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#1
 ' . Biinhaa

' . Biinhaa
Moderadora
Moderadora
A decisão de ser mãe implica muito mais do que aparenta à primeira vista. Não é só o sentir o relógio biológico a repetir o famoso “tic-tac”. Ser mãe implica uma disponibilidade que a maior parte das mulheres não tem. Implica tempo. Tempo para se dedicar à nova vida que aí vem. Tempo para assumir um papel que irá desempenhar para o resto da vida. Quando se tem uma profissão da qual se gosta, como abdicar dela para ser mãe?

A maternidade é uma escolha, um apelo. Como em qualquer paixão, pode lá estar desde sempre, como uma vozinha que não desaparece, ou pode surgir num dado momento da vida, como uma inspiração, da qual a futura mãe nunca se apercebeu, mas que a partir desse momento não mais a vai largar. Mas a decisão de avançar com essa escolha implica novas escolhas. Se a maternidade é programada, a futura mãe tem tempo para preparar a sua nova vida. Tem tempo para pensar nas mudanças que a sua vida vai sofrer se decidir avançar com a maternidade. O que acontece quando o desejo fica em stand-by devido à profissão?
Não há mulher que não esteja ciente dos progressos alcançados na liberdade feminina nas últimas décadas. Entre as avós e as mães das mulheres actuais, a diferença é enorme. Com muito esforço, a mulher distanciou-se do papel de cuidadora do lar, para exercer profissões que lhe dão gosto e pelas quais é remunerada. Fora dos limites do lar, a mulher impôs-se no mercado de trabalho e adoptou uma nova postura face à sociedade e a si própria. Esta mudança não só foi demorada, como acarretou grandes esforços sobre cada mulher, que para além de tomar a seu cargo a casa, luta numa sociedade marcadamente masculina, que tem aceite progressivamente a sua presença, mas sempre a grande custo. De poucas mulheres licenciadas, assistimos agora com grande naturalidade a que qualquer rapariga tenha acesso ao máximo da escolaridade existente.

Uma nova tendência surgiu – a decisão de adiar a maternidade percorre as mulheres na idade dos 30, que assistiram às dificuldades das próprias mães em conciliarem o trabalho com a maternidade. A sociedade, infelizmente, não apoia tanto como podia as mulheres nesse sentido, e os reduzidos quatro meses de licença de maternidade são disso exemplo. Como decidir entre ser mãe e tudo o que isso implica e uma carreira de sucesso, da qual a mulher retira prazer e orgulho em ter atingido esse patamar, tantas vezes negado ou dificultado às mulheres?
Como em todas as decisões na vida, também esta deve ser sua! Não se deixe pressionar por elementos exteriores, nem para ser mãe, nem para não o ser. É das decisões mais importantes que vai tomar, porque a sua escolha vai acompanhá-la para toda a vida. Para começar, saiba que qualquer uma das suas decisões é acertada. Não vale a pena falarmos em egoísmos por uma mulher decidir pela carreira ao invés de ser mãe. É uma escolha como outra qualquer. Nem tão pouco dizer que uma mulher que abdique de uma profissão que goste, devido ao facto de querer viver a maternidade plenamente, está a deitar fora todo o esforço que lhe permitiu atingir esse lugar por algo menos ambicioso como ser mãe. As duas escolhas são cheias de possibilidades de sucesso, alegrias, tentativas e fracassos. Ambas podem proporcionar-lhe prazer, compensações e um elevado sentimento de realização pessoal.

O que dizem os outros…
Não se trata aqui de decidir o que é mais valorizado pela sociedade, pela família ou amigos. O mais certo é receber sempre conselhos e opiniões contrárias aos seus próprios sentimentos. O que é importante desvendar é o que a vai fazer mais feliz. É óbvio que as mães continuam a trabalhar. Também é natural que muitas delas preferissem não ter uma profissão para poderem dedicar mais tempo aos seus filhos. Não estamos a falar de uma sociedade perfeita, mas sim de uma bastante falível, que exige continuamente esforços redobrados de mulheres que acabam por se encontrar num dilema – serem ou não mães. O problema de decidir avançar com a maternidade relaciona-se em elevado grau com o tipo de profissão da mulher. Se for uma carreira que exija muito tempo da mulher, especialmente tempo flexível, com trabalhos que se prolonguem por altas horas da noite, ou com viagens frequentes para fora; tal pode revelar-se um verdadeiro quebra-cabeças na hora dos prós e contras. Como conciliar os dois mundos? O bebé não vai perceber as exigências que outros colocam à sua mãe; e muito menos lhe vai dar palmadinhas nas costas e dizer – vai, que eu espero!
Por muito que queira ser super-mulher, quanto mais depressa perceber que não pode fazer tudo, melhor. Opções vão ter que ser tomadas. Escolhas vão ter que ser feitas. E prioridades avaliadas. Ao tirar os poucos quatro meses de maternidade, prepare-se para duas situações muito importantes: a primeira é a de lhe custar imenso deixar o seu bebé e voltar para o trabalho. São inúmeras as mães que sofrem na hora H; que choram no trabalho; que perdem a concentração necessária ao mesmo e que, por vezes, desistem e voltam para casa, para junto do bebé, se financeiramente a hipótese for suportável. A segunda situação é a de ter perdido o ritmo que tinha, de ser ultrapassada por outro colega menos cansado e com menos preocupações em mente. Na sociedade actual, o tempo é tudo e quatro meses fora fazem toda a diferença no mercado de trabalho. Em alguns casos é possível conciliar tudo isto; noutros não. Uma coisa é certa. Ter um filho é uma decisão muito importante na sua vida. Não a tome de ânimo leve!

fonte: sapo

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