proferindo uma frase que ficou na história de Alvalade: «Vou ter com o meu avô e ele me dará dinheiro para fazer outro clube!»

O avô era Alfredo Augusto das Neves Holtreman, o Visconde de Alvalade, que prontamente cedeu o dinheiro ao seu neto e aos dissidentes do Campo Grande com o objectivo de se criar «um grande clube, tão grande como os maiores da Europa».

Tão entusiasta que era da ideia do neto, o Visconde de Alvalade aceitou ser o primeiro presidente do clube. Com o seu dinheiro e propriedades, o Sporting cedo se tornou num dos clubes mais importantes de Portugal. A 1 de Julho a Assembleia Geral acolheu uma sugestão de António Félix da Costa Júnior para que o nome do clube passasse a Sporting Clube de Portugal.

Em 1920 a data de 1 de Julho foi rectificada como a data oficial da fundação do Sporting, pois só nesse dia o clube assumiu o nome que ainda hoje detém. Tal facto serve como alfinetada para os sportinguistas picarem os rivais que acusam de antecipar a data da sua fundação.

Um leão rampante sobre um fundo verde foi a escolha dos fundadores do clube para emblema: o verde para representar a esperança no futuro e o leão pela sua força e grandeza.

O equipamento era todo branco até 1908, ano em que a camisola ficou bipartida em duas partes iguais de verde e branco. Em 1915 foram adoptados os calções pretos, mas seria só em 1928 que o leão começaria a vestir as camisolas listadas. Chovia copiosamente a 10 de Outubro desse ano e o Sporting perdia ao intervalo com o Benfica. Na segunda parte os futebolistas voltaram ao campo com as camisolas com listas verde e brancas da secção de râguebi do clube, o Sporting deu a volta ao resultado e venceu. O resto é história...

Uma potência nacional

O Sporting cresceu em berço de ouro mas desde cedo extravasou a classe de origem. A equipa de futebol sempre foi o motor de crescimento do clube, mas terá sido o ciclismo nas Voltas a Portugal dos anos 30, no período áureo da rivalidade entre o leão Trindade e o benfiquista Nicolau, que levou a camisola dos leões (e a das águias também) pelo país fora.

Nos anos 40 e 50 com Peyroteo, Albano, Travassos, Jesus Correia e Vasquez - «os cinco violinos» - o Sporting cimentou a sua posição como o clube português com mais títulos, situação que só seria alterada no tempo de Eusébio no Benfica. Conquistando sete títulos em oito épocas e conseguindo o primeiro tetracampeonato, recorde que só seria batido pelo FC Porto mais de 40 anos depois.

O prestígio leonino galgou fronteiras e Travassos foi o primeiro jogador português a ser convidado para uma selecção da Europa. Em 1955 por conta desse mesmo prestígio o Sporting é convidado a participar na primeira edição da Taça dos Campeões Europeus em substituição do campeão Benfica.

São os leões que dão o pontapé de saída na competição num empate a três com o Partizan de Belgrado no Jamor, sendo Martins o autor do primeiro golo da história das competições europeias. É ainda nesta década que o antigo José Alvalade é inaugurado num encontro contra os brasileiros do Vasco da Gama.

Os anos 60 trazem o primeiro e único troféu europeu que o Sporting ostenta no seu palmarés. Em Antuérpia, um canto directo de Morais chegou para vencer os húngaros do MTK na finalíssima, depois de um conjunto de peripécias: jogos de desempate em terreno neutro, duas finais, uma goleada histórica sobre o Manchester United e um 16x1 para a eternidade.

Segue-se um período em que o Sporting no futebol vive um pouco à sombra dos feitos do velho rival, enquanto nas outras modalidades vai marcando posição como a maior potência desportiva nacional. Yazalde e Damas no futebol, Joaquim Agostinho no ciclismo, António Livramento e a equipa maravilha que ganhou tudo no hóquei marcam esse período dourado.

A década de 80 marca um tempo de declínio do futebol leonino, muito por culpa da ascensão do FC Porto. O Sporting está 18 anos sem vencer um campeonato, entre 1982 e 2000, conquistando pelo meio apenas uma Taça em 1995. Mas nas modalidades ditas amadoras, os leões dão cartas e Carlos Lopes conquista a primeira medalha de ouro de Portugal nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.

Século XXI

O último decénio do século marca uma nova aposta do Sporting na juventude. O Sporting vê a sua escola ganhar fama e renome internacional e em pouco tempo o clube vê evoluir no seu estádio jovens de elevado valor como Figo, Simão, Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma...

Decididos a mudar o rumo do clube, um grupo de notáveis encabeçados por Pedro Santana Lopes «tomam as rédeas» do clube e fundam o chamado «Projecto Roquete». Funda-se a SAD e o Sporting prepara a construção de um novo estádio e de uma Academia.

Em 2000 os leões quebram o longo jejum provocando uma onda verde e branca que percorre o país de Norte a Sul, provando a quem tinha dúvidas a real dimensão e implantação social do Sporting Clube de Portugal. O «triplete» de 2002 (Liga, Taça e Supertaça) foi o último grande sucesso leonino. Em 2005 chega à sua segunda final europeia, desta vez no próprio estádio, para perder 1x3 com o CSKA Moskva.

A conquista de duas Taças de Portugal e de duas Supertaças não contentam os adeptos que desesperam com os falhanços sucessivos na Liga. A primeira década do século vê ainda Figo e Ronaldo serem coroados os melhores jogadores do Mundo, o que torna o Sporting no único clube do mundo a «criar» dois Bolas d´Ouro da FIFA.

Hoje, 105 anos depois, a história do clube que nasceu do sonho de um neto e do seu avô honraria por certo a memória dos seus fundadores. O Sporting é um dos grandes clubes de Portugal e do Mundo. Vencedor de competições nacionais, internacionais em diversas modalidades, com filiais e casas de adeptos nos cinco continentes, com uma massa associativa fiel e numerosa, o futuro dos leões apresenta-se radioso, não fosse o verde a cor da esperança.

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