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 Marisitah

Marisitah
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Introdução

A Região Autónoma dos Açores possui uma área de 2323 km2.
Contudo, apesar da reduzida dimensão territorial, a sua paisagem apresenta um vasto conjunto de formas, rochas e estruturas ímpares, que derivam, entre outros factores, da natureza dos magmas, do tipo de erupção que as originou, da sua dinâmica e da posterior actuação dos agentes externos da hidrosfera, atmosfera e biosfera.

Arquipélago dos Açores Intro
Arquipélago dos Açores Mapa_acoresArquipélago dos Açores Intro_3

A expressão desta diversidade traduz-se em grandiosas morfologias e estruturas, como caldeiras, campos lávicos, cordilheiras vulcânicas, lagoas, disjunções prismáticas, etc.

A geodiversidade das ilhas dos Açores, juntamente com outros factores determinantes, como a sua dimensão, dispersão, distanciamento aos continentes europeu e americano e clima, são responsáveis por condições ecológicas distintivas, que traduzem, de forma singular, a estreita relação entre a geodiversidade e a biodiversidade do arquipélago (Nunes, 2006).

Assim, desde o povoamento do arquipélago, no século XV, a sua riqueza natural e paisagística constituem importantes fontes de interesse, que atraem numerosos visitantes e estudiosos ilustres (Lima, 2007). Nos últimos anos, com a globalização e um maior e melhor acesso a informação sobre o arquipélago, tem-se assistido a uma maior procura turística dos Açores.

O Turismo de Natureza constitui-se como uma componente primordial na indústria turística no arquipélago dos Açores, pois, tradicionalmente, os visitantes destas ilhas buscam as paisagens vulcânicas, e o mar circundante, para contemplação ou desenvolvimento de diversas actividades em ambiente natural. Recentemente o sector turístico, e as políticas públicas e privadas, têm reconhecido o valor da componente geológica do Turismo de Natureza e a sua importância nas estratégias de desenvolvimento turístico do arquipélago, a par da potenciação das características ecológicas, biológicas e culturais do arquipélago.


Clima
O clima do arquipélago dos Açores é essencialmente ditado pela localização geográfica das ilhas no contexto da circulação global atmosférica e oceânica e pela influência da massa aquática da qual emergem. De uma forma muito geral o seu clima pode ser caracterizado pela sua amenidade térmica, pelos elevados índices de humidade do ar, por taxas de insolação pouco elevadas, por chuvas regulares e abundantes e por um regime de ventos vigorosos que rondam o arquipélago acompanhando o evoluir dos padrões de circulação atmosférica à escala da bacia do Atlântico Norte. O clima das ilhas apresenta, no entanto, uma sazonalidade medianamente marcada que se reflecte nos diferentes elementos do clima. As quatro estações do ano, típicas dos climas temperados, são reconhecíveis.

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Os invernos, podendo ser chuvosos, não se manifestam excessivamente rigorosos. A ocorrência de neve, sendo esporádica, só ocorre nas zonas altas. A precipitação ocorre durante todo o ano, mesmo nos meses de estio, embora nestes com muito menor expressão. A precipitação de origem frontal é significativamente reforçada pela precipitação de origem orográfica no interior de cada ilha. Os verões são amenos e significativamente mais ensolarados do que o resto do ano. São raros, no entanto, os dias de céu completamente limpo. Os períodos tempestuosos, sendo mais frequentes de inverno, podem no entanto, ocorrer em fins de verão e no Outono por efeito de esporádicas tempestades tropicais em evolução próximo do arquipélago. Violentas tempestades quer de origem tropical quer provocadas por células depressionárias provenientes das latitudes mais setentrionais do Atlântico Norte Ocidental são responsáveis por numerosos episódios de naufrágios e de tragédias em terra os quais povoam a história e o imaginário do povo açoriano.

Em termos gerais, muito embora se verifique uma variação das condições climáticas de um extremo ao outro do arquipélago e se observe uma variação espacial significativa dentro de cada ilha, o seu clima pode ser classificado de mesotérmico húmido com características oceânicas.

Distribuindo-se diagonalmente, mais em longitude do que em latitude, ao longo de aproximadamente 700 km e com altitudes bastante variáveis, desde os 402m da ilha Graciosa aos 2351m da ilha do Pico, as diferentes ilhas do arquipélago apresentam particularidades climáticas distintas resultantes do seu enquadramento no sistema climático e da interacção com este a diferentes escalas. De Leste para Oeste verifica-se um incremento das características oceânicas no clima das ilhas e, dentro de cada ilha, assiste-se a uma estratificação das condições climáticas determinada pela altimetria. Assimetrias significativas no interior de cada ilha estão relacionadas com a forma e a orientação do relevo, com a estrutura geológica superficial, com a vegetação bem como, em alguns casos, com a influência recíproca de ilhas vizinhas. Os grandes estratocones vulcânicos, as caldeiras mais ou menos desmanteladas associadas a estes aparelhos, as lagoas, o alinhamento das formações e das zonas de fractura, o alinhamento dos vales e corredores de ventilação resultantes do encaixe dos diferentes aparelhos, a altitude e orientação das falésias, os aspectos geológicos e da vegetação (aspectos bastante correlacionados, sendo de salientar, neste contexto, a importância das escoadas lávicas pouco evoluídas designadas localmente por “mistérios” e “biscoitos”), são importantes factores da diferenciação climática à escala local no interior de cada ilha.

De acordo com a classificação de Köppen o clima dos Açores está abrangido pela categoria dos climas temperados quentes (grupo C), caracterizados por apresentarem verão e inverno e a temperatura média do mês mais frio ser inferior a 18 ºC mas superior a -3 ºC. A distribuição espacial das ilhas conduz, no entanto, a que o seu clima possa ser classificado (de Leste para Oeste) de transição entre os grupos Cs e Cf, respectivamente, transitando de clima chuvoso temperado com verão seco a clima chuvoso temperado, húmido em todas as estações. Ainda de acordo com o mesmo sistema de classificação, a amenidade do clima das ilhas pode ser enfatizada pela conjugação da letra b a estes dois códigos passando ambos, Csb e Cfb, a significar que a temperatura média do mês mais quente não ultrapassa em média os 22 ºC.
Enquadramento no sistema climático e as grandes determinantes do clima dos Açores

Enquadramento no sistema climático e as grandes determinantes do clima dos Açores

Localizado em plena bacia do Atlântico Norte, a norte da influência predominante dos ventos alísios em pleno cinturão subtropical de células de altas pressões, o arquipélago dos Açores situa-se numa zona de transição e de confrontação de massas de ar de proveniência tropical e massas de ar mais frio de origem polar. Suficientemente afastado das costas continentais, as massas de ar de proveniência continental que o atingem à superfície revelam-se descaracterizadas e com forte incremento de propriedades associadas ao seu percurso marítimo. Em altitude, as massas de ar superior, de trajecto mais directo e de proveniência mais remota, continental e mesmo transcontinental, podem, em algumas circunstancias, fazer sentir directamente o seu efeito à superfície, sobretudo nas zonas mais altas das ilhas, situação geralmente traduzida por circunstâncias anormais de secura do ar.

A dinâmica do clima do arquipélago é determinada pelo evoluir do campo de pressão atmosférica sobre o Atlântico Norte. Às cristas e talvegues barométricos associados ao regime geral de circulação condicionada pela massa do Continente Americano e pela massa aquática atlântica, sobrepõem-se os anticiclones semipermanentes atlânticos subtropicais dos quais se destaca a configuração recorrente anticiclónica do Atlântico Norte, genericamente designada por Anticiclone dos Açores. A norte destes sistemas prevalece uma circulação de Oeste e a zona de transição para o ar polar, zona de significativo gradiente barométrico e térmico, designada por Frente Polar. Ao longo desta evoluem os meandros depressionários intercalados por cristas barométricas que, em deslocação para Leste, são responsáveis, em larga medida, pelo ritmo sincopado do estado do tempo no arquipélago sobretudo nos meses de inverno.


Fauna e Flora

Os Açores são um arquipélago isolado de nove ilhas oceânicas, pertence à região biogeográfica da Macaronésia e está entre as regiões mais ricas em fungos, plantas e animais da Europa.

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Actualmente, o número total de taxa (espécies e subespécies) terrestres nos Açores está estimado em cerca de 6164 (cerca de 6112 espécies). O número total de espécies e subespécies endémicas terrestres dos Açores é de cerca de 452 (411 espécies). Os animais são os mais diversos em endemismos, com 331 taxa, compreendendo cerca de 73% dos endemismos terrestres dos Açores. No que diz respeito aos organismos marinhos, são listados 1883 taxa pertencentes a 16 filos. O número total de espécies e subespécies marinhas endémicas dos Açores é de cerca de 39, a maior parte delas moluscos (29 espécies). O número total de taxa terrestres e marinhos (espécies e subespécies) nos Açores está estimado em cerca de 8047. O número total de taxa terrestres e marinhos (espécies e subespécies) endémicos dos Açores está estimado em cerca de 491.

Os Açores, juntamente com os outros arquipélagos da Macaronésia, estão incluídos no hotspot de biodiversidade mediterrânico (Myers et al. 2000). A ilha de São Miguel destaca-se como a ilha mais rica em biodiversidade, seguida pela Terceira, Faial, Pico e Flores.

A diversidade marinha nos Açores é caracterizada por uma mistura de espécies de climas frios, temperados e tropicais de diferentes origens. A natureza vulcânica do arquipélago, sua juventude, localização remota e a forte influência da corrente do Golfo providenciam as condições para o estabelecimento de uma biodiversidade única e de um modelo interessante para estudos de evolução, biogeografia e ecologia. No entanto, estas mesmas características geográficas e geológicas são consideradas responsáveis pelo baixo número de espécies litorais marinhas. A maioria do biota marinho dos Açores é muito recente e compreende espécies que chegam predominantemente do Atlântico Este, particularmente do Sul da Europa (região lusitânica) e Noroeste de África (região mauritânica) com uma grande contribuição mediterrânica, também incluindo espécies de outras fontes atlânticas.

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As variáveis abióticas (climáticas e geomorfológicas) explicam uma parte considerável da variação na riqueza de espécies endémicas, enquanto as variáveis antropogénicas explicaram a maior parte da variação na riqueza de espécies introduzidas (Borges et al. 2006). Muitas das espécies exóticas são também espécies invasoras e constituem uma das principais ameaças aos ecossistemas nativos dos Açores (ver Silva et al. 2006).

Quais são os factores associados com a taxa de especiação em Mollusca e em Arthropoda? Os factores históricos são realmente importantes? Qual é o papel desempenhado pela área geográfica e pela diversidade do habitat?
A combinação da área e da idade geológica das ilhas fornece uma explicação básica para a diversidade de artrópodes endémicos dos Açores, apesar da existência de algumas diferenças entre grupos taxonómicos ou ecológicos e da importância adicional do isolamento relativo de cada ilha (Borges & Hortal 2009). A imagem no meio marinho parece apresentar diferentes contornos, uma vez que a conectividade do meio permite uma maior facilidade de recolonização, e outros factores como padrões de circulação oceânica influenciam a dispersão e consequentemente os mecanismos de colonização e evolução. Assim, não são conhecidos até ao momento endemismos de ilha, mas parecem existir algumas diferenças de biodiversidade entre as ilhas detectáveis a diferentes escalas, por exemplo na composição relativa das comunidades e diversidade genética das populações.

Os Açores possuem um tipo de floresta único na Europa, assemelhando-se às florestas temperadas europeias do período terciário, da qual permanece cerca de 5% da cobertura original incluindo algumas áreas intactas de grande importância ecológica; São um dos arquipélagos mais isolados do mundo e suportam um número significativo de espécies endémicas exclusivas de cada ilha; OS Açores desenvolveram duas importantes estruturas de comunicação, uma base de dados georreferenciados de biodiversidade (Atlantis Tierra 2.0)(ver Borges 2005) e o Portal da Biodiversidade dos Açores (www.azoresbioportal.angra.uac.pt/).

PROGRAMA O HOMEM E A BIOSFERA (MAB)

O Programa MAB, criado em 1971, desenvolve as bases, dentro das ciências naturais e sociais, para a utilização sustentada e a conservação da biodiversidade e para o melhoramento das relações entre as pessoas e o seu ambiente.

Este Programa encoraja a investigação interdisciplinar e a formação na gestão dos recursos naturais, contribuindo assim para uma melhor compreensão do ambiente e para um maior envolvimento da ciência e dos cientistas nas políticas de desenvolvimento relativas à utilização apropriada da biodiversidade.

O MAB promove a investigação científica e recolha de informação, bem como a ligação com o conhecimento tradicional sobre a utilização dos recursos. Deve servir para ajudar a implementar a Agenda 21 e Convenções relacionadas, em particular a Convenção sobre a Biodiversidade.

Uma das principais áreas de investigação e Desenvolvimento deste Programa são as reservas da biosfera, integradas numa rede mundial constituídas actualmente por 482 reservas em 102 Estados-membros.
Nos Açores foram classificadas as Reservas da Biosfera do Corvo, Graciosa e Flores.


História

No plano lendário, há quem pretenda associar os Açores à Atlântida, mítico reino insular citado por Platão. Já num plano histórico, encontram-se alusões a nove ilhas em posições aproximadas das açorianas no oceano Atlântico, em livros e mapas cartográficos desde meados do século XIV. Mas é com a epopeia marítima portuguesa, liderada pelo Infante D. Henrique, que os Açores entram de forma definitiva no mapa da Europa. Desconhece-se se terá sido Diogo de Silves, em 1427, ou Gonçalo Velho Cabral, em 1431, o primeiro navegador a atingir o arquipélago. A origem do nome Açores é igualmente ponto de várias teorias. A mais divulgada associa a designação aos milhafres encontrados, então confundidos com outra ave de rapina: o açor. Certo é que o Infante D. Henrique impulsiona a humanização das ilhas. Primeiro com o lançar de animais, entre 1431 e 1432, depois pelo envio de colonos, a partir de 1439.

Desde então, o povoamento estende-se ao longo dos séculos XV (grupos oriental e central) e XVI (grupo ocidental). Judeus, mouros, flamengos, genoveses, ingleses, franceses e escravos africanos unem-se à gente de Portugal Continental para enfrentar os duros obstáculos da tarefa.

A empreitada épica forja um povo que, ao longo de séculos, resiste a erupções vulcânicas e terramotos, isolamento, invasões de piratas, guerras políticas, doenças infestantes. A resistência ao domínio espanhol na crise de sucessão dinástica de 1580 e o apoio à causa liberal na guerra civil (1828-1834) são reveladores da coragem dos açorianos. Já no século XX, esta bravura sobrevive na epopeia baleeira, quando os homens se lançam em pequenos botes de madeira para o confronto no imenso mar azul com os cachalotes agigantados.


Artesanato

A marca “Artesanato dos Açores” abrange actualmente os “bordados dos Açores”, as “rendas dos Açores”, a “tecelagem dos Açores”, o “miolo de figueira dos Açores”, os “registos do Senhor Santo Cristo dos Milagres”, os “Bolos Lêvedos” e a “Escama de peixe”.

A marca colectiva de origem “Artesanato dos Açores”, criada pela Portaria n.º 89/98, de 3 de Dezembro, destina-se aos produtos artesanais tradicionalmente manufacturados na Região Autónoma dos Açores que integram o Repertório das Actividades Artesanais, aprovado pela Portaria n.º 1193/2003, de 13 de Outubro, incluindo actividades posteriormente reconhecidas, e adaptada à Região Autónoma dos Açores pela Portaria n.º 20/2004 de 18 de Março, nas condições definidas no presente diploma.

Arquipélago dos Açores Artesanato

A marca “Artesanato dos Açores” destina-se a certificar a origem dos produtos e a sua qualidade em conformidade com o presente diploma e a legislação em vigor.

a) “Bordados dos Açores”;
b) “Rendas dos Açores”;
c) “Tecelagem dos Açores”;
d) “Miolo de Figueira dos Açores”;
e) “Registo do Senhor Santo Cristo dos Milagres”;
f) “Bolos Lêvedos”;
g) “Escama de Peixe”.

Entende-se por “Bordados dos Açores” todo aquele que é confeccionado totalmente à mão em todas as fases da sua execução.

1 - O desenho que caracteriza o “Bordado de São Miguel” (ilha) é formado por elementos florais assimétricos de temática essencialmente vegetalista (trevos, cravinas, avencas, pequenos ramos e algumas aves) isto é toda a variedade de motivos ornamentais das louças azuis da China.

2 - O desenho que caracteriza o “Bordado da Terceira” (ilha) é formado essencialmente por elementos florais geométricos e figurativos, dispostos nas mais variadas disposições.

3 - O desenho que caracteriza o “Bordado a Palha de Trigo” do Faial (ilha) é formado por elementos florais, espigas de trigo e outros de carácter decorativo.

Entende-se por Rendas Típicas do Pico e Faial, toda aquela que é confeccionada à mão em todas as fases da sua execução.

O desenho que caracteriza as Rendas Típicas do Pico e do Faial é formado essencialmente por elementos florais, geométricos e figurativos do quotidiano tradicional, dispostos nas mais variadas disposições.

Entende-se por “Tecelagem típica dos Açores” toda aquela que é confeccionada à mão em todas as fases da sua execução.

O desenho que caracteriza a “Tecelagem típica dos Açores” é formado essencialmente por elementos florais, geométricos e figurativos de cariz simbólico, nas mais variadas disposições.

Entende-se por “Arte de trabalhar o Miolo de Figueira” actividade artesanal que é confeccionada à mão em todas as fases da sua execução.

O Artesanato dos Açores em “Miolo de Figueira”, inclui peças tridimensionais com motivos florais dispostos em arranjos ornamentais ou figurativos da cultura açoriana, conjugados numa composição de tonalidade branco-mate.

O miolo de figueira é extraído dos troncos – “varas ou netos” -, que são os rebentos das figueiras existentes nas ilhas. A partir dos troncos – “varas ou netos” – das figueiras executam-se moldes com o formato que se pretende. Estes são cortados em lâminas que irão formar as mais diversas composições.

Entende-se por registo do Senhor Santo Cristo dos Milagres todo aquele que é confeccionado à mão em todas as fases da sua execução. Esta peça de artesanato tem a sua origem na ilha de S. Miguel, onde nasceu o culto do Santo Cristo, ainda em princípios do século XVII.

O desenho que caracteriza os Registos do Senhor Santo Cristo é formado essencialmente por elementos vegetalistas (flores das mais variadas espécies, dos mais diferentes feitios), dispostos de forma simétrica que ornamentam todo o espaço disponível, contribuindo para a singularidade de cada peça, sob a forma de quadro de parede.

Entende-se por Bolos Lêvedos das Furnas, pequenos bolos de forma cilíndrica, ligeiramente adocicados, com uma massa porosa e a crosta ligeiramente tostada, cozidos sobre sertã ou chapa metálica polvilhada com farinha, constituindo uma especialidade tradicional do “Vale das Furnas”.

Do ponto de vista histórico, os bolos lêvedos constituem uma produção genuína do “Vale das Furnas” com um impacto económico associado à abertura do Hotel Terra Nostra em 1935, tornando-se na imagem de marca do pequeno-almoço furnense.

Entende-se por arte de trabalhar Escama de Peixe todo aquele produto que é confeccionado à mão em todas as fases da sua execução. A arte de trabalhar escamas de peixe faz parte da tradição do nosso Arquipélago e é largamente apreciada por todos aqueles que nos visitam, constituindo uma modalidade da arte conventual. Este tipo de artesanato evoluiu a partir da década de 80 com o incremento do turismo, duplicando a sua procura na década de 90, principalmente na época de Verão.

O desenho que caracteriza os trabalhos de Escama de Peixe é formado essencialmente por elementos vegetalistas (flores das mais variadas espécies, dos mais diferentes feitios), dispostos de forma simétrica ou não, sendo uma forma de ornamentação tradicional.



Gastronomia

Corvo
Caldeirada de Peixe
Queijo

Flores
Linguiça com inhames
Sopa de agrião
Caldeirada de peixe
Mariscos
Queijos

Terceira
Alcatra de peixe
Alcatra de carne
Sopas do Espírito Santo
Doçaria conventual
Queijos
Vinhos

Pico
Sopas do Espírito Santo
Linguiça com inhames
Molha de carne
Caldo de peixe
Mariscos
Arroz doce
Queijo
Vinhos
Aguardente
Licores
Bolo de milho
Bolo de vésperas
Rosquilhas

S. Jorge
Queijo
Espécies
Torresmos de porco
Molha de carne
Caldeirada de congro
Inhames com linguiça
Bolo de véspera
Rosquilhas
Aguardente de nêspera e angelica

Faial
Sopas do Espírito Santo c/ massa sovada
Linguiça com inhames
Molha de carne
Morcela
Torresmos de vinha d'alhos
Polvo guisado com vinho de cheiro
Caldeirada de peixe
Lapas de molho Afonso
Arroz de lapas
Queijo
Fofas
Arroz doce
Bolo de milho

Graciosa
Caldeirada de peixe
Mariscos
Queijadas
Doçaria variada
Vinhos
Aguardente
Aperitivos

Santa Maria
Mariscos
Caldeirada de peixe
Caldo de nabos
Biscoitos de aguardente
Biscoitos de orelha
Licores de frutos

S. Miguel
Caldeirada de peixe
Cozido das Furnas
Mariscos
Ananás
Queijos
Licores
Chá
Bolo Lêvedo


Cultura

A Direcção Regional da Cultura (DRaC) é o departamento que tem por missão o desenvolvimento da política cultural na Região Autónoma dos Açores. É dependente da Presidência do Governo Regional dos Açores.

Arquipélago dos Açores CulturaArquipélago dos Açores CulturaArquipélago dos Açores Cultura

A DRaC integra os seguintes órgãos e serviços:

* Direcção de Serviços de Bens Patrimoniais e de Acção Cultural
* Divisão para a Promoção e Dinamização da Cultura
* Divisão do Património Arquitectónico
* Divisão do Património Móvel e Imaterial
* Divisão Administrativa e Financeira
* Centro de Conhecimento dos Açores
* Inspecção Regional de Actividades Culturais
* Fundo Regional de Acção Cultural
* Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
* Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo
* Biblioteca Pública e Arquivo Regional de João José da Graça (Horta)
* Museu Carlos Machado
* Museu de Angra do Heroísmo
* Museu da Horta
* Museu do Pico
* Museu Francisco de Lacerda (S. Jorge)
* Museu da Graciosa
* Museu de Santa Maria
* Museu das Flores

O programa para a Cultura assenta a sua acção em duas áreas de intervenção:

- a promoção e dinamização da actividade criativa e cultural dos açorianos e
- a preservação e valorização do património construído e imaterial


Festividades

No arquipélago dos Açores existem manifestações de fé e devoção religiosas intimamente relacionadas com a ocorrência de fenómenos naturais catastróficos, em especial os fenómenos vulcânicos e sísmicos que assolam com alguma frequência estas ilhas. Estas manifestações incluem romarias e procissões, a devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres e as Festas do Divino Espírito Santo, estas últimas em todas as ilhas do arquipélago, associadas ao Dia da Região e recentemente objecto de análise visando a sua candidatura a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.

Arquipélago dos Açores Festividades

Festa do Espírito Santo

As Festas do Divino Espírito Santo nos Açores remontam aos primórdios do povoamento no arquipélago e constituem um dos mais elucidativos testemunhos de fé do Povo Açoriano. Estas festividades foram introduzidas nas ilhas atlânticas pelos primeiros povoadores. Mas, e uma vez no arquipélago sujeito a sismos e a erupções vulcânicas, foram adquirindo características únicas, em que o profano muitas vezes se mistura com o sagrado numa genuína demonstração da cultura popular.

São festas comuns a todas as ilhas, embora divergindo em alguns pormenores de ilha para ilha e até dentro da própria ilha. Á volta de cada ilha todas as freguesias têm uma capela, chamada "Império", com a respectiva irmandade. São consideradas as festas religiosas mais características de toda a etnologia insular.

A celebração decorre de Maio a Setembro, com especial ênfase no 7.º Domingo depois da Páscoa.

Império dos Nobres

O Império dos Nobres celebra-se no Domingo de Pentecostes, na ilha do Faial.

O Império dos Nobres é um edifício construído em memória da erupção de 1672, do Vulcão da Praia do Norte, também conhecido como Vulcão do Cabeço do Fogo (ilha do Faial). Na sequência dessa erupção a Câmara da Horta fez um voto perpétuo, de mandar celebrar, no dia de Pentecostes, uma cerimónia solene em honra do Divino Espírito Santo, se a erupção parasse, o que inevitavelmente aconteceu.

Senhor Santo Cristo dos Milagres


No ano de 1700 a ilha de São Miguel foi abalada por fortes e repetidos tremores de terra. Ao princípio da tarde do dia 11 de Abril de 1700, verificando que os terramotos não findavam, a população resolveu levar em procissão, a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

A devoção que esta procissão despertou foi tal que nunca mais deixou de se realizar, salvo uma outra vez, por efeito de mau tempo. Com uma adesão de devotos sempre crescente e constante, renovada de ano para ano e transversal a tantas e tantas gerações de açorianos, esta tricentenária procissão é a mais antiga devoção que se realiza em terras portuguesas e é considerada como a maior procissão da Europa e a segunda maior do Mundo.
A festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres realiza-se todos os anos na ilha de S. Miguel, no 5.º Domingo da Páscoa, e tem a duração de três dias, nos quais a imagem do Senhor Santo Cristo é venerada, no convento da Esperança, em Ponta Delgada.

Os romeiros

A Romaria micaelense iniciou-se como consequência dos violentos sismos e erupções vulcânicas em 1522 e 1563, respectivamente, que arrasaram Vila Franca do Campo e prejudicaram gravemente a Ribeira Grande. Nesses momentos de aflição, as pessoas juntaram-se e andaram pelas ruas cantando e rezando, todos os dias, visitando todas as igrejas e ermidas dedicadas a Nossa Senhora, rogando a protecção da Virgem e intervenção Divina. Após esses eventos, a população continuou as romarias uma semana por ano, na época da quaresma, por ser um tempo próprio para a penitência e oração. Esta tradição romeira encontra-se, ainda, bem viva nos corações e vidas dos habitantes de S. Miguel. A Romaria é constituída apenas por homens e decorre ao longo de oito dias, findando o itinerário no ponto de partida.

O Romeiro ostenta o bordão, xaile, lenço e saco ao ombro. Leva ainda dois terços, um ao pescoço e outro na mão para a oração durante o decurso de toda a romaria. Embora o traje tenha origem nas necessidades puramente físicas do romeiro em peregrinação, este transformou-se com o decorrer do tempo em simbolismos místico-religiosos: O bordão relembra o ceptro entregue a Cristo pelos romanos no seu julgamento ante Pilatos, o xaile a Sua Túnica, o lenço a coroa de espinhos do Seu suplício e o saco a Cruz a caminho do Calvário.

Geoparque Açores

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 DarkCode

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Açores rullex...

Só paisagens bonitas :):

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